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segunda-feira, 31 de março de 2014

MESTRE DERCIO MARQUES - DISCOGRAFIA


MESTRE DERCIO MARQUES "UM DOS MAIORES CANTADORES DO BRASIL"
 
Dercio Rocha Marques (Uberaba, Brasil, 19 de agosto de 1947 - Salvador, Brasil, 26 de junho de 2012) violeiro, cantor, intérprete e compositor nascido em Uberaba, Minas Gerais. Pesquisador das raízes musicais brasileiras e iberoamericanas (seu pai é uruguaio) tem em sua irmã Doroty Marques uma das principais parceiras de atuação e produção. Participa na produção musical de dezenas de discos de colegas músicos. Defensor da natureza e da cultura popular do Brasil, do bioma cerrado de sua infância em especial, que evoca em diversas de suas canções, acordes, toadas e parcerias.
Seu primeiro disco "Terra, vento, caminho." foi lançado pelo selo Discos Marcus Pereira, obra em que interpreta canções e poemas de Atahualpa Yupanqui, na ocasião praticamente inédito no Brasil, "As Curvas do rio", composição do hoje célebre violeiro da Bahia, Elomar, à época pouco conhecido.
Em 1979, lançou pelo selo Copacabana o disco "Canto forte-Coro da primavera", com produção de Doroty Marques e a participação de Irene Portela, Toninho Carrasqueira, Zé Gomes, Marco Pereira, Paulinho Pedra Azul, Orquestra de violas de Osasco (54 violas), Oswaldinho do Acordeon, Heraldo, ex-integrante do Quarteto Novo e regência do Maestro Briamonte.
Lançou "Fulejo" que é um disco inspirado na tradição das congadas de Minas Gerais e veio trazendo ao público músicas brasileiras tais como "Riacho de Areia" (Vale do Jequitinhonha), "Serra da Boa Esperança" (Lamartine Babo), "Disco Voador" (Palmeira Guimarães), "Casinha Branca" e "Ranchinho Brasileiro" (Elpídio dos Santos), "Mineirinha" (Raul Torres) e "Flores do Vale" parceria com o poeta João Bá.
Ainda dentre seus parceiros ou companheiros de shows destacam-se João do Vale, Paulinho Pedra Azul, Luis Di França, Pereira da Viola, Fernando Guimarães, Dani Lasalvia, Xangai, Guru Martins, Hilton Accioly, Carlos Pita, Milton Edilberto, Luiz Perequê e Diana Pequeno.
Depois da bem sucedida gravação de um disco infantil "Anjos da Terra", em homenagem a sua filha Mariana e a todas as crianças, foi indicado em 1996 para o prêmio Sharp de melhor disco infantil com "Monjolear", gravado em Uberlândia em longo processo de oficinas de música com sua irmã Dorothy e a participação de 240 crianças.
Em seu disco "Folias do Brasil" de 2000, ano de comemoração dos +500 anos, registra aspectos desta secular tradição da folia de Reis e folia do Divino que teve origem em Portugal no século XIII (segundo o prof. Agostinho da Silva), foi banida pela Igreja Católica no tempo da Inquisição, migrou para ilhas dos Açores, chegando ao Brasil com esse povo açoreano e espalhando-de por todas as regiões do país, principalmente Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.

Discografia

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[1977] Terra, Vento, Caminho.
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[1979] Canto Forte - Coro da Primavera
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[1980] O Pinhão na Amarração (Compacto)
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[1983] Fulejo - LP
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[1983] Fulejo - CD
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[1986] Segredos Vegetais
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[1990] Anjos da Terra
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[1993] Espelho D'água
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[1993] Monjolear
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[1998] Cantigas de Abraçar
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[1999] Cantos da Mata Atlântica
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[2000] Folias do Brasil
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sábado, 29 de março de 2014

SUB ROSA - THE GIGSAW

THE GIGSAW
2010
Por Anderson Nascimento

Aos primeiros passos ouvidos na faixa que abre “The Gigsaw”, primeiro álbum do grupo mineiro Sub Rosa, a curiosidade em torno do que está por vir nos próximos momentos do álbum vai crescendo ao passo que o disco vai avançando.

Não obstante, a expressão latina “Sub Rosa” é utilizada nos países de língua inglesa para se referir à segredo ou confidencialidade. O nome do disco, como bem explica a banda, é derivado das palavras inglesas Gig (concerto) e Jigsaw (quebra-cabeças), com isso a banda já deixa claras pistas de que o som da banda beira a uma interessante jornada de descobrimento rumo aos mistérios e temática em torno do álbum, ou seja, vida.

A banda Sub Rosa iniciou a carreira em 2006, na cidade de Betim, em Minas Gerais e, de lá pra cá, passou por diversas formações, até chegar à que gravou o CD, que conta com Reinaldo (baixo), Igor (guitarra), Glaydston (voz), Márcia (voz), Bárbara (bateria) e Álvaro (teclados).

Mesmo sendo o seu primeiro álbum, há de ser ressaltada a coragem da banda em lançar um álbum conceitual e progressivo, referenciando um tipo de som oriundo dos anos sessenta e fortemente utilizado por bandas como Pink Floyd e Alan Parsons Project nos anos setenta.

Após dez minutos de uma enigmática introdução, a banda desfila os primeiros versos da canção “Symtoms Of Life”, que provocam uma tempestade que introduz a curta pinkfloydiana “Igneous Vortex Dancer”. Aliás as conexões entre as faixas, e os encaixes desse grande quebra-cabeças são o grande barato do álbum, que alia um trabalho conceitual com canções de uma beleza profunda, tocadas de maneira excepcional.

É o que podemos ouvir em “Enslavement of Beauty”, terceira faixa do disco, que usa um vocal feminino para interpretar uma linda faixa que mescla a beleza de sua interpretação com a agonia de sua letra. Já na sequência, em “Equinox”, as vozes de Glaydston e Márcia Cristina se unem para interpretarem um ato formado pelas quatro estações do ano, introduzindo o primeiro momento instrumental do disco na canção “Amok”, recheada de sons provenientes e efeitos tensos que engrandecem a canção.

Combinando momentos tensos com obscuros, como é o caso de “Your Eyes”, a banda consegue contar a história do disco incluindo até mesmo momentos com sonoridade mais pop, como é o caso de “The Order”, canção que abre para outro momento instrumental “Zeitgeist”, que traz um Rock com tons jazzísticos fundidos com sintetizadores, em um dos momentos mais bacanas do álbum.

Apesar das faixas se encaixarem dentro de um conceito, algo também relevante no disco da banda é o fato de as faixas conseguirem, apesar disso, serem independentes umas das outras, com vida própria, tendo a possibilidade de poder serem ouvidas isoladamente. Um caso que exemplifica bastante isso é na canção “Window´s Daughter” com uma bela cama de sintetizadores acompanhando uma inspirada sequência. O mesmo ocorre com “The Mirror”, dividida em quatro atos, que é outra faixa que poderia funcionar bem em qualquer ambiente fora desse disco, e tem algo de “Sgt. Pepper” (Beatles) em sua performance. Mais um resultado inspiradíssimo da banda, novamente posicionando-a entre as melhores do CD.

A banda também acerta ao criar as duas partes de “The Last Ride”, uma tensa jornada progressiva que prepara o ouvinte para o iminente encerramento do álbum. Falando em fim, após a bela “Fatality Show”, a banda mostra novamente ser brilhante encerrando o álbum com uma variação de “Symtoms Of Life”, mesma faixa que iniciou o disco. O espetáculo então chega ao fim.

“The Gigsaw” é um grande exemplo de que há no Brasil bandas de todos os estilos, para todos os gostos e, o melhor disso tudo, que faz música com qualidade e requinte que não deixa nada a desejar para os melhores trabalhos do gênero.

O que difere o som do Sub Rosa de outras bandas embasadas no Rock Progressivo, e á palatividade de seu som, que passa longe de álbuns que se escoram em longos solos de teclados ou guitarra, que acabam por entediar o ouvinte. Isso não acontece com a banda que, ao contrário disso, consegue prender o ouvinte na execução do álbum fazendo com que os seus sessenta e dois minutos passem rápidos, como um filme que assistimos e já sabemos que vamos assití-lo outra vez.

Entrevista

    Galeria Musical: Quanto tempo levou entre a banda pensar no conceito desse álbum, compor e gravar as músicas?
    Sub Rosa: O conceito nasceu do Reinaldo (baixista/vocal), muito antes de a Sub Rosa existir. Foi na primeira metade da década de 90. A primeira música composta dentro deste conceito foi Enslavement of Beauty, que também foi a música que mais sofreu alterações. As composições só terminaram dentro do estúdio. Fatality Show, por exemplo, só foi composta um dia antes de ser gravada. Symptoms of Life só podia ser composta depois de todo o disco estar gravado, e assim aconteceu. Enfim, foi um processo planejado para ser lento, paulatino... Tinha que ser assim.

    GM: Essas idéias já vieram prontas ou o processo de dar forma ao conceito do álbum aconteceu ao longo das gravações?
    SR: A idéia já estava pronta, então durante o processo de gravação só tivemos mudanças em questão de compor algumas coisas diferentes, rearranjar outras... Coisa de produção, mesmo. Mas a idéia, a linha guia, esta se manteve inalterada.

    GM: No cenário progressivo, quais são as bandas que estão se destacando no momento?

    SR: Isso depende de que progressivo estamos falando. Por exemplo, no Metal Progressivo, temos o Dream Theater e o Pain of Salvation que constantemente lançam novas mídias no mercado. Já dentro do Rock Progressivo, que está mais próximo do que fazemos, quem mais vem se destacando são os dois ex-Pink Floyd, Roger Waters e David Gilmour, sendo que continuam lançando material inédito e fazendo turnês gigantescas. Roger Waters, por exemplo, está para começar a excursionar com o espetáculo The Wall, que é um presente para os fãs de rock progressivo de todo o mundo. Já ouvimos falar até de um estilo chamado progressivo dentro da música eletrônica...

    GM: Quando se fala em Rock Progressivo, o Pink Floyd vem logo à cabeça, mas quais são as outras grandes referências desse estilo para a banda?

    SR: Como cada membro da banda vem de cenários musicais diferentes, cada um tem influências muito diferentes, sendo o único som em comum aquele que fazemos quando tocamos juntos. Citar as influências individuais tornaria a lista quilométrica.

    GM: A idéia do quebra-cabeça de onde saiu?

    SR: Veio da busca pelo não-óbvio. A idéia: Transformar uma obra fonográfica em algo muito além do que simplesmente uma mídia num invólucro com imagens diretas. O que o ouvinte precisa fazer para compreender The Gigsaw, assimilar, absorver é muito simples: Juntar várias peças com encaixe perfeito e único, porém embaralhadas e espalhadas (nas músicas, nas letras, na arte gráfica, etc), para formar uma imagem final.

    GM: Vocês acham que as pessoas entenderam da forma como a banda imaginou?

    SR: De maneira geral, as pessoas têm tentado “montar” este quebra-cabeça, mas ainda não apareceu para nós nenhuma montagem conclusiva. Porém o mais importante é a tentativa de montar, buscando as pistas nas músicas, no encarte... é muito divertido!

    GM: Vocês acreditam que haja outras interpretações para o conceito do álbum?

    SR: Sim, claro! O número de interpretações possíveis é proporcional ao número de pessoas que tentam decifrar The Gigsaw.

    GM: Alguém já trouxe uma idéia bem diferente do que vocês imaginaram?

    SR: Nossa... e como!!! Mas o mais importante, como dissemos, é a tentativa. É uma experiência que vale muito a pena. Tanto quanto vale a pena ouvir The Gigsaw com fones de ouvido, no volume máximo, ou no escuro, ou acompanhando o encarte... O disco foi feito exatamente para isso.

    GM: No caso das apresentações da banda, vocês aliam sensações com música, isso é muito positivo e marcante, mas exige muito esforço de produção e etc. Vocês sentem que o retorno do público é o esperado pela banda?

    SR: De uma maneira geral, o público assimilou bem a proposta do show, chegando alguns a perceber e/ou entender alguns detalhes bem sutis. Isso é muito positivo e mostra que o público está atento ao nosso trabalho. Só temos a agradecer e trabalhar cada vez mais e melhor para satisfazer este público. Afinal, não tem muita gente lançando álbuns conceituais ultimamente, principalmente fora do Metal, e o público que admira álbuns conceituais tem nos dado uma excelente resposta.

    GM: Essa idéia conceitual vai se estender para o próximo álbum?

    SR: Sim, mas o próximo disco, 11:11, trará um conceito totalmente diferente de The Gigsaw.

    GM: Algumas pessoas têm certa resistência ao Rock Progressivo porque muitas das canções não são tão acessíveis. No caso de vocês, acho o contrário. À medida que as canções vão se encaixando, mais cresce a vontade de prosseguir na audição. Como vocês encontraram esse meio-termo entre o progressivo e o palatável?

    SR: Em primeiro lugar, muito obrigado pelas palavras! São comentários assim que fazem todo o trabalho empreendido valer à pena! Talvez esse meio termo ocorra devido a uma questão de influências. Já que a banda recebe influências desde canções super simples até composições puramente técnicas, o resultado disso acaba sendo o meio termo.

    No fim das contas, o Rock Progressivo, originalmente, gerou músicas incríveis, maravilhosas, com harmonias muito simples, que as tornam muito agradáveis de se ouvir. Infelizmente, ainda há quem pense que Progressivo é sinônimo de músicas inacessíveis, e lançam discos que funcionariam muito bem em um workshop, mas que não somam em nada à evolução do principal, que é a Condição Humana.

    GM: Quais os próximos planos da banda?

    SR: As metas a curto prazo seriam, primeiramente, divulgar mais nosso trabalho lançado a pouquíssimo tempo, The Gigsaw, tocar para o maior número possível de pessoas e fechar com uma boa produtora. Estamos desenvolvendo um trabalho cênico, teatral, que consolidará ainda mais o conceito de The Gigsaw. Aguarde! E estamos trabalhando na parte conceitual e composição de nosso próximo disco, 11:11.

    GM: Pensam em curto prazo em algo em torno de imagem, DVD, ou apresentação em TV?

    SR: Ainda não está em nossos planos diretos, por exemplo, gravar um vídeo clipe ou um DVD, mas pode ser que aconteça por força de alguma oportunidade que surja. Já apresentação em TV ou qualquer outra mídia comercial, apesar de não termos nada em vista, poderá ser uma realização a longo prazo. Isso é, se ninguém nos convidar a curto prazo...

    GM: O Galeria Musical deseja sucesso para a banda e que vocês sigam firme nessa labuta. Eu gostaria que deixassem alguma mensagem para os nossos leitores.

    SR: Muito obrigado, Anderson! De coração! Parabéns pelo seu trabalho na Galeria Musical. Pra finalizar, só temos que agradecer por tudo que a banda tem alcançado em tão pouco tempo de estrada. Agradecer a cada um que tem contribuído com nosso trabalho, a Jamie... sem palavras por tudo que ela faz! A Iara, que fez o site pra nós e dá uma grande força lá em São Paulo! Em Betim, os vários parceiros de caminhada, que seria até injusto citar pois podemos esquecer algum (sem o clichê de “vocês sabem quem vocês são”. É medo de esquecer alguém, mesmo)... Poxa! Tudo tem se mantido justo e perfeito por termos tantas pessoas iluminadas ao nosso redor. Somos felizardos, pois, enquanto banda, temos muito que agradecer, de um integrante para outro integrante. Quem quiser adquirir nosso material, cd, camiseta, adesivo (novidade); quem quiser contratar o show, ou qualquer outro contato: www.subrosa.com.br, contato@subrosa.com.br, ou (031)91946271.

    Convidamos a todos os que ainda não conhecem nosso trabalho para aceitar o desafio que lançamos: Ouçam The Gigsaw. Garantimos que é uma experiência, no mínimo, interessante.

    Ele está disponível para download em vários lugares, com arte gráfica e tudo o mais que precisarem.

    Mais uma vez finalizando uma entrevista ao modo do grande Fábio Shiva, gostaria de lembrar a todos a frase que está inscrita no pórtico de entrada do Oráculo de Delfos, na Grécia: “Gnothi Seauthon”. “Conhece-te a ti mesmo”!

    Responderam esta entrevista:
    Reinaldo (baixo/voz e compositor e idealizador de The Gigsaw), Al (sintetizadores e voz) e Bárbara (bateria e percussão).

    TRACKS:
    1. Symptoms of Life
    2. Igneous Vortex Dancer
    3. Ensalvement Of Beauty
    4. Equinox
    5. Amok
    6. Your Eyes
    7. The Order
    8. Zeitgeist
    9. Widow´s Daughter
    10. The Mirror
    11. The Last Ride Part 1
    12. The Last Ride Part 2
    13. Fatality Show
    14. Symptoms of Life
    15. Canon In D (Live Bonus)


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sexta-feira, 28 de março de 2014

Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira & Orquestra de Câmara Sesiminas - Aquarelas: A Música de Ary Barroso (1996)





"O mineiro Ary Barroso morreu em 9 de fevereiro de 1964, deixando uma obra que o consagra como um dos melhores compositores de música popular do mundo, em todos os tempos. Hoje, onde estiver, há de vibrar com este trabalho que seus conterrâneos estão lançando em torno das suas músicas. De fato, ouvindo instrumentistas excepcionais como Nivaldo Ornelas e Juarez Moreira e a Orquestra de Câmara Sesiminas, a gente lembra da declaração de amor feita na Aquarela Mineira: 'Salve oh! meu Estado de Minas Gerais'".
Sérgio Cabral

1- Na Baixa do Sapateiro
2- Maria
3- No Tabuleiro da Baiana
4- Canta, Maria
5- Grau Dez
6- No Rancho Fundo
7- Rio de Janeiro [Isto é o meu Brasil]
8- Folha Morta
9- Por causa desta Cabocla
10- Morena Boca de Ouro
11- Risque
12- Aquarela do Brasil
13- No Rancho Fundo (vinheta)

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quinta-feira, 27 de março de 2014

RENATO MOTHA - TRILHA DAS MÃOS - 1999





"Dizem que num determinado momento da vida a gente se reencontra com a nossa criança. Quando eu era menino, tinha o hábito de brincar sozinho fazendo os sons das coisas que faziam parte do meu mundo. Neste trabalho tive a felicidade de me deparar novamente com este menino, de estar sozinho e de voltar a brincar com os sons, tentando através deles fazer música de gente grande.
Este trabalho tem como base uma trilha composta para um espetáculo cênico-musical feito por mim em parceria com a bailarina e coreógrafa Dudude Herrmann, partindo de uma estrutura em que o espaço para improvisação possibilitasse dar vazão à singularidade e à identidade artística."
Renato Motha, no encarte do disco

1- O Mundo
2- Dança nas Cordas
3- Zum Zum
4- Viageiro
5- Shakti
6- Pajé
7- Tric Trac
8- Passarinho
9- No Tom da Chuva
10- Samplerman
11- Trilha das Mãos
12- O Olhar da Moça que dança

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terça-feira, 25 de março de 2014

GABRIEL GUEDES - CHOROS DE GODOFREDO

No fundo do armário na casa de seus pais, Gabriel Guedes (filho de Beto Guedes) encontrou um caderno que guardava todos os chorinhos do seu avô Godofredo Guedes - músico, poeta, pintor, compositor e marceneiro. Dez estão registradas no CD Choros de Godofredo. Participação de: Gustavo Monteiro (violão de sete cordas), Warley Henrique (cavaquinho), Zazá (pandeiro), Gabriel Guedes (bandolim), Milton Nascimento, Beto Guedes, Yamandu Costa, Tavinho Moura, Wagner Tiso, Clóvis Aguiar, Beto Lopes, Neném e grupo Sarau Brasileiro.
nada
nada
1- Tocando no Parque
2- Tardes em Fortaleza
3- Caindo do Céu
4- Tristeza de Baiano
5- Cais da Esperança
xxParticipações especiais: Beto Guedes e Tavinho Moura
6- Chorando com Estilo
7- Eu e a minha Clarineta
8- Chorando em Sol Menor
9- O Último Choro
10- Tropeiro
Participações especiais: Beto Guedes e Milton Nascimento

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PAULO FREIRE - SÃO GONÇALO

Este CD foi fruto de um longo trabalho com Adriano Busko, Tuco Freire e Fábio Tagliaferri. Fizemos vários shows com este repertório. Os arranjos, coletivos, foram criando forma, ficou tudo muito bom de tocar.
O convívio com eles foi fundamental. As estradas, quartos de hotel, os prazeres e as 'roubadas', a verdade é que nos divertimos bastante enquanto escolhíamos as músicas e dávamos palpites um no trabalho do outro.

Sem o apoio, carinho e a extrema musicalidade do Adriano, Tuco e Fábio, seria impossível ter feito este
São Gonçalo.
As participações especiais do CD, além do inseparável Swami Júnior, na composição, arranjos para violão e seu incrível 7 cordas; teve meu pai, Roberto Freire, carregando de emoção nossa
Cais do Corpo; para as partes cantadas tive a honra de contar com a Mônica Salmaso; Wandi diz o Ideal de Caboclo de uma forma definitiva; e tive também toda a categoria dos grandes músicos e amigos Benjamin Taubkin e Toninho Ferragutti.
São Gonçalo foi produzido por Rodolfo Stroeter, para o selo Pau Brasil.
São Gonçalo é o padroeiro dos violeiros, santo da fertilidade, casamenteiro e protetor das prostitutas. Maiores informações sobre o santo no encarte do CD ou no próprio show, que eu conto um 'causo' dele."

Paulo Freire

1- São Gonçalo
2- Cais do Corpo
3- Ai
4- Árvore
5- Um Socó Só
6- Fogoso
7- Quatro Meses
8- Antônio Conselheiro
9- Oró
10- Saudades de Matão
11- Mulher e o Marido
12- Chitãozinho e Xororó
13- Vagalume
14- Tristezas do Jeca
15- Causo do Rio Abaixo

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sexta-feira, 21 de março de 2014

Gilvan de Oliveira, Juarez Moreira, Geraldo Vianna, Weber Lopes, Beto Lopes e Caxi Rajão - Violões do Horizonte (2000)














1- Beijo Partido
2- Tom de Luz
3- Saudades do Led Zep
4- Baião Barroco
5- Floriano
6- Lêta
7- O Beco
8- Valse
9- Você chegou sorrindo
10- Flor do Tempo
11- Espelho
12- Esdra
13- Fim de Noite em La Venência
14- Manuel, o Audaz 
 
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WILSON LOPES - TEMPO MAIOR





Natural de Pitangui, Wilson Lopes veio para Belo Horizonte no início dos anos 70. Em 82, aos 15 anos, fez seu primeiro show instrumental na sala Humberto Mauro, no Palácio das Artes. Seguiu sua carreira tocando em bares, shows e gravações, com nomes conhecidos da música mineira, como Tadeu Franco, Paulinho Pedra Azul, Tavinho Moura, Saulo Laranjeira, Túlio Mourão, Nivaldo Ornelas, Milton Nascimento e Lô Borges. Na década de 90, ao lado de Mauro Rodrigues, Lincoln Cheib e Ivan Corrêa, formou o grupo instrumental Edição Brasileira e desde 1993 integra a banda de Milton Nascimento, com quem gravou, também em 93, duas músicas em parceria no CD Angelus: De um Modo Geral e Coisas de Minas. Com Milton Nascimento, além de turnês nacionais, participou também de turnês internacionais em países como Estados Unidos (Los Angeles, San Diego, Las Vegas, Albuquerque, San Francisco, Saratoga, Boston, New York, Washington, Chicago, Interlochen e Pontiac), Canadá (Montreal e Toronto) e Europa (Paris-França, Bruxelas-Bélgica, Den Haag- Holanda, Copenhagen- Dinamarca, Istambul-Turquia, Nice- França, Florença- Itália, Bern- Suíça, Milano- Itália, Barcelona- Espanha, Madrid- Espanha, Alcaniz- Espanha, Londres- Inglaterra, Hamburg- Alemanha, Munich- Alemanha ). Participou também da gravação das trilhas sonoras dos filmes O Menino Maluquinho (Helvécio Ratton) e Terceira Margem do Rio (Cacá Diégues). Atualmente, além de integrar a banda de Milton, desenvolve trabalho autoral e lançou os CDs Estórias do Dia, em 2001, Nossas mãos – Homenagem ao Clube da Esquina, em parceria com o irmão Beto Lopes, e Tempo Maior, ambos de 2006.
fonte: Festa da Música
1- Paris
2- Sexta-feira
3- Cores
4- Dia Livre
5- Alvorada
6- Rio Vermelho
7- B. C. J. S.
8- Madrid
9- Flor de Fogo
10- Dr. Horta
11- Nuanges 
 
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CANTO SAGRADO

WILSON E BETO LOPES - NOSSAS MÃOS - 2000





"Outra dupla de irmãos que tem se destacado é a de Pitangui - os manos Beto e Wilson Lopes. Estes músicos absorveram as influências jazzísticas dos músicos da geração anterior e acrescentaram outros ingredientes, regionais (sons de viola caipira e temas regionais "caipiras-folclóricos") e universais (acento rock-fusion nas escalas e timbres de guitarra, claramente expostos nos álbuns solo e no excelente registro-tributo instrumental a Bituca - Nossas Mãos. Os irmãos Lopes se destacam pela versatilidade, acompanhando um grande número de artistas mineiros, consagrados ou iniciantes."
Ricardo Souza
1- Cravo e Canela
2- San Vicente
3- Maria Maria
4- O Cio da Terra
5- Saudades dos Aviões da Panair
6- O Cavaleiro
7- Milagre dos Peixes
8- De um Modo Geral
9- Cais
10- Viola Violar
11- Lília
12- Nossas Mãos 
 
RECOMENDADÍSSIMO!!!!!!!!!!!!

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quinta-feira, 20 de março de 2014

RODRIGO DELAGE - AGUAS DE UMA SAUDADE - 2007

RODRIGO DELAGE

Rodrigo Delage nasceu em Belo Horizonte e morou em algumas cidades do interior, dentre elas Pirapora, onde desde pequeno navegava por entre peixes, lendas e histórias, fortalecendo a paixão pela viola caipira. Viajando pelo rio das Velhas, São Francisco, e Urucuia, ele ouve ‘causos’, grava paisagens, escuta e observa os bichos, e traz tudo isso para o universo da viola.
Seus toques falam de bichos, rios, ‘causos’, estando sempre ligados ao sertão, ao mato, ao rio e às tradições populares daqueles que neles vivem.
Participou de vários projetos de viola, como o projeto “Sons do Horizonte”, exibido na Rede Minas de Televisão. Participou de vários programas de televisão, como o “Brasil das Gerais”, o “Agenda”, o “Viola Minha Viola”, apresentado por Inezita Barroso na TV Cultura de São Paulo, Viola Brasil (TV Horizonte), Sala de Cultura (TVC), Globo Horizonte (Rede Globo) e Célia & Celma (Canal Rural). Além disso, participou de CDs do grande violeiro Chico Lobo, ao lado de nomes como Claúdio Araújo, Dimas Soares, Noel Andrade, Pena Branca, do ator e cantador Jackson Antunes, dos emboladores Castanha e Caju e do gaiteiro Renato Borgeti. Participou também do CD projeto “Zás”, realizado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais ao lado do escritor mineiro Olavo Romano.
Em 2003, gravou o seu primeiro disco, “Viola Caipira Instrumental”, com a participação de Pena Branca e Chico Lobo, CD premiado como melhor disco de viola do ano, pelo “Prêmio Nacional de Excelência da Viola Caipira”, de iniciativa da “Revista Viola Caipira”, no qual foi vencedor também na categoria melhor violeiro.
Teve seus toques de viola utilizados em reportagens da TV Globo/Globo News, nos programas “Globo Rural” e “Mais Você”. Cedeu também composições para vinhetas de arte e programação da Rede Minas de Televisão.
Compôs trilhas para vídeos do documentarista Dêniston Diamantino, exibidos em Festivais Nacionais e Internacionais de Cinema, como o “Cineport - 2004, Festival Internacional de Cinema da Língua Portuguesa” e o Festival de Cinema de Gramado/2004.
Em 2006, participou do “Dossiê Guimarães Rosa”, lançado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP em comemoração ao cinqüentenário do romance “Grande Sertão: Veredas”, publicação que veio encartada com um cd recheado de músicas que abordam o universo sertanejo que inspirou o escritor.
Veio das barrancas do Velho Chico, a inspiração para seu segundo álbum “Águas de uma Saudade – Viola Caipira”, lançado em agosto de 2008.
Em Dezembro de 2008, lança o disco “Imaginário Roseano”, uma homenagem ao centenário de nascimento do grande escritor mineiro João Guimarães Rosa, abrilhantado pelas participações especiais de Rolando Boldrin, Paulo Freire e Téo Azevedo e pelos arranjos do maestro Geraldo Vianna.
 "Com o lançamento do álbum Águas de uma Saudade, o mineiro Rodrigo Delage prova que está entre os mais completos músicos da nova geração. Seu instrumento é a viola caipira. Um dos mais belos instrumentos da música regional brasileira, a viola caipira ganha uma nova referência com o lançamento de Águas de uma Saudade, segundo CD de Rodrigo Delage. O artista confirma sua condição de um dos maiores violeiros da nova geração, ele tem apenas 28 anos."
nada
Carlos Herculano Lopes, no jornal Estado de Minas
nada
nada
1- Liso do Sussuarão
2- Lagoa da Tapera
3- No Meio do Redemoinho
4- Porto das Águas
5- Águas de uma Saudade
6- Eu nessa Folia
7- O Rio tá Cheio, Maria
8- Luduvina
9- Valseado
10- Mágoa de Rio
11- Rio-abaixo
12- Inhuma da Vereda
13- Três Margens
14- Pinicado no Lundu
15- Até que a Chuva caiu
16- Boi Sertão

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UAKTI - I CHING - 1994


O Uakti é um grupo brasileiro de música instrumental, formado por Marco Antônio Guimarães, Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos1 . O Uakti é conhecido por utilizar instrumentos musicais não convencionais, construídos pelo próprio grupo.

O nome

O nome do grupo se origina de uma lenda dos índios Tukano. Uakti era um ser mitológico que vivia às margens do Rio Negro. Seu corpo era repleto de furos que ao serem atravessados pelo vento emitiam sons que encantavam as mulheres da tribo. Os homens perseguiram Uakti e o mataram. No local onde seus restos foram enterrados nasceram palmeiras que os índios usaram para fazer flautas de som encantador como os produzidos pelo corpo de Uakti2 3 . Embora não acentuado, o nome é pronunciado com a sílaba tônica em ti. 4

História

O líder do grupo, Marco Antônio Guimarães estudou música na Universidade Federal da Bahia em Salvador3 . Ali conheceu e teve aulas com Walter Smetak que transmitiu-lhe a paixão pela construção de instrumentos musicais e Ernest Widmer que teve influencia marcante em suas técnicas de composição3 . Nos anos seguintes à sua formação, Marco Antônio tocou violoncelo em orquestras sinfônicas de São Paulo e Minas Gerais. Neste mesmo período, construía no porão de sua casa, diversos instrumentos com tubos de PVC, madeira, metais e vidro. Os instrumentos estavam prontos mas faltavam os executantes. Em 1978, o músico teve a idéia de convidar alguns de seus colegas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais para reuniões na Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte. Vários músicos compareceram. Entre eles, os percussionistas Paulo Sérgio Santos e Décio de Souza Ramos, o Flautista Artur Andrés Ribeiro e o violoncelista Cláudio Luz do Val3 . Estes músicos desenvolveram a técnica de execução dos instrumentos e formaram o grupo. Marco Antônio Guimarães se tornou o principal compositor e arranjador, embora todos os demais participantes também produzam criações com freqüência.
A primeira gravação do grupo foi uma participação na trilha sonora do filme Cabaré Mineiro de Carlos Alberto Prates, em 1979. A trilha foi composta por Tavinho Moura e o Uakti participou na faixa "O sonho". Através de Tavinho, o Uakti fez contato com os músicos do chamado Clube da Esquina. Em 1980 participaram do disco "Sentinela" de Milton Nascimento e fizeram sua primeira apresentação pública no museu da Pampulha. O primeiro disco, "Uakti - Oficina Instrumental" veio no ano seguinte, em conseqüência da popularidade adquirida nas apresentações com Milton Nascimento. Com a saída do violoncelista Cláudio Luz, o violonista Bento Menezes entrou no grupo e permaneceu até 1984, quando o grupo gravou seu terceiro disco "Tudo e Todas as Coisas". A partir desta gravação, passaram a utilizar cada vez com menos freqüência os instrumentos tradicionais. Nesta fase, quase todas as canções gravadas pelo grupo eram composições de Marco Antônio Guimarães ou parcerias com Milton Nascimento.
No período entre 1981 e 1987, consolidaram sua carreira no Brasil e participaram de outra gravação de Milton nascimento ("Ânima"). Sua primeira turnê internacional aconteceu na Espanha. Em 1987, participaram do álbum "Brazil" do grupo de Jazz Vocal Manhattan Transfer. Durante um show nos Estados Unidos, o cantor Paul Simon conheceu sua música e os convidou a participar, em 1989 do álbum "The Rhythm of the Saints". Durante a Gravação, Philip Glass, compositor dos Estados Unidos que estava no Brasil, foi visitar Simon e ouviu o som do grupo. Isso resultou em um contrato para a gravação de cinco álbuns pelo seu selo Point Music.
O quarto álbum do grupo (e o primeiro pela Point Music), "MAPA", lançado em 1992 é uma homenagem ao músico Marco Antonio Pena Araújo, amigo dos integrantes do grupo, que havia morrido em 1986. O nome MAPA é um acrônimo formado pelas iniciais de seu nome.
A fama conquistada internacionalmente pelo grupo rende então muitos trabalhos, O Uakti viaja ao Japão e vários países da Europa. O Grupo Corpo, um dos grupos de dança mais importantes de Minas Gerais encomenda várias composições originais para Marco Antônio Guimarães: "A lenda", gravada no CD "MAPA", "Bach", que Marco Antônio lançou como trabalho independente, "I Ching" e "21" que se tornaram álbuns do Uakti em 1994 e 1997. Além desses, o grupo lançou "Trilobyte" em 1997, que conta com composições de todos os integrantes do grupo, além de adaptações de composições populares.
Em 1993 Philip Glass também é comissionado pelo Grupo Corpo para produzir uma composição para balé. Glass escolhe então o Uakti como intérprete da sua composição "Águas da Amazônia - Sete ou oito peças para um balé". O arranjo é entregue a Marco Antônio Guimarães, que o adapta ao instrumental do Uakti. A gravação desta composição foi lançada em 1999, no álbum "Águas da Amazônia", que inclui ainda uma versão de metamorphosis I, outra composição de Glass2 . Esse álbum encerrou o contrato com a Point Music. Em 2004 Glass convidou o Uakti para uma nova parceria, dessa vez no projeto Orion. A cidade de Atenas, como parte das celebrações pré-olímpicas, contratou Glass para uma série de shows ao ar livre e o Uakti foi um de seus convidados, apresentando composições de Glass.
A partir de 1998, gravam menos composições originais e se dedicam a produzir adaptações de peças consagradas do universo da música erudita e do cancioneiro popular brasileiro. A trilha sonora do filme Kenoma, de Eliana Caffé(1998), utiliza principalmente composições de Heitor Villa-Lobos. Em 2000, gravam com o grupo coral Tabinha, de Uberlândia, Minas Gerais, uma coletânea de canções populares. Em 2002, Lançam o CD "Clássicos", somente com arranjos de composições eruditas e em 2005 fazem uma viagem por temas populares brasileiros no disco "Oiapok XUI", que além de diversos temas de danças populares brasileiras, contém quatro variações da canção "Águas de Março" de Tom Jobim.
O Uakti também faz habitualmente participações em projetos de outros artistas. Além dos já citados Milton Nascimento, Paul Simon e Manhattan Transfer, estão Ney Matogrosso, Maria Bethânia, Zélia Duncan. Participaram também dos espetáculos "Dança das Marés, dirigido por Ivaldo Bertazzo e "Ihú - Todos os Sons", apresentando temas indígenas recolhidos e adaptados por Marlui Miranda.
Em 2009, Marco Antônio Guimarães anunciou sua intenção de interromper suas atividades de luthier e principal compositor do grupo. Em consequência disso, os demais membros anunciaram que passariam a atuar como compositores e arranjadores para novos trabalhos. Em 2010, o Uakti anunciou a contratação de um escritório de arquitetura para projetar a construção de uma sede própria em Belo Horizonte, chamada Centro de Referência Uakti, contando com área de exposição, salas de estudo e um teatro integrado a um estúdio de gravação.3

Música

O principal compositor do Uakti, Marco Antônio Guimarães, tem formação erudita e utiliza em suas composições um estilo composto de estruturas rítmicas complexas. Normalmente mais de um compasso é utilizado na mesma composição, quando não é utilizada métrica livre. A melodia e harmonia são compostas de forma a aproveitar as características de execução do instrumental. O estilo do Uakti já foi comparado ao minimalismo de Steve Reich e Philip Glass.
Se por um lado, as técnicas composicionais são contemporâneas, a sonoridade dos instrumentos, por outro, empresta um caráter primitivo à música do grupo. Esta dicotomia é o segredo do som do Uakti.

Instrumental

Os instrumentos não convencionais construídos por Marco Antônio Guimarães são os responsáveis pela sonoridade característica do grupo. A lista abaixo descreve apenas alguns dos instrumentos utilizados com mais freqüência. O instrumental completo, no entanto, possui uma variedade muito maior

Pans

Basicamente todos os pans seguem um princípio básico: Tubos de PVC de diversos comprimentos, montados de forma a que suas extremidades estejam alinhadas, em uma disposição muito semelhante à de uma flauta de pan. Os tubos são percutidos com uma manta de borracha ou com as mãos. Como cada comprimento de tubo produz uma nota diferente, estes instrumentos são afináveis e podem tocar melodias ou acordes. Atualmente, são utilizados em dois tamanhos: o grande pan com tubos flexiveis que permitem um grande comprimento e são usados como baixos e o pan inclinado de comprimento menor, usado nas melodias principais. Eventualmente também podem ser executados por sopro na extremidade dos tubos. Esse recurso é usado geralmente para produzir efeitos sonoros de curta duração.

Marimbas

Idiofones compostos de teclas percutidas por baquetas com cabeça de borracha ou feltro. A execução é semelhante à de um xilofone ou vibrafone. A diferença das marimbas Uakti e dos xilofones ou vibrafones tradicionais é que as teclas são dispostas sobre duas caixas de ressonância independentes que podem ser invertidas ou deslocadas. Isso permite a execução de acordes ou seqüências que seriam muito difíceis na disposição tradicional. São duas as marimbas do Uakti:
  • Marimba d'Angelim - feita de Angelim, uma madeira usada na construção civil, que proporciona um som rústico, porque essa madeira possui variações de densidade que tornam seu timbre diferente dos xilofones normais.
  • Marimba de vidro - as teclas são feitas de vidro, o que proporciona notas de maior ressonância que as de madeira.

Instrumentos de cordas com arco

Tocados nas gravações por Marco Antônio Guimarães, são, em geral, inspirados no violoncelo ou na viola da gamba.
  • Iarra - Espécie de violoncelo, com dois pares de cordas que devem ser pressionadas simultaneamente pela mão esquerda. Um arco é usado para fazer a corda soar.
  • Chori Smetano - Instrumento criado por Walter Smetak. Basicamente é um instrumento de corda com arco que usa uma cabaça como caixa de ressonância. Segundo seu criador este instrumento pode transmitir simultaneamente sentimentos antagônicos como o choro e o riso. Daí seu nome cho-ri (chora e ri). Guimarães construiu seu chori smetano com as dimensões de braço e arco de violoncelo, assim qualquer violoncelista pode executá-lo.
  • Torre - Grande tubo de PVC com um espigão de contrabaixo em uma das extremidades e uma manivela na outra. Nas laterais do tubo, várias cordas são esticadas. São necessários dois músicos para executá-lo. Um gira o tubo em torno de seu eixo com a manivela. O outro usa um arco composto por duas vareta e um jogo de crinas de viola para friccionar as cordas. Como o arco pode abraçar várias cordas simultaneamente, podem ser tocados acordes. A variação da velocidade e da quantidade de notas envolvidas pelo arco cria variações harmônicas. Este é um dos instrumentos mais surpreendentes nas apresentações ao vivo, pela riqueza harmônica do som produzido e pela interpretação bastante peculiar. Utilizado normalmente como base harmônica em diversas composições.

Tambores

Os membranofones também são parte importante da sonoridade do Uakti, principalmente o trilobita formado por 10 tubos de PVC afináveis montados em um suporte e com peles de tambor sobre a extremidade superior. Dois músicos se colocam frente à frente, tendo o instrumento entre eles e usam os dedos, baquetas ou a palma das mãos para percutir as peles, produzindo melodias muito rápidas

Instrumentos tradicionais

Alguns instrumentos tradicionais também são usados pelo grupo. Vários tipos de tambor comuns como os atabaques, surdos e também as tablas, tambores tradicionais indianos, são utilizados. Ocasionalmente também são utilizados instrumentos de cordas como o violão e o piano, embora sua execução normalmente seja feita com baquetas e em afinações alternativas.
As flautas transversais, tocadas por Artur Andrés são, possivelmente, os instrumentos tradicionais usados com maior freqüência pelo grupo, mas também elas podem ser tocadas às vezes com o bocal chinês, um bocal com uma membrana que vibra com a passagem do ar aproximando o som da flauta ao de um instrumento de palheta.

Discografia

CDs
  • Uakti - Oficina Instrumental (1981)
  • Uakti 2 (1982)
  • Tudo e Todas as Coisas (1984)
  • Mapa (1992)
  • I Ching (1994) - música para o espetáculo do Grupo Corpo.
  • 21 (1996) - música para o espetáculo do Grupo Corpo.
  • Trilobyte (1997)
  • Águas da Amazônia (1999) - música de Philip Glass para o Grupo Corpo. Arranjos de Marco Antônio Guimarães.
  • Mulungu do Cerrado (2001) - com o Grupo Tabinha.
  • Clássicos (2003).
  • Oiapok Xui (2005)
  • Ensaio Sobre a Cegueira(2009)
  • Uakti Beatles (2012) 4
DVD
  • Uakti (2007) - show gravado na Palácio das Artes de Belo Horizonte




I Ching é, sem dúvida, outro trabalho excelente do Uakti, o grupo considerado um ícone de seu estilo. Formado no ano de 1978, sua música se caracteriza pela instrumentação original de Marco Antônio Guimarães (cordas), discípulo do suíço Walter Smetak; Paulo Sérgio dos Santos e Décio de Souza Ramos (percussões); e Artur Andrés Ribeiro (sopros). Este disco apresenta 11 faixas fantásticas, como Montanha, Trovão, Dança dos Hexagramas e Ponto de Mutação, alguns dos destaques. Uma gravação imperdível que não pode ficar fora de sua coleção. Confira!
1- Céu
2- Terra
3- Trovão
4- Água
5- Montanha
6- Vento
7- Fogo
8- Lago
9- Dança dos Hexagramas
10- Alnitax
11- Ponto de Mutação 
 
BAIXE ESSE CANTO SAGRADO: