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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

CHICO LOBO - ALMA E CORAÇÃO

 

 

Outra exclusividade do Canto sagrado para esse final de ano, disco refinado, belo e cheio de poesias.

Chico Lobo é artista estradeiro, que pega a viola e sai por aí rumo aos centros urbanos e sertões de Minas e do Brasil, em busca de levar suas canções aos palcos e também encontrar gente para ouvir música, contar casos, estórias e falar daquilo que é real, mas também do que pode ser pura e simples lenda – o que importa é o que a estrada dá.

Por isso, quando se viu impedido pela pandemia de fazer shows – teve dez apresentações canceladas de uma só vez –, o violeiro sentiu a necessidade de, numa espécie de autoanálise, se entender e se reinventar como ser humano. Então, “em vez de cair em depressão ou insanidade”, como Chico diz, ele começou a compor compulsivamente. 

O resultado dessa enxurrada criativa pode ser conferido em “Alma e Coração”, álbum recém-lançado pelo mineiro de São João del-Rei, que, em quase 50 minutos, canta o amor, a esperança, o amanhecer, o doce da vida, mas também a secura do sal. “Não fui tomado pelo medo, escancarei minha alma e meu coração. O que me move é esse sentimento de esperança calcado em uma fé muito grande que tenho e não sinto vergonha ao expressar na minha música. Quis falar de positividade, coisas boas da vida e bons tempos que possam vir”, afirma o cantor.   

Como a maioria dos discos do violeiro, “Alma e Coração” tem 13 faixas e, não à toa, foi lançado em 13 de novembro, sexta-feira passada. “É uma mística que gosto, a viola traz muito as crenças, os causos”, comenta. Exceto “Sertão” e “Rodas da Vida”, que têm a mesma proposta do disco, todas as canções foram compostas durante a quarentena. 

O sertão, claro, permeia todo o disco em acordes, sentimentos, folclores e cenários para vitórias em pelejas contra coronéis e dragões. “Caminhos de João”, letra do poeta paraense Joãozinho Gomes, é para Guimarães Rosa, referência constante no trabalho de Chico Lobo, que, em 2019, lançou “Sagração”, disco inspirado na obra do escritor mineiro. “É o sertão metafísico, que vive dentro e fora de mim. Essa é uma das músicas mais sentimentais do disco, me arrepia, me lembro muito do meu pai. A melodia surgiu no isolamento”, conta o violeiro.  

Singles e parcerias. Primeiro dos quatro singles e clipes lançados antes de “Alma e Coração” chegar ao público, “Nós”, com participação de Roberta Campos, é declaração cheia de poesia para Angela e aquele encontro marcado pelo “sim” que ela e Chico disseram há 25 anos. “A lua quando se achega/ Branca, linda, de trás da serra/ Tem o jeito do teu olhar/ Brilho de sol na terra”, diz um trecho da letra assinada pelo cantor.  

A contemplativa e introspectiva “Na Toada dessa Prece”, que também saiu como single, parceria do compositor com os poetas Carlos Di Jaguarão e Lysias Ênio, tem a participação especial de Sérgio Saraiva num amargurado acordeom tangueiro que dá o tom junto à viola a esse lamento sertanejo. As parcerias, aliás, estão por todos os lados em “Alma e Coração”, e cada músico gravou sua participação de casa. “A mão que se estende ao outro e fortalece nosso viver é o que passou a semear os relacionamentos nessa pandemia. Isso foi muito preciso no meu disco”, destaca. 

Luiz Carlos Sá, que escreveu seu nome no cancioneiro brasileiro ao lado de Guarabyra, é uma das referências de Chico Lobo e aparece em “Sonhos”, que tem algo de rock rural. Para o violeiro, o álbum dialoga com outras linguagens, como o folk, evidenciado pela companhia do compositor Drigo Ribeiro em “Sagrado em Meu Olhar”. O cantor e instrumentista Tatá Sympa coloca seu nome em “Própria História”. “É um disco que parte de uma raiz, mas é contemporâneo e moderno”, analisa Chico Lobo. 

Chico Lobo está em plena atividade, e a pandemia não inibiu a criatividade do músico, muito pelo contrário: a inspiração e o trabalho nas noites e madrugadas durante o isolamento em Belo Horizonte renderam várias composições. Algumas delas serão reunidas em um novo álbum, que tem até nome: “Breu da Noite Escura”, também com 13 faixas. Enquanto “Alma e Coração” coloca o sol da manhã como metáfora de esperança e novos tempos, o disco que o violeiro pretende lançar já no início de 2021 reafirma sua vocação de criatura da noite, como ele se denomina. 

“Parece uma coisa ruim, mas não é. A noite me envolve muito, é o horário em que mais componho. Adoro a lua, as estrelas e minha vida noturna”, comenta Chico, que entrega o primeiro verso da canção que dá nome a mais um álbum dessa trajetória que começou quando ele pegou a viola caipira como sua e nunca mais desgrudou: “E quando a noite chegar e seus habitantes saírem por aí”. 

*https://www.otempo.com.br/Por Bruno Mateus

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Esse disco esta disponível nas principais plataformas digitais plataformas

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CANTO SAGRADO

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

FLAVIO VENTURINI - PAISAGENS SONORAS - VOL. 1

 


É com exclusividade que o Canto Sagrado presenteia aos fãs das canções de Flavio Venturini com esta belíssima postagem, um motivo extra para comemorar neste final de ano, pois foi lançado Paisagens Sonoras, o mais novo álbum do artista. Disponível nas principais plataformas sonoras de streaming, o disco inédito marca os 45 anos de carreira do celebrado músico e compositor brasileiro e vem suprir uma ausência de sete anos que Venturini ficou longe dos estúdios de gravação. 

Paisagens Sonoras apresenta doze canções inéditas, dez delas composições do próprio Venturini. Mas o músico também prestigia novos compositores, como os cearenses Edmar Gonçalves e Marcos Lupi, na canção Em cima do tempo, o conterrâneo Cláudio Fraga, parceiro em Girassol e os jovens mineiros Frederico Heliodoro e Vitor Velozzo em O que é normal, uma canção que fala sobre a pandemia que hoje abala o mundo. 


O músico conta que o CD foi uma verdadeira experiência nostálgica. “No novo disco passeio por várias das minhas identidades como compositor, desde a veia de baladeiro romântico reconhecida em ‘Girassol’, ‘Azul com poeiras de ouro’ e ‘Uma cidade, um lugar’ até viagens ecológicas como ‘Lua de Marajó’ e ‘Caminho de estrelas’. Mas retorno ao folk mineiro em ‘Mantra de São João’ e relembro minha vivência no Rio de Janeiro no soul balanço carioca de ‘O céu de quem ama’ e na levada black de ‘Viver a vida”, explica. 

O álbum foi produzido pelo tecladista mineiro Christiano Caldas, que trabalhou nove das 12 faixas do álbum. Além dele está Torcuato Mariano, sempre presente com Flavio Venturini, com Viver a Vida e Caminho de Estrelas. Em destaque, ainda, o tecladista Paulo Calasans com O Céu de quem ama, o também tecladista Keco Brandão, com Azul com poeiras de Ouro e o guitarrista e produtor mineiro Cesar Santos em Vi no teu olhar. 

Ao longo da sua rica carreira, Venturini produziu 25 discos e três DVDs, com trabalhos solos, como integrante das bandas O Terço e 14 Bis e participante ativo do movimento Clube da Esquina. Paisagens Sonoras é o primeiro CD dos três volumes da obra de mesmo nome. O último disco dessa série será exclusivo de músicas instrumentais, compostas principalmente para trilhas sonoras de filmes e apresentações em festivais no Brasil e exterior. 

O álbum está sendo lançado pelo selo Trilhos.Arte, e, além das principais plataformas digitais, pode ser encontrado em CD físico no perfil no Instagram de vendas do artista.

*texto  https://www.soubh.com.br

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CANTO SAGRADO