Serro é um
município brasileiro do
estado de
Minas Gerais. Sua população estimada em 2013 era de 21 419 habitantes.
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Município rodeado por
serras,
morros,
rios e
cachoeiras, o Serro se apresenta como excelente destino para os apreciadores do
turismo histórico e ecológico. Situada no centro-nordeste de Minas Gerais, na região central da
Serra do Espinhaço, Serro fica a 230 quilômetros de
Belo Horizonte. É também uma importante Cidade do
Caminho dos Diamantes e da
Estrada Real, uma herança das minas que atraíram os
Bandeirantes paulistas e nordestinos no
século XVIII.
Além das belezas naturais e das minas, o Serro possui um rico
patrimônio histórico-cultural e produz o famoso
Queijo do Serro, uma das mais saborosas variedades do queijo mineiro. O município hoje conta com diversos
hotéis e
pousadas. O
turista pode contar com apartamentos, serviços, deliciosos cafés-da-manhã e guias para percorrer a região.
História
Em
1701
teve início o arraial que daria origem à atual cidade do Serro, centro
da exploração de ouro na região. O primeiro nome de que se tem notícias
foi "Arraial do Ribeirão das Minas de Santo Antônio do Bom Retiro do
Serro do Frio", dado em
1702,
no ato de descoberta oficial. Também há citações de "Arraial das Lavras
Velhas", embora sem registros oficiais. O nome da região, dado pelos
índios, era Ivituruí (ivi = vento, turi = morro, huí = frio) na língua
tupi-guarani. Dai derivou Serro Frio ou Serro do Frio. Ivituruí era uma
região da
Serra do Espinhaço.
7 Em
1714 a povoação é elevada a vila e município com o nome de
Vila do Príncipe pelo governador
Brás Baltasar da Silveira. Em
17 de fevereiro de
1720 passou a ser sede da comarca do Serro do Frio (norte-nordeste da
capitania de Minas Gerais). Foi elevada à categoria de cidade, com a denominação de
Serro, por lei provincial de 6 de março de
1838.
Próximo às cabeceiras do rio Jequitinhonha, às margens dos córregos
Quatro Vinténs e Lucas, paulistas fincaram suas bandeiras a serviço da
Coroa Portuguesa. Corria o ano de
1701 quando chegou à região uma expedição chefiada pelo guarda-mor
Antônio Soares Ferreira. Na terra chamada de Ivituruí, a exemplo de outras terras das Minas Gerais, descobriu-se mais jazidas de ouro.
Vários ranchos foram erguidos nas proximidades dos córregos dando
início a formação dos arraiais de Baixo e de Cima que se desenvolvem em
pouco tempo e, juntos, deram origem ao povoado do Serro Frio. Novas
levas de pessoas chegaram atraídas pela abundância de ouro daquelas
terras.
A exploração desordenada da primeira década do século XVIII levou à
criação do cargo de superintendente das minas de ouro da região, ocupado
pelo sargento-mor
Lourenço Carlos Mascarenhas e Araújo em
1711. E mais e mais gente chegou, o povoado cresceu e, em 1.714, o arraial é elevado a Vila do Príncipe.
Mais tarde, além do ouro, os mineradores descobrem lavras de diamante na região onde hoje estão
Milho Verde,
São Gonçalo do Rio das Pedras e
Diamantina.
Para defender os interesses do império, em 1720 é criada a grande
comarca do Serro Frio, que passa a ser a maior comarca das Minas,
sediada na Vila do Príncipe e abrangendo uma grande área da qual fazia
parte o então arraial do Tijuco, hoje Diamantina, e todo o
norte-nordeste do estado.
Muitas foram as restrições impostas à exploração de ouro na comarca, após o descobrimento dos diamantes. Em
1725 é determinada a criação da
Casa de Fundição, para onde toda a produção aurífera da região passaria a ser encaminhada.
Mas, apesar de todas as regras impostas, muitos aventureiros ganharam contrabandeando ouro e diamante.
A vila passa também a difundir cultura e civilização para toda a
região. Uma leva de exploradores, artistas, políticos e religiosos passa
então a povoar o local, com destaque para nomes como os de Mestre
Valentim da Fonseca e Silva e o Maestro
Lobo de Mesquita.
As minas foram exploradas exaustivamente durante quase cem anos. No início do
século XIX,
com a decadência da mineração, somente alguns mineradores, encorajados
pelo governo, conseguiam arcar com os altos custos de produção. A grande
maioria da população passou a se dedicar à pecuária e à agricultura de
subsistência, atividades dificultadas pela localização geográfica da
vila.
O empobrecimento das minas interfere na vida econômica e social do lugar. Em
1817, o naturalista francês
Auguste de Saint-Hilaire
visita Vila do Príncipe e descreve sua situação da seguinte forma:
"Vila do Príncipe compreende cerca de 700 casas e uma população de 2500 a
3000 indivíduos. Essa vila está edificada sobre a encosta de um morro
alongado; e suas casas dispostas em anfiteatro, os jardins que entre
elas se veem, suas igrejas disseminadas formam um conjunto de aspecto
muito agradável, visto das elevações próximas." Em outro trecho "…duas
estalagens e umas 15 casas de comércio com quase tudo importado da
Inglaterra". Ainda segundo seus relatos, a vila não possuía nenhum
chafariz e o abastecimento de água era feito por escravos que traziam
barris de água do vale. Não havia estabelecimentos de lazer e a diversão
ficava a cargo da caça ao veado, prática comum na região.
Saint-Hilaire, no entanto, se encanta com a beleza das mulheres, com as
igrejas e com as festas religiosas que já eram tradição na antiga vila.
Em
1838 a
vila é elevada a cidade, continuando como centro administrativo e
jurídico da região. O comércio se desenvolve e pequenas fábricas de
ferro são instaladas. Serro continua a ocupar posição de destaque na
região e a cidade ganha também em importância política. Vários de seus
filhos, como
Teófilo Benedito Ottoni, líder da
Revolução Liberal de
1842,
Cristiano Benedito Ottoni,
Simão da Cunha Pereira,
João Pinheiro da Silva e
Sabino Barroso
se destacam politicamente. No Serro nasceram também dois grande nomes
do Direito Brasileiro, que são os ministros do Supremo Tribunal Federal
Pedro Lessa(1859-1921 ) e Edmundo Lins. Bons casarões são construídos
durante todo o século.
Mas a falta de modernização e de novas alternativas econômicas faz
com que a cidade perca, pouco a pouco, capacidade para competir, frente
às mudanças ocorridas no país. Na época da proclamação da república, o
Serro não consegue se incorporar às redes de ferrovias e se isola dos
novos padrões de transporte e desenvolvimento. A estagnação toma conta
do município.
O isolamento forçado ajudou na conservação do patrimônio histórico de Serro. Em
1938, todo seu acervo urbano-paisagístico é tombado pelo
IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ao longo do
século XX, o desenvolvimento se dá através da criação de gado, base econômica da cidade - grande parte do leite é usado na fabricação do
Queijo do Serro - e também da exploração de seu potencial para o turismo cultural e ecológico.
O Serro é uma das mais belas e antigas cidades históricas de Minas Gerais.
Turismo
O município integra o
circuito turístico dos Diamantes.
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Pontos turísticos
- Museu Regional Casa dos Ottoni (IPHAN).
- Distrito de Milho Verde, a 25 km do centro.
- Distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, a 30 km do centro.
- Pico do Itambé, a 20 km do centro.
- APA das Águas Vertentes.
- Festa do Cavalo do Serro
- Festa do Queijo (feriado do 7 de setembro).
- Festas religiosas tradicionais (Festa de Nossa Senhora do Rosário, Festa do Divino e outras).
- Inúmeras e belas cachoeiras
- Igreja Nossa Senhora da Conceição
- Igreja Nossa Senhora do Carmo
- Igreja Santa Rita
- Igreja Nossa Senhora do Rosário
- Igreja do Bom Jesus do Matozinho
Cachoeiras
São mais de 100 quedas, sendo as mais procuradas: Malheiros, Moinho de Esteira, Carijó, Cascatinha.
Pelas istradinhas de minas ôçê vai se maraviar com tanta beleza de incher os zói, ispia é mesmu ali uai!