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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

CHICO LOBO - ALMA E CORAÇÃO

 

 

Outra exclusividade do Canto sagrado para esse final de ano, disco refinado, belo e cheio de poesias.

Chico Lobo é artista estradeiro, que pega a viola e sai por aí rumo aos centros urbanos e sertões de Minas e do Brasil, em busca de levar suas canções aos palcos e também encontrar gente para ouvir música, contar casos, estórias e falar daquilo que é real, mas também do que pode ser pura e simples lenda – o que importa é o que a estrada dá.

Por isso, quando se viu impedido pela pandemia de fazer shows – teve dez apresentações canceladas de uma só vez –, o violeiro sentiu a necessidade de, numa espécie de autoanálise, se entender e se reinventar como ser humano. Então, “em vez de cair em depressão ou insanidade”, como Chico diz, ele começou a compor compulsivamente. 

O resultado dessa enxurrada criativa pode ser conferido em “Alma e Coração”, álbum recém-lançado pelo mineiro de São João del-Rei, que, em quase 50 minutos, canta o amor, a esperança, o amanhecer, o doce da vida, mas também a secura do sal. “Não fui tomado pelo medo, escancarei minha alma e meu coração. O que me move é esse sentimento de esperança calcado em uma fé muito grande que tenho e não sinto vergonha ao expressar na minha música. Quis falar de positividade, coisas boas da vida e bons tempos que possam vir”, afirma o cantor.   

Como a maioria dos discos do violeiro, “Alma e Coração” tem 13 faixas e, não à toa, foi lançado em 13 de novembro, sexta-feira passada. “É uma mística que gosto, a viola traz muito as crenças, os causos”, comenta. Exceto “Sertão” e “Rodas da Vida”, que têm a mesma proposta do disco, todas as canções foram compostas durante a quarentena. 

O sertão, claro, permeia todo o disco em acordes, sentimentos, folclores e cenários para vitórias em pelejas contra coronéis e dragões. “Caminhos de João”, letra do poeta paraense Joãozinho Gomes, é para Guimarães Rosa, referência constante no trabalho de Chico Lobo, que, em 2019, lançou “Sagração”, disco inspirado na obra do escritor mineiro. “É o sertão metafísico, que vive dentro e fora de mim. Essa é uma das músicas mais sentimentais do disco, me arrepia, me lembro muito do meu pai. A melodia surgiu no isolamento”, conta o violeiro.  

Singles e parcerias. Primeiro dos quatro singles e clipes lançados antes de “Alma e Coração” chegar ao público, “Nós”, com participação de Roberta Campos, é declaração cheia de poesia para Angela e aquele encontro marcado pelo “sim” que ela e Chico disseram há 25 anos. “A lua quando se achega/ Branca, linda, de trás da serra/ Tem o jeito do teu olhar/ Brilho de sol na terra”, diz um trecho da letra assinada pelo cantor.  

A contemplativa e introspectiva “Na Toada dessa Prece”, que também saiu como single, parceria do compositor com os poetas Carlos Di Jaguarão e Lysias Ênio, tem a participação especial de Sérgio Saraiva num amargurado acordeom tangueiro que dá o tom junto à viola a esse lamento sertanejo. As parcerias, aliás, estão por todos os lados em “Alma e Coração”, e cada músico gravou sua participação de casa. “A mão que se estende ao outro e fortalece nosso viver é o que passou a semear os relacionamentos nessa pandemia. Isso foi muito preciso no meu disco”, destaca. 

Luiz Carlos Sá, que escreveu seu nome no cancioneiro brasileiro ao lado de Guarabyra, é uma das referências de Chico Lobo e aparece em “Sonhos”, que tem algo de rock rural. Para o violeiro, o álbum dialoga com outras linguagens, como o folk, evidenciado pela companhia do compositor Drigo Ribeiro em “Sagrado em Meu Olhar”. O cantor e instrumentista Tatá Sympa coloca seu nome em “Própria História”. “É um disco que parte de uma raiz, mas é contemporâneo e moderno”, analisa Chico Lobo. 

Chico Lobo está em plena atividade, e a pandemia não inibiu a criatividade do músico, muito pelo contrário: a inspiração e o trabalho nas noites e madrugadas durante o isolamento em Belo Horizonte renderam várias composições. Algumas delas serão reunidas em um novo álbum, que tem até nome: “Breu da Noite Escura”, também com 13 faixas. Enquanto “Alma e Coração” coloca o sol da manhã como metáfora de esperança e novos tempos, o disco que o violeiro pretende lançar já no início de 2021 reafirma sua vocação de criatura da noite, como ele se denomina. 

“Parece uma coisa ruim, mas não é. A noite me envolve muito, é o horário em que mais componho. Adoro a lua, as estrelas e minha vida noturna”, comenta Chico, que entrega o primeiro verso da canção que dá nome a mais um álbum dessa trajetória que começou quando ele pegou a viola caipira como sua e nunca mais desgrudou: “E quando a noite chegar e seus habitantes saírem por aí”. 

*https://www.otempo.com.br/Por Bruno Mateus

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Esse disco esta disponível nas principais plataformas digitais plataformas

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CANTO SAGRADO

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

FLAVIO VENTURINI - PAISAGENS SONORAS - VOL. 1

 


É com exclusividade que o Canto Sagrado presenteia aos fãs das canções de Flavio Venturini com esta belíssima postagem, um motivo extra para comemorar neste final de ano, pois foi lançado Paisagens Sonoras, o mais novo álbum do artista. Disponível nas principais plataformas sonoras de streaming, o disco inédito marca os 45 anos de carreira do celebrado músico e compositor brasileiro e vem suprir uma ausência de sete anos que Venturini ficou longe dos estúdios de gravação. 

Paisagens Sonoras apresenta doze canções inéditas, dez delas composições do próprio Venturini. Mas o músico também prestigia novos compositores, como os cearenses Edmar Gonçalves e Marcos Lupi, na canção Em cima do tempo, o conterrâneo Cláudio Fraga, parceiro em Girassol e os jovens mineiros Frederico Heliodoro e Vitor Velozzo em O que é normal, uma canção que fala sobre a pandemia que hoje abala o mundo. 


O músico conta que o CD foi uma verdadeira experiência nostálgica. “No novo disco passeio por várias das minhas identidades como compositor, desde a veia de baladeiro romântico reconhecida em ‘Girassol’, ‘Azul com poeiras de ouro’ e ‘Uma cidade, um lugar’ até viagens ecológicas como ‘Lua de Marajó’ e ‘Caminho de estrelas’. Mas retorno ao folk mineiro em ‘Mantra de São João’ e relembro minha vivência no Rio de Janeiro no soul balanço carioca de ‘O céu de quem ama’ e na levada black de ‘Viver a vida”, explica. 

O álbum foi produzido pelo tecladista mineiro Christiano Caldas, que trabalhou nove das 12 faixas do álbum. Além dele está Torcuato Mariano, sempre presente com Flavio Venturini, com Viver a Vida e Caminho de Estrelas. Em destaque, ainda, o tecladista Paulo Calasans com O Céu de quem ama, o também tecladista Keco Brandão, com Azul com poeiras de Ouro e o guitarrista e produtor mineiro Cesar Santos em Vi no teu olhar. 

Ao longo da sua rica carreira, Venturini produziu 25 discos e três DVDs, com trabalhos solos, como integrante das bandas O Terço e 14 Bis e participante ativo do movimento Clube da Esquina. Paisagens Sonoras é o primeiro CD dos três volumes da obra de mesmo nome. O último disco dessa série será exclusivo de músicas instrumentais, compostas principalmente para trilhas sonoras de filmes e apresentações em festivais no Brasil e exterior. 

O álbum está sendo lançado pelo selo Trilhos.Arte, e, além das principais plataformas digitais, pode ser encontrado em CD físico no perfil no Instagram de vendas do artista.

*texto  https://www.soubh.com.br

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Download (ripado em 320kbps)

CANTO SAGRADO 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

FLAVIO VENTURINI - DISCOGRAFIA COMPLETA (REPOST A PEDIDOS)

 

NASCENTE 1982

ANDARLHO - 1984


CIDADE VELOZ 1990

AO VIVO 1991

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CANTO SAGRADO


NOITES COM SOL 1994


BEIJA FLOR 1996

 

FLAVIO VENTURINI E TONINHO HORTA AO VIVO NO CIRCO VOADOR 1997
 

TREM AZUL 1998

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CANTO SAGRADO


LINDA JUVENTUDE AO VIVO 1999

PORQUE NÃO TÍNHAMOS BICICLETA - 2003

CANÇÃO SEM FIM - 2006

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CANTO SAGRADO


NÃO SE APAGUE A NOITE 2009

VENTURINI 2014

FLAVIO VENTURINI E ORQUESTRA DE CÂMARA OPUS  AO VIVO 2016

(EXCLUSIVIDADE CANTO SAGRADO)

FLAVIO VENTURINI E NETO BELLOTTO / ORQUESTRA DOCONTRA - PARAÍSO - 2019

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Download (4 discos)

CANTO SAGRADO




quarta-feira, 28 de outubro de 2020

KATIA RABELO - FLOR DO CERRADO

 

Katia Rabelo lançou em 2005 seu primeiro disco, "Flor do Cerrado", em que canta o clima bucólico da região em que se criou. "Sou uma cantora regional, essa é uma característica minha. Meu forte está ligado às raízes. É a minha praia e onde me sinto à vontade", conta. 

Para ajudá-la nessa tarefa, Katia convidou alguns compositores de sua cidade natal, Patos de Minas, e das redondezas.

"Já cantava músicas desses compositores desde 1974, antes de morar em Belo Horizonte. Eles passam a vida deles escrevendo e, se eu tivesse condição, já teria gravado inúmeros CDs. Sou uma espécie de cantora deles, é uma história antiga".

Tanta cumplicidade se manifesta pelas canções de Taquinho Moura, Dalla, Wander e Clênio Porto que compõem um álbum em que predomina temas ligados à terra, à vegetação típica da região, a seus rios e relevos. "Retrata o cerrado mineiro, que era onde a gente costumava passar nosso tempo livre". 

O resultado é simples, sincero e comovente. Trata-se  de um CD acústico, pontuado pela diversidade musical. Toadas, canções, baladas, cantigas se espalham ao longo do disco. A comovida voz de Katia Rabelo passeia por todos esses gêneros com absoluta propriedade. Na verdade,  está cantando e contando a sua história.

O CD  “Flor do Cerrado”  foi concebido e produzido pela própria cantora. A Direção Musical e os Arranjos são assinados pelo violonista Geraldinho Alvarenga. Participaram da gravação: Serginho Silva (percussão) Geraldo Magela(violão 7 cordas), José Cícero(acordeon), Leonardo Barcellos(violino), Anderson Oliveira(cello), Dado Prates(flauta) e outros.

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Download (em 320kbps) Recomendo !!

CANTO SAGRADO 

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

CONSUELO DE PAULA E JOÃO ARRUDA - BEIRA DE FOLHA

 

Consuelo de Paula dispensa qualquer comentário, pra mim a diva da musica regional brasileira.

João Arruda um exímio multi instrumentista, discípulo nato de Dercio Marques e João Bá.

*Texto extraído do site :http://www.sertaopaulistano.com.br

Consuelo e João Arruda, que dizer deles? Sempre tem algo novo e revelador sobre ambos: são artistas – músicos, compositores, arranjadores, instrumentistas de excepcional qualidade – mas transcendem a isso. Tem compromissos maiores com seu público, seu povo; são vinculados aos problemas, aos dramas, às alegrias de seu tempo. Embora suas obras não sejam datadas, nos tempos futuros, se alguém se debruçar a analisar seus trabalhos, haverá de descobrir relações intrínsecas com o mundo que os rodeou, em seu tempo – o trabalho é um retrato revelador, seja de ordem técnica, artística, social.



O historiador do futuro descobrirá que a obra de ambos exala verdade. Suas motivações e inspirações nascem do coração;, o conhecimento, o talento e o apuro técnico que ambos esbanjam são inteiramente subordinados a essa verdade maior que buscam com rigor, encontram e revelam, repartem conosco. Artistas profundamente orgânicos, que entregam  tudo de si, sem concessões: em cada acorde, em cada fraseado, em cada canção  ressoa a vibração de cada célula, que por sua vez transfere-se  a um público extasiado que acolhe, canta junto, sente junto, vibra junto.

Como se viu nas lives e como se ouviu no CD já disponível nas plataformas digitais, cada poema, cada arranjo são todos inspirados em imagens e sons da natureza. Todo esse material é retrabalhado, reinventado, recriado, sendo cada peça quase como uma obra  aberta, pois é um convite a seguir viagem. “Beira de Folha” não termina na última faixa, não se esgota quando todos nós retomamos a vida de sempre. “Beira de Folha” foi feito de tal forma intensa que seu destino é mudar paradigmas, quem o ouve sente-se participante do processo, se reconhece, não fica indiferente! E nos breves interstícios, sobrepõe-se a reflexão que nos induz a nos tornar  militantes da causa maior que nos motiva: a vida!



O poema, a imagem, o acorde, tudo ressoa mágicamente - vozes, violas, batuques, em sincronia e esses momentos de indescritível beleza não são apenas pausas na labuta para nos entreter. Em meio a tanta beleza, tanta sutileza, quase etéreas, como um coral de elfos, duendes, silfos, ondinas, salamandras, ouvimos também contundentes manifestos nos desafiando a desafiar:  “...antes que a floresta termine”, (...), “...antes que a vida desapareça” (...). A última faixa, “Poema de Arvore II”, não foi feita para terminar e fechar o disco, mas sim lembrar que a viagem está apenas começando...

Sim, uma viagem que apenas começa, pois são tempos em que a natureza é severamente ameaçada. “Beira de Folha” é para ser ouvido, visto, tocado pelo tato, vivenciado, enfim, como uma inigualável Ode à Natureza, mas também para ser refletido pois tudo ali é matéria viva, é barro ainda úmido nas mãos dos escultores musicais. 

Poderiam se aproveitar do  mote “natureza” para chamar a atenção para essa questão tão crucial dos nossos tempos, a defesa da natureza, mas eles não o fazem porque se torna desnecessário para quem os conhece. A preservação do meio ambiente, é preciso lembrar sempre, não é um exotismo, é defesa de um patrimônio, que por obra dos deuses coube a nós o privilégio de cuidar; lembrar que a floresta vale mais em pé do que derrubada; lembrar que os rios valem mais limpos e habitados por peixes do que poluídos por mercúrio e cheios de dejetos. São coisas óbvias, saberes que os índios conhecem a milênios, mas os novos bárbaros, recém chegados ao Paraíso, desconhecem! (Faço minhas as palavras do Cacique Xavante  Apoena que, na década de 1940, ao convencer seu povo de que o contato com o branco era inevitável e a única forma de evitar um banho de sangue era estabelecer contato, afirmou: “O branco (chamado em xavante warazu) precisa ser amansado.” Era um discurso para seu público interno, os então orgulhosos e considerados indomáveis xavantes. Mas o sábio Apoena sabia do falava. Não é por acaso que seu nome em xavante – Ahöpowê – significa “o que vê longe...”

Consideremos, assim, “Beira de Folha” como um barco que nos faz revisitar nossas memórias. A pureza dos instrumentos e vozes fazem evocar em nós memórias recentes e também antiguíssimas,  ancestrais memórias, às quais devemos nossas referências e a construção de nossas identidades, como nos lembra Ailton Krenak em “Idéias Para Adiar o Fim do Mundo”. Ainda de acordo com o arguto pensamento do filósofo Krenak, devemos tomar cuidado com as armadilhas que nos montam ao longo dos nossos percursos. Um deles o termo “sustentabilidade”,  expressão pode estar apenas escondendo um rótulo. Ou uma maneira que a industria descobriu para continuar vendendo seus produtos para um público que chamam qualificado. “Sustentabilidade” é, sim, necessária, mas não é grife. Junto com essa prática, absolutamente necessária para nossa sobrevivência enquanto espécie, deve ser desenvolvida simultaneamente uma reflexão que nos sirva de alerta outras necessidades além do consumo. Ou simplesmente estaremos dando prosseguimento à velha e nefasta idéia de domínio sobre a natureza. Aqui, lembrando outro pensador, o francês Edgar Morin, “precisamos urgentemente repensar nossas ‘necessidades’ de consumo”.

A Vida, ou melhor, a Natureza sempre encontra caminhos alternativos. Contudo, estamos perto do limite. E da catástrofe: ou mudamos nossa fúria consumista, como se a céu fosse o limite ou a “sustentabilidade”  será apenas um rótulo de produto, uma carinha simpática com a mesma profundidade de um emoji, a novilíngua dos tempos atuais.

Enfim, é preciso mais! É preciso construir uma nova educação. Uma educação que oriente as atuais e as próximas  gerações. Essa compreensão é condição sine qua non da harmonia que deve haver entre todos habitantes do planeta; que ninguém nem nada deve estar submetido ao bel prazer de outrem; que todos os seres da natureza tem seu papel e lugar; que nossa tão cultuada razão, dom divino, seja uma benção e não uma arma! Razão e arma são elementos que não se misturam!

Peço perdão por ter me desviado do assunto principal – o belíssimo CD de Consuelo de Paula e João Arruda (a dupla poderia adotar o nome João e Maria, pois esse último é o primeiro nome da mineira de Pratápolis) – mas a minha intenção foi ressaltar que a Arte verdadeira nunca está separada da Vida. Os artistas não criaram a partir do nada: a Arte antecipa, a Arte é profética e por isso há de salvar esse mundo quando a esperança fenecer. 

“Beira de Folha”, embora não cite nomeadamente ninguém (com exceção do velho xamã João Bá) nos lembra o despertar de nossa consciência ecológica pavimentada por artistas como Dércio Marques, Cátia de França, Augusto Jatobá, Antonio Pereira de Manaus, até mesmo o velho Noel Guarany, que na contracapa de seu LP “Para El Que Mira Sin Ver” dedica a obra aos pajadores da América que “...com seu humilde instrumento musical andam a clamar amor pela terra, para que bem a tratem.”  Vital Farias, Xangai, Socorro Lira, Sol Bueno, Victor Batista... O próprio Villa-Lobos dedicou obras consideráveis à Amazônia, Egberto Gismonti, Paulo Cesar Pinheiro, Naná Vasconcelos... A lista de artistas comprometidos com a defesa da natureza, da Vida, é longa, o espaço aqui seria insuficiente...


Em “Beira de Folha”, João Bá e Dércio Marques estão diretamente envolvidos na história. Como diria Kátya Teixeira, são “parceiros etéreos". João e Maria  se o quisessem, fariam da defesa da natureza marketing pessoal, mas não o fazem porque eles são a própria natureza! Assim como João Bá e Dércio eram, eles próprios, o rio, o aguapé, a árvore, o coati, o peixe, a jaguatirica, o pescador, o ribeirinho, o anún, a arara, a paineira, o tamanduá, a jaguatirica, o índio, o seringueiro, o jaó e os inúmeros seres animados e inanimados que habitam as florestas, os campos, os brejos, o pé de serra, o chapadão, também as ruas, trilhas, estradas, caminhos de ferro, todos convivendo de maneira equilibrada. Na natureza, tudo se equilibra, os anos, os milênios, tudo transcorre a seu tempo: o rio, lembra Ailton Krenak, não é apenas um rio que fornece água e peixe, “o rio é também o nosso avô!” (No entanto, é bom lembrar que o rio agonizante não tem pressa. Pode demorar 10, 100 ou 1000 anos, ele se recupera. No fundo, quem precisa ser salvo é a humanidade insensata, cuja estupidez agride, como nos tristes eventos de Brumadinho e Mariana).

O DISCO

“Beira de Folha”, é para João Arruda, um passo adiante de seu último trabalho solo, o “Venta Moinho”; para Consuelo de Paula, um desdobramento do  que resultou “Maryákoré”, seu disco rústico.

João e Maria dão-se as mãos, revisitam a natureza que sempre habitou dentro de ambos – e, porque não?, de todos nós – e nos mostram as belezas e a importância da natureza – algo mais que “produto”, tal como fomos adestrados como “consumidores”:  são doze faixas – melhor dizendo, 12 trilhas, 12 caminhos, que se interligam. Os temas saltam de um para outro, retrocedem, avançam. Nalguns momentos são como delicadas elipses, doce rumorejar acompanhando a perenidade do rio da vida. Mas, quando necessário, podemos ouvir  a contundência do Trovão, os solavancos das rápidas corredeiras.

“Beira de Folha”  é um barco, singrando um rio chamado Brasil, ao sabor de suas correntes, em viagem. Leva e colhe noticias de um Brasil, ainda oculto nas dobras sombrias de nossas consciências entorpecidas. Uma fã da dupla escreveu numa rede social uma singela verdade, ao comentar, emocionada,  o disco: “.”Vocês são absolutamente necessários!” (Lena Mouzinho)


O disco termina nos convidando a retomar a estrada, pois o tempo é o mesmo tempo das primeiras árvores!  O tempo é viajeiro, mas é o mesmo tempo que presenciou as primeiras paisagens, salta cercas e telhados, salta eras e sempre recomeça. O tempo nunca se perde, nós é que eventualmente nos perdemos! Somos nós que devemos retomar a consciência, religar nossa natureza primordial – antes que a floresta termine.

 “Beira de Folha” é desses trabalhos inesquecíveis, que haverá de marcar época, porque atinge o ouvinte diretamente na alma, no coração. Alma ancestral, coração de agora. E sempre. 

Este belíssimo disco já esta disponível nas principais plataformas digitais.

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CANTO SAGRADO 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

14 BIS ACUSTICO - ACUSTICO AO VIVO

 

Os mineiros do 14 Bis estão voando alto e para comemorar 40 anos de carreira lançam novo trabalho. A trajetória do grupo teve início em 1979 quando gravaram o álbum homônimo, com produção irretocável de Milton Nascimento e trazendo, logo de cara, as marcantes “Canção da América” e “Natural”. Desde então a banda arregimentou fãs misturando rock, psicodelia, progressivo e elementos brasileiros se tornando um dos maiores nomes da MPB.

O disco, 15º do grupo, foi gravado em 2018, antes da chegada do novo coronavírus, no Teatro Coliseu de Santos, litoral paulista e prova o quanto Cláudio Venturini (violões/vocal), Sérgio Magrão (baixo/vocal), Vermelho (teclados/vocal) e Hely Rodrigues (bateria/percussão) e Flavio Venturini como participação especial estão em plena forma.

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Recomendadíssimo !!!!

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CANTO SAGRADO 

 

TABERNA FOLK - LIBERTAS

 


Os celtas de Minas lançam seu primeiro álbum. Pioneiros do folk celta e medieval no estado, Taberna é uma banda mineira composta por Mariana Roque (vocais/harpa celta/percussão); Gustavo “Fofão” (violões, bouzouki, concertina, baixo, percussão); Romulo Salobreña (viola/ violino/viela de roda); Rafael Salobreña (bodhran, alfaia, derbak) e João Gabriel (bandolim, banjo tenor, flautas e gaita de fole irlandesa). Formada em 2012, a banda resgata a bagagem cultural dos povos celtas, do período medieval, e também traz para a realidade o universo fan fiction épico de filmes, séries e jogos.

Após 8 anos de trabalho e imersão, o Taberna apresenta seu primeiro trabalho autoral, "Libertas", que mistura as influências de música e cultura antigas com a temática, paisagens e herança cultural de Minas Gerais numa amálgama que gera estilo único. Inclusive, a arte do álbum foi feita pela aquarelista Brunna Frade, que retrata a vegetação de Minas com as araucárias. 

Recomendo !!!!

Mais informação da banda em pdf incluído no arquivo para download.

Acesse:http://tabernafolk.com

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CANTO SAGRADO

PEDRO ANTONIO - PLANTAÇÃO DE ESTRELAS (REPOST A PEDIDO)

 

 

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CANTO SAGRADO

RENATO SAVASSI - TRILHAS IMAGINARIAS (REPOST A PEDIDO)

 

 

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CANTO SAGRADO

FERNANDO OLY - TEMPO PRA TUDO (REPOST A PEDIDO)

 

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CANTO SAGRADO

FERNANDO BRANT 30 ANOS DE TRAVESSIA (REPOST A PEDIDO)

 

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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

HUGO BRANQUINHO - EMBRIÃO


O compositor, instrumentista e cantor Hugo Branquinho lançou embrião, seu primeiro CD. É um trabalho autoral independente (www.soleiraproducoes.com) no qual gravou onze canções: três só dele; seis com Thales Mendonça – sendo que uma delas tem na parceria Heitor Branquinho (irmão de Hugo e coprodutor do álbum) –, uma com Enrique Aue e outra com Rafael Guerche.

Branquinho fez de seu disco um diário de bordo. Como letrista, seus sonhos e ideais musicais latejam em cada verso, expondo sua intimidade com a clareza de um azul outonal nos céus da sua Três Pontas, nas Minas Gerais. Para expressá-los, vale-se de seu maior trunfo: o timbre de sua voz, que quase se equivale ao de uma voz feminina. Tão belo é o seu, que surpreende pela estabilidade dada às notas.

Sua afinação mostra um intérprete privilegiado. Se ele já canta assim agora... dá gosto imaginar que sua voz ainda poderá se polir e amadurecer. Até onde pode ir o cantar de Hugo Branquinho? Meu Deus!

Suas canções são tranquilas, sossegadas, transmitindo uma paz que vem das montanhas de Minas e da forma mineira de se declarar a alguém ou a alguma coisa. Assim acontece principalmente em suas parcerias com Thales Mendonça, que de todos é o que mais se identifica com o universo da personalidade de Hugo (ainda que entre os seus parceiros esteja seu irmão Heitor) e nela mergulha com a necessária delicadeza.

A irmandade mineira floresce em embrião, manifestando-se na participação afetuosa e comovente de Milton Nascimento. Ele canta “Antônio” (Hugo Branquinho), música feita por Hugo para seu filho. Com um olhar tão expressivo quanto cativante, uma foto do menininho floresce em duas páginas do encarte. Milton se entrega amorosamente à interpretação. Em duo com Branquinho, faz um breve cânone nos versos que chamam pelo que vai nascer: Venha, Antônio/ Pois colo não vai faltar/ Venha, Antônio/ Que dengo vai até sobrar. Com o andamento agora acelerado, contrastando com a maciez do início, os dois se dão a vocalizes e levam a canção ao final.

Outra bela faixa é a que tem os irmãos Hugo e Heitor juntos, cantando “Aguar”, a parceria deles com Thales Mendonça. Violão (Heitor Branquinho) e bandolim (Deni Domenico) conduzem a melodia. A percussão (Emílio Martins) capricha na levada. Hugo e Heitor cantam juntos: Me apego tão facilmente/ Se sinto leveza no ar/ Para que se brote a semente/ Também é preciso aguar.

No disco, sem se prender a gênero musical específico, Hugo Branquinho escolheu um repertório que bem lhe canta o jeitão. Para tocá-lo, além dos que já foram citados, tem Thiago “Big” Rabello (bateria), Débora Gurgel (piano e teclado), Heitor Branquinho (contrabaixo e violões), Raul Coutinho (guitarra e viola) e Willian dos Santos (acordeom). Esta formação instrumental, seca, desempanada, lembra em tudo a desafetação das tradições das Gerais.

E assim nasce mais um promissor compositor/cantor vindo de uma terra que exala música pela alma: Minas Gerais.
(jornal o povo)

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Excelente !!!
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CANTO SAGRADO

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

BETO GUEDES - DISCOGRAFIA COMPLETA (REPOST A PEDIDOS)

Se vc gostar de algum dos discos abaixo compre o original valorize a obra do artista .
Acesse :http://www.betoguedes.com.br

BETO GUEDES/DANILO CAYMMI/ NOVELLI/ TONINHO HORTA 1973


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CANTO SAGRADO


A PAGINA DO RELÂMPAGO ELÉTRICO 1977
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CANTO SAGRADO


 AMOR DE INDIO 1978
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CANTO SAGRADO


SOL DE PRIMAVERA  1979
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CANTO SAGRADO

CONTOS DA LUA VAGA 1981
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CANTO SAGRADO



VIAGEM DAS MÃOS 1983
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CANTO SAGRADO


ALMA DE BORRACHA - 1986
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CANTO SAGRADO




BETO GUEDES AO VIVO - 1987
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CANTO SAGRADO



ANDALUZ 1991

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CANTO SAGRADO

DIAS DE PAZ 1999
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CANTO SAGRADO


50 ANOS AO VIVO - 2001
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CANTO SAGRADO


EM ALGUM LUGAR 2006
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CANTO SAGRADO


OUTROS CLASSICOS  AO VIVO - 2010
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CANTO SAGRADO





FRANCISCO MARIO - RETRATOS (REPOST A PEDIDO)

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CANTO SAGRADO

SERGIO SANTOS - ÁFRICO (REPOST A PEDIDO)

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CANTO SAGRADO

SOLANGE BORGES - BOM DIA UNIVERSO (REPOST A PEDIDOS|)

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CANTO SAGRADO

quarta-feira, 15 de julho de 2020

ALEXANDRE SAAD - MINAS PANTANAL

Alexandre Augusto Fernandes Saad, nasceu em Uberaba-MG, em 08 de dezembro de 1961. Desde os 09 anos já tocava violão tendo sido registrado nessa época a sua primeira composição, em parceria musical com um amigo de escola: a obra intitulada “Espuma” (samba-canção).
Consta também que ao concluir o curso primário foi convidado a ser o orador da turma expondo todo seu discurso em versos sem intervenção de adultos.
Desde então participou de movimentos culturais e festivais musicais da região.
Saiu de sua cidade natal aos 21 anos, após formar-se em odontologia para residir em Guarulhos-SP cidade vizinha a capital paulista, onde em 1986 gravou por vez primeira.
Em 1990 mudou-se para Campo Grande-MS onde as influências musicais daquela região, definiram seu estilo musical atual.
Voltou a participar em eventos, sagrando-se campeão em um festival estadual produzido pela Rede MATOGROSSENSE de Televisão (Globo).
Em 1996 voltou a gravar, desta vez o cd MINAS PANTANAL, com um trabalho totalmente autoral.
Em 1999, retornou a Uberaba e fortaleceu sua atuação artística e musical com a criação de um programa cultural na Televisão Local (TV UNIVERSITÁRIA - Rede Minas) chamado OFICINA DE ARTES NA TV, cujo objetivo era a divulgação das diversas expressões culturais brasileiras, permanecendo no ar por 4 anos ininterruptos.
Em 2005 migrou para a cidade vizinha de Uberlândia-MG com outro programa no mesmo estilo denominado RETIRO BRASILEIRO, na TV PARANAÍBA (REDE RECORD).
Em 2006 foi contratado para apresentar ao vivo, via satélite, o programa diário ACORDA BRASIL, com variedades, entrevistas, cultura e agro-negócio no canal TERRA VIVA (Rede Bandeirantes).
Fluente nas composições e instrumentista de viola, já em sua terra natal se envolve com a autentica música raiz brasileira, sofrendo influências de poetas e artistas como Tião Carreiro, Silveira e Silveirinha e Goiá.
A música regional brasileira com artistas do talento de Almir Sater, Renato Teixeira, Paulo Simões, Sérgio Reis, entre outros., também influenciaram seu estilo atual.
Fixando sua vocação de músico caipira dedicado ao instrumento, buscou sempre trabalhar tentando sintetizar o desejo de se reproduzir a música que se ouve no toque de sua viola.
Sendo assim seu trabalho se mescla o autoral e o interprete, percorrendo com seu instrumento entre vários estilos, desde o sertanejo de raiz até o clássico com peças de Raul Torres, Angelino de Oliveira, Antenógens Silva, passando ainda pelo samba, chorinho e acrescentando inclusive temas clássicos de Mozart, Beethoven, Bach e Villa Lobos.
A pesquisa e posterior composição de músicas regionais e folclóricas facilitaram o caminho neste ano de 2008, como apresentador dos 50 anos do “Festival de Folias de Reis” de Uberaba e região.
Conta com uma série de composições gravadas por artistas mineiros, sul mato-grossenses e paulistas. Sua última produção é o álbum de sua autoria denominado “EU E MEU IRMÃO”
Tendo percorrido com apresentador de shows, eventos musicais e culturais por muitos palcos em Uberaba e região, se destacaram alguns como ser: 2º Encontro de Violeiro de Uberlândia em 2005, Encontro de Viola e Catira em Uberaba, lançamento da obra “Catira a poesia do Sertão” de Gilberto Resende em 2005, 4º Encontro de Violeiros de Uberlândia em 2007.
 Acumulou a apresentação do programa TV do Berro em cadeia nacional, via Satélite pelo canal Terra Viva-Rede Bandeirantes de Televisão, direção e coordenação da Sociedade Educadora Osvaldo Cruz, com Curso e E. M.
Em 2010. produziu pela Guti Produções, o MEMORIAL GOIÁ, um produto realizado através da Lei Rouanet com um kit de 03 produtos culturais, (CD, DVD E SONGBOOK) sobre a obra do compositor Gerson Coutinho da Silva, o Goiá da cidade mineira de Coromandel.
Este projeto rendeu uma turnê com o show MEMORIAL GOIÁ - O POETA AINDA VIVE, com Alexandre Saad e Banda Cheiro de Mato em 10 cidades.
Em 2011 assumiu a comunicação da fundação UNESCO HIDROEX, migrando seis meses depois, para a Vice-Presidência da fundação, onde manteve contato com a UNESCO e suas diretrizes para cultura e Educação.
Alexandre Saad representando a região do Triângulo Mineiro no estado de Minas Gerais, conhecida como Mesopotâmia brasileira, defende suas raízes, canta as suas águas e dirige seu trabalho com temas ambientais, sendo considerado um dos talentos desse gênero musical caipira onde a viola e a poesia, compõe uma nova música regional do Brasil.
Seu último trabalho foi a produção do documentário MINHA TERRA, MINHA HISTÓRIA, onde o artista viaja pela ocupação espacial do Triângulo Mineiro em um documentário.

Se vc gostar compre o original valorize a obra do artista.
(34) 3312 - 5312 | (34) 9960 - 6542




Recomendadíssimo !!
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CANTO SAGRADO

quinta-feira, 9 de julho de 2020

WELLINGTON DE FARIA - CANÇÕES URBANAS DE UM TROVADOR RURAL

Canções Urbanas de um Trovador Rural é um album com 18 canções, sendo a faixa de nº 17 instrumental. São canções compostas pelo cantor, compositor e multi-instrumentista Wellington de Faria, contando com vários instrumentistas participantes de talento consagrado.
Welljngton de Faria tambem fez parte junto com Galba, Pedro Antonio e Marcio Pereira todos de Guarda Mor - Mg do grupo Mina das Minas que juntos lancaram dois discos "Bacupari " cd de 1997 e "Mina das Minas" lp de 1990 .
Todos já postado aqui no blog.

Se vc gostou compre o original valorize a obra do artista.
Vc tambem poderá ouvir nas principais plataformas digitais.
Excelente !!
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CANTO SAGRADO

sexta-feira, 26 de junho de 2020

MILTON NASCIMENTO - DISCOGRAFIA PARTE I (REPOST A PEDIDOS)

COURAGE 1968
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MILTON NASCIMENTO 1969
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MILTON 1970
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CLUBE DA ESQUINA  1972
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 MILAGRE DOS PEIXES 1973
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MILAGRE DOS PEIXES AO VIVO 1974
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MINAS 1975
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