O CD “Forró no Quintal” é resultado do projeto idealizado pelo
compositor Marcelo Vouguinha de BH, que traduz neste trabalho a sua
poesia romântica e filosófica em canções com o forró nordestino. Neste
estilo musical genuinamente brasileiro o CD traz um som alegre e
dançante com suas raízes simples, mas com arranjos bastante elaborados e
numa estética instrumental bem refinada.
O compositor convidou amigos cantores e cantoras, todos do cenário
musical da música mineira, além do primo Raphael Carias que desenvolve
seu trabalho no Rio de Janeiro.
Os arranjos são assinados pelo experiente e talentoso músico Aírton
Prates natural de Fronteira dos Vales - MG, entre o Jequitinhonha e o
Mucuri. Ele é o responsável pela execução e gravação, contando com a
participação de músicos da banda nordestina “Trio Potiguá”, sendo
Zezinho Preá - sanfona, João Preá - zabumba e John Man - baixo.
Participação especial de Matheus Félix - violino e Ivan Bahia –
percussão, ambos do grupo mineiro “Menina do Céu” de MPB e forró.
Gravação de voz, mixagem e masterização Studio RM – Belo Horizonte,
exceto voz da faixa 12 gravada no Rio de Janeiro. Projeto Gráfico do
artista Adriano Alves e fotografia de Cláudia Cunha. Apoio e clipes
Vitor Vouguinha.
*texto http://lojamusicaquevemdeminas.blogspot.com
01.Ciranda do Forró - Dani Morais
02.Brincar de Beijo - Enio Cotta
03.Xote da Estrada Real - Tau Brasil
04.Forró no Quintal - Lima Junior
05.Porto do Sol – Bilora
06.Conviver - Wilson Dias
07.Jardim da Alma - Augusto Cordeiro
08.Romântico sem Fim - Serginho Marques
09.Tangará - Carlos Farias
10.Tambor do Sentimento - Mozão Muniz e Geisa Carneiro
11.Na Beira do Mar - Lucinho Cruz
12.Boca do Desejo - Raphael Carias
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
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Luis Dillah é natural de Uberlandia - MG, é neto de violeiro, de quem herdou a
viola e um gosto musical eclético. Pesquisador e compositor de músicas
que exploram os ritmos mais densos da MPB, Dillah ganhou o mundo a muito
tempo, desde que resolveu participar de festivais, encontros e outras
violadas por aí a fora...
Com os festivais, ele ganhou a experiência necessária para sobreviver e
compor o quadro dos “independentes”,conheceu toda a vanguarda musical do
país, e pode acelerar alguns processos internos, com projetos voltados
para a arte e cultura do país. No festival do Carrefour por exemplo, o
1º lugar deu a Luis Dillah o seu primeiro disco “Que nem eu”, que tem
como diretor musical ninguém menos que Zuza Homem de Melo, primeiro
feito em vinil (porque Dillah queria), e depois, um belo CD (porque os
amigos e o seu público queriam), nesse mesmo festival, Chico Cezar
ficaria com o 3º lugar e Jorge Vercílo figuraria como melhor intérprete.
Participou do projeto Pixinguinha, como representante do centro-oeste
brasileiro e foi feliz para o sul, levando um pedaço de Brasil que
poucos conhecem. O som que Luis Dillah faz é moderno, arrojado, mas
extremamente popular, regional, estranho, misturado, universal... E é
desse estranho que ele gosta de falar, da mistura de raças, ritmos e
maneiras... A ginga do Brasil dentro do Brasil.
Compositor inquieto, Dillah sempre contou com a presença de seu irmão e
intérprete Edson Denizard, com quem inúmeras vezes dividiu os palcos.
Suas composições já foram gravadas por grupos como Falamansa, Swing de
Palha, Uakti e Tabinha, Trio Jirimum, e por nomes como Alexandre Az,
Reco Bastos, Elton Ribeiro, Dinho
nascimento, Luis Salgado entre outros. Trabalhou ao lado de Pena Branca
como intérprete, violonista e contador de causo no show “Semente
Caipira”, homônimo do CD, que ganharia o Grammy Latino em 2003. Dillah
dirigiu, produziu, compôs, arranjou, tocou e cantou no CD “Batom
vermelho” do grupo ForróQxote”, e que contou com as
participações da Banda de Pífanos de Caruaru, Cacau Arcoverde,
Oswaldinho do Acordeon entre outros
Dillah participou da virada cultural, convidado pela secretaria do
estado de São Paulo, como representante de São José do Rio Preto, evento
que teve vinte e quatro horas de duração e contou com as presenças de
Renato Teixeira, Oswaldinho do Acordeon, Afro Reggae, Teatro Mágico
entre outros.
Fez o show de encerramento do Festival de inverno da Serra da Canastra
em São Roque de Minas em julho de 2010. O show “O Poder de Voar”, de
Dillah, encerrou a sexta edição do FEM
– Festival Nacional de Música Popular “Vinícius Nucci Cucolicchio”, no
dia 30 de outubro 2010, no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, em
São José do Rio Preto-SP , resultando daí, a gravação do seu primeiro
DVD, com o título homônimo ao show!!!
Venceu em dezembro de 2010 a 24ª edição do MUSICANTO SULAMERICANO DE
NATIVISMO – Festival que acontece em Santa Rosa no Rio Grande do Sul, e
que conta com a participação de compositores, músicos e intérpretes de
toda a America latina.
Início da turnê de lançamento do primeiro DVD de sua carreira “O Poder
de voar”; em Uberlândia-MG no Teatro Rondon Pacheco em 04/05/2012. Em
São José do Rio Preto-SP, no Teatro do SESC Rio Preto em 11/05/2012.
-FESTIVAIS 2012
2° lugar e Melhor intérprete -Festival acústico de Araxá-MG
Aclamação popular – 38° Festival de MPB de Ilha Solteira-SP
Em 2013 Dillah segue com seus shows na divulgação do DVD, e participando
de festivais pelo país, tendo conquistado o prêmio de “Melhor letra” no
5° Cantalão em Catalão-GO, e o “3° lugar” no 43° FENAC, Festival
Nacional da Canção, na finalíssima em Boa Esperança-MG, festival este,
que contou com mais três mil e
quinhentas músicas inscritas.
Em 2014, Luis segue com seus shows, e dos festivais ele conquista o “2°
Lugar” no Cantalão, em Catalão-GO, “Melhor letra” no 12º FESCAP Festival
de MPB de Pinheiros-ES, “Aclamação popular” no 44° FENAC, e “Aclamação
popular” no 10° FEM, Festival de MPB de São José do Rio Preto-SP.
Além dos shows, em 2015, Dillah vence o 16° Festival de MPB de Pereira
Barreto-SP(1°lugar). Ganha 3° (terceiro) lugar no 45° FENAC, maior
festival de MPB do País, além de ser convidado para se apresentar na
“Virada Cultural de Belo Horizonte - MG, na praça da liberdade.
2016, os destaques nos festivais foram, 2º lugar no 42º Festival
nacional de Ilha Solteira-SP e 3º lugar no 11° FEM, festival nacional de
MPB de São José do Rio Preto-SP. Em 2017 grava o programa Sr. Brasil,
com apresentação de Rolando Boldrin, pela TV Cultura, para todo o país.
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Pra muitos essa capa tem algo familiar, uma ideia bem criativa ao disco do grupo Led Zeppelin IV de 1971.
Moda De Rock: violas zeppelinianas
Aos desavisados, Moda De Rock é uma dupla formada pelos violeiros Zé
Helder mineiro de Pouso Alegre e o paulista Ricardo Vignini ambos do grupo Matutos modernos, no intuito de adaptar à linguagem da viola
caipira, clássicos do rock. Até agora, são dois CDs e um DVD ao vivo já
gravados pela dupla, todos extrapolando os limites do bom gosto. Coisa
finíssima.
Por si só, a obra da banda Led Zeppelin,
por suas incursões por temas folclóricos e pelas afinações inusitadas,
utilizadas pelo guitarrista Jimmy Page, se convida a uma abordagem
diferenciada. Diriam os mais antenados, uma abordagem exótica ou étnica,
coisa que os próprios Jimmy Page e Robert Plant já haviam feito no
álbum "No Quarter". Sendo assim, até que demorou para a Moda De Rock
dedicar um disco à obra da banda. E o feito foi realizado com maestria
no álbum "Moda De Rock Toca Led Zeppelin", lançado agora, em meados de
2018. Vale frisar que a obra foi viabilizada através do esquema de
"crowdfunding", bancada por pessoas que admiram e acreditam no trabalho
da dupla. Ao constatarmos isso, dá a impressão que o Brasil até pode ter
jeito.
É importante salientar que a parte gráfica ficou soberba, com ilustrações do artista André Davino, fazendo releituras de capas
e imagens associadas à banda homenageada. Observando a arte, não se
pode deixar de imaginar o luxo que seria uma edição em vinil, algo meio
improvável, pode-se acreditar, pela duração da gravação (por volta de 1
hora), pois teria que ser vinil duplo, mas vai saber, né?...
A
capa é uma releitura da capa do álbum "Led Zeppelin IV" e, seguindo o
exemplo do álbum homenageado, a dupla também inicia o seu CD com uma versão de "Black Dog" que não deixa pedra sobre pedra, com as violas dialogando com a gaita blues do convidado Sérgio Duarte.
A exemplo dos outros álbuns da Moda De Rock, as versões
são instrumentais, com exceção de "Going To California", onde os vocais
de Zé Helder não fazem feio, se considerarmos que a original foi
interpretada por Robert Plant e, também, "Thank You", com os lindos
vocais roucos de Ana Deriggi, outra artista convidada.
Outra
característica marcante do álbum, é que a dupla deu preferência para o
lado acústico da obra zeppeliniana. Isso poderia até soar óbvio, não
fossem as interpretações conduzidas com tamanha maestria e riqueza de
detalhes nos arranjos, marca registrada da Moda, diga-se. O clima beira a
erudição. "All My Love", considerada piegas pelo próprio Page exala um
lirismo ímpar.
Poderia ser descrita aqui, as sensações despertadas
por cada faixa, como as levadas de pagode caipira incrementando o final
de "Friends" e marcando "Immigrant Song" e, também, a citação de
clássicos da "música caipira" brasileira no final de "D'yer Mak'er", por
exemplo, ou nos peguntarmos como pode obras como "Rain Song",
"Tangerine" e "Bron-Yr-Aur" nos emocionar sem ser em suas versões originais? Pois pode. Mas nada do que possa ser descrito faz aqui jus à audição.
Se
você aprecia a obra de arte para além dos rótulos, não tem preconceito
com a sonoridade que remete às raízes do interior brasileiro e ainda não
ouviu a Moda De Rock, não sabe o que está perdendo. É pra ontem..
*texto https://whiplash.net
Tracklist do CD:
1.Black Dog
2.All My Love
3.Rain Song
4.Friends
5.Going To California
6.No Quarter
7.Immigrant Song
8.Tangerine
9.Good Times Bad Times
10.Bron-Yr-Aur
11.Dancing Days
12.Thank You
13.Four Sticks
14. D'yer Mak'er
15. Kashmir
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Originalmente, o grupo Orelha de Pau era um trio formado por Euler
Ferreira no violão e voz, Geraldo Jr. no violão, baixolão e voz e Zé
Helder (violeiro tb no grupo matutos modernos) na viola e voz,. A história do grupo começou
em 1999, quando os três participaram do Festival da Canção de Pouso
Alegre, mas cada um defendendo uma música diferente. “Eu conheci no
Geraldo no Festival e o Zé Helder depois. Nós três fomos para a final,
mas não ganhamos nada”, conta Euler. “A história toda começou neste
festival, mas depois montamos o grupo e tivemos muita visibilidade,
principalmente em programas de TV”, diz Zé Helder.
Este foi gravado em 2001, com Zé Eduardo Nazário na percussão, em Pouso
Alegre, com diversas canções autorais, sendo que algumas foram
registradas também em trabalhos solos de Euler Ferreira e Zé Helder.
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Felipe Cerquize, carioca e engenheiro químico de formação, é poeta inspirado com 2
discos autorais, o “Minas Real” (2012) produzido por Claudio Nucci e
“Léguas” (1999). Como melodista e letrista, possui mais de quatrocentas
obras, incluindo parcerias com Ana Terra, Célia Vaz, Felipe Radicetti,
Fernando Brant, George Israel, Heitor Branquinho, Luhli, Luiz Carlos Sá,
Márcio Borges, Murilo Antunes, Nilson Chaves, Philippe Baden Powell,
Roberto Menescal, Sérgio Ricardo e Tavito.
Felipe sempre foi um apaixonado pelas terras mineiras.
Uma jornada que percorreu a Minas de Drummond, JK, Milton Nascimento e
Aleijadinho; das montanhas e dos minérios; da música e da gastronomia.
Durante 15 dias, o poeta, compositor e escritor carioca Felipe Cerquize
percorreu 13 cidades do circuito Estrada Real, como Tiradentes, São
João del-Rei, Congonhas, Ouro Preto, Mariana, Itabira, Diamantina e São
Lourenço. O resultado é o livro Pelos caminhos da Estrada Real,
que traz mais de 100 fotos coloridas, numa abordagem que procura focar
as atrações turísticas e as informações históricas de cada local
visitado.
“Cada cidade tem sua peculiaridade e de alguma maneira impressiona”,
destaca Cerquize. “As igrejas de Ouro Preto são espetaculares. O acervo
barroco de Aleijadinho, em Congonhas, é fantástico. A organização e a
preservação do Centro Histórico de Tiradentes chamam a atenção. O Museu
de Território, em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, em Itabira, é
uma referência impossível de não ser visitada pelos que admiram esse
que, para mim, é o maior poeta brasileiro de todos os tempos.
Diamantina, com seus prédios históricos, suas festas e suas referências a
JK e ao Clube da Esquina, tornou-se inesquecível. Enfim, eu diria que,
por cada cidade que passei, alguma coisa marcante ficou na minha
memória.”
Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, uma parte da família de
Cerquize fincou raízes em Minas, e por isso ele passou boa parte da
infância visitando os parentes no Sul do estado. Mas sempre teve em
mente conhecer outras cidades mineiras. “Quando comecei a fazer essas
viagens pela Estrada Real, não passava pela cabeça escrever um livro,
mas conforme ia conhecendo os encantos poéticos e históricos das belas
cidades dos circuitos do Ouro e do Diamante, fui chegando à conclusão
de que tudo aquilo merecia um registro escrito, de preferência
ilustrado com muita fotografia”, explica.
A publicação resultou indiretamente em uma outra iniciativa: o CD Minas Real.
O disco conta com cinco faixas com a sonoridade bem mineira. Cerquize
virou parceiro de Tavito, Fernando Brant, Márcio Borges, Murilo
Antunes, Heitor Branquinho e Célio Mattos em canções interpretadas por
Renato Braz, Paula Santoro, Claudio Nucci, Déa Trancoso e Maurício
Maestro. “Foi uma conseqüência do livro, pois alguns amigos me
sugeriram o projeto de um CD como uma extensão do trabalho literário. A
conexão do livro com o disco está no fato de serem trabalhos sobre
Minas e com a participação de mineiros”, conclui.
*O disco ep contem apenas 5 musicas originais então resolvi incluir com mais 4 musicas todas de Felipe Cerquize e parceiros.
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
contato: felipecerquize.blogspot.com
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É só chegar e pedir: material de limpeza, pães, vinhos,
pinga, cerveja e aperitivos. Faço tudo o que estiver ao meu alcance,
avisa Giovanni Concenza, dono do Bar Giovanni, no Centro da cidade de
Cristina, a 398 quilômetros de Belo Horizonte. Tipicamente mineiro, o
pacato município se destaca pelos bares que mais se parecem armazéns.
Vendo de tudo um pouco, confessa Giovanni.
É verdade. Nas
prateleiras, há desde detergentes a uma boa cachaça. E para agradar mais
ainda os freqüentadores, ele está preparando uma área para churrasco.
Ofereço o espaço e a cerveja, o cliente traz os amigos e a carne, diz.
De fato, é um atendimento diferenciado e quem sofre com isso é a
cozinheira e mulher de Giovanni, Telma Ribeiro Concenza. Há dias em que a
correria é danada.
Não consigo nem sair da cozinha, conta. E já
que no bar o cliente é quem manda, os viajantes fazem o pedido: pé de
porco com angu e couve. Certa vez, um rapaz pediu esse prato e tivemos
que dar conta do recado para satisfazê-lo, conta Telma. A partir daquele
dia, tornou-se especialidade da casa. Não há como discordar, a iguaria é
realmente digna de elogios. Mas isso apenas não basta.
Para nós,
a prova de que o prato é mesmo gostoso é quando o cliente come muito e
não consegue nem andar, brinca Giovanni.
- 2 kg de pé de porco
limpo e picado
- 9 dentes de alho
- 1 colher (sopa) de óleo
- 3 litros e meio de água
- Sal a gosto
- Meio quilo de fubá
- 6 folhas de couve crua
e picada sem o talo
- 1 lata de massa de tomate
- Meio quilo de tomate picado
- Cheiro verde a gosto
Como fazer Pé de porco com angú e couve:
O pé de porco
Limpar
o pé de porco, picá-lo e fervê-lo, com dois litros de água, por cinco
minutos. Desprezar o caldo. Em seguida, colocar a carne em uma panela de
pressão, junto com três dentes de alho, óleo, um litro de água e sal.
Deixar por 20 minutos (com a panela tampada). Reservar. À parte, refogar
em uma panela o restante do alho com meio quilo de tomate picado e uma
lata de massa de tomate. Salpicar com cheiro verde.
Acrescentar ao molho o pé de porco com o caldo e deixar ao fogo alto por 15 minutos. Mexer bem e servir.
O angú
Misturar
o fubá (até derreter) com meio litro de água fria. Levar ao fogo alto
por 20 minutos e só parar de mexer quando a mistura engrossar. Baixar o
fogo e deixá-lo cozinhar por 10 minutos.
A montagem
Pôr o angu e a couve crua e temperada em um prato e despejar por cima da couve o pé de porco com molho. Servir.
Receita fornecida por Telma Ribeiro Concenza,
de Cristina: (35) 91246563
Considerada a mais bela região do estado, o Sul de Minas Gerais possui
paisagens fascinantes formadas por vales, montanhas, serras e
cachoeiras, que proporcionam um clima agradável e qualidade de vida para
seus habitantes. As cidades são destaque na agricultura e pecuária,
relevantes para o desenvolvimento econômico-social da região e do
estado. O sul de Minas atrai turistas de todos os cantos, seja em busca
de tranquilidade e belezas naturais, pelo clima frio e aconchegante das
montanhas, ou ainda para a prática do ecoturismo.
Nesta postagem vamos conhecer o belíssimo Circuito Serras Verdes.
Click abaixo e boa viajem.
Sexto álbum do mega artista mineiro Mauricio Tizumba, com sofisticada sonoridade, que remete às nossas mais profundas
raízes musicais afro-brasileira, sobretudo a do congado, o álbum,
produzido por Sérgio Santos, é uma homenagem ao rei africano escravizado
no Brasil e convertido em herói ao comprar a própria liberdade,
adquirir riqueza e libertar centenas de outros escravos. A narrativa
sonora, fruto de extensa pesquisa empreendida por Paulo César, foi
criada originalmente para a peça homônima escrita por ele, dirigida por
João das Neves e protagonizada por Tizumba que estreou em 2011.
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Texto e música foram desenvolvidos por Geraldo Vianna, baseado
na remota lenda de pactos com o demônio, que permeia a história da
humanidade. Para o desenvolvimento do texto, o músico buscou informações
na literatura universal, além das estórias e lendas do cotidiano de
violeiros de todo o Brasil. “O pacto – um poema musical” conta com a
participação do ator Jackson Antunes que narra o texto e marca, ainda, a
primeira gravação de Geraldo Vianna executando a viola caipira.
Participação de Sérgio Rabello – violoncelo e Renato Savassi – Flauta.
http://gvianna.com.br/
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“Bordados”, um trabalho inspirado, desde sua concepção e criação, no
ofício das bordadeiras, que no seu silêncio, a cada ponto, a cada linha,
revelam a beleza e o encantamento da vida. Bordando sentimentos com
notas musicais e lírica poesia, “Bordados” apresenta, em seus diferentes
arranjos e melodias, expressões do amor capazes de colorir as
dificuldades do cotidiano com os tons de superação e esperança.
O CD conta com a participação de músicos do porte de Roberto Mendes,
cantor e compositor baiano de Santo Amaro da Purificação, que presta
homenagem a Elomar na faixa “Curva Medieval”. Roberto Mendes teve vários
sucessos gravados na voz de Maria Bethânia, entre eles Yaya Massemba,
em parceria com Capinan. O mineiro Paulinho Pedra Azul, também do Vale,
está presente em duas faixas: “Perto de você” e “Um Anjo Ali”, uma
homenagem ao cantor e compositor Vander Lee.
Produzido pelo guitarrista do Skank Doca Rolim e o maestro Liciano PP,
“Bordados tem 14 músicas inéditas, reunindo novos parceiros e letristas,
entre os quais o escritor e jornalista Roberto Lima, Pedro Ramucio e
Naiara Jardim. A capa é assinada por Diro Oliveira, com belas
ilustrações de Marina Jardim e Diomilton Ferraz.
Lima Junior é mineiro de Almenara, pequena cidade localizada no Vale do
Jequitinhonha, onde deu início a sua carreira de cantor e compositor. É
considerado pelos críticos musicais um dos mais criativos compositores
do Vale. Sua carreira consolidou-se em 2000, com o lançamento do CD
“Fina Flor, parceiros da Lua”, com poemas de Melck Aquino Tocantins. Em
2005, lançou “Xamã”, trabalho musical que contou com participação
especial do Mestre Elomar. Em 2008, lançou o CD “Um Beija Flor me
Avisou”.
Músicas de sua autoria foram gravadas por Saulo Laranjeira, Rubinho do
Vale, Jackson Antunes, Carlos Farias, Banda Falamansa, Estakazero, Flor
Serena e Trio Jerimum, com participação de Dominguinhos. Em festivais,
conquistou importantes prêmios de Música Popular Brasileira (Avaré/SP,
Maceió/AL, Salvador/BA, cidades de Minas Gerais e Tocantins), vencendo
duas edições do Festivale. (http://domtotal.com)
*Há também já postado no blog uma coletânea elaborada pelo canto sagrado.
Belíssimo disco recomendo !!
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Download (Disco ripado em 320kbps) CANTO SAGRADO
Desenhos da natureza O município conhecido como “paraíso do ecoturismo” está em uma
região privilegiada pela natureza: é rico em nascentes, oferece muitas
cachoeiras, é banhado pelo rio Grande e guarda em seus domínios vastas
extensões do Parque Nacional da Serra da Canastra, além, é claro, de
valioso acervo da biodiversidade do cerrado.
Reportagem Cacaio Six Fotos Eduardo Gontijo
Do alto dos chapadões a vista alcança
longe, pois para muito além dos planaltos parece não ter fim a paisagem
que se alonga em várias tonalidades de verde até os limites do céu azul.
Talvez porque seja outono e a passagem de uma chuva rápida, mas forte —
incomum para esta época do ano — refrescou o tempo ao lavar o clima;
tudo ao redor, muitos quilômetros quadrados em volta, está límpido — o
ar, a água, a vegetação do cerrado de instigante e ao mesmo tempo
misteriosa beleza.
Esta região, chamada de Nascente das
Gerais, nome de um circuito turístico, é privilegiada por ter a dádiva
de ser banhada pelo rio Grande e ainda por fazer brotar dos mais
profundos lençóis d’água o grandioso — porém sofrido e maltratado, mas
ainda redentor — rio São Francisco, o “Velho Chico”.
Nascente das Gerais é, não há dúvida, um
bom nome para identificar essas terras que abrigam muitas belezas e uma
série de paradisíacos recantos entre as serras da Canastra e da
Babilônia.
“Paraíso do ecoturismo”
Em uma área de 1.171 km² desta parcela sudoeste de Minas entre a represa de Peixotos, no rio Grande, e a Serra da Canastra, a 411 km
de Belo Horizonte, estão os domínios do município de Delfinópolis, não
por acaso conhecido como o “paraíso do ecoturismo”. Os vários atrativos
desta pequena cidade — pouco mais de 8 000 habitantes — que no ano de
1919 ganhou o nome em homenagem ao então governador (na época presidente
de Minas) Delfim Moreira, justificam a alcunha.
Numa magnífica paisagem típica do
cerrado, esculpida por serras — como a Preta, a Branca, do Cemitério, do
Caminho do Céu, da Gurita, a Grande, a de Santa Maria e da Babilônia —
chapadões e vales brotam uma fartura de nascentes, piscinais naturais,
fontes termais e nada mais nada menos do que cerca de 150 cachoeiras dos
mais variados formatos, Alturas e tamanhos, porém com uma
característica em comum: as águas são invariavelmente límpidas e
transparentes. É bom lembrar que o Parque Nacional da Serra da Canastra
tem uma grande área dentro dos limites de Delfinópolis — o que configura
mais um importante atrativo turístico.
Trilhas a desbravar
Um dos acessos à cidade não deixa de ser
outra atração: é preciso atravessar o rio Grande por meio de uma balsa,
que funciona 24 horas, numa curtíssima viagem de quinze minutos. A
outra forma de acesso é via o caminho conhecido como Estrada Ecológica.
Uma vez dentro do município de vocação
ecoturística, são várias as opções de passeio em meio à natureza que
desenhou fascinantes paisagens.
Pra começar a aventura, primeira opção
pode ser desbravar as trilhas que se oferecem em diferentes graus de
dificuldade, todas dentro de fazendas — a maioria das propriedades
garante algum suporte para o visitante e também cobram pequenas taxas
pelo acesso — com nomes como Roladouros, Galheiros, Condomínio de
Pedras, Caminho do Céu, Chora Mulher, Pico Dois Irmãos, Monjolinho,
Chapadãozinho e Casinha Branca. Esta última é a mais conhecida por ser
de dificuldade média e ter 10 km
de extensão. Ao longo da caminhada no alto da Serra Preta, além do
lindo visual da Represa de Peixotos ao fundo, o turista vai poder se
esbaldar com as cachoeiras do lugar chamado de Complexo do Paraíso. São
deliciosas quedas d’água — como as cachoeiras do Triângulo, Borboleta,
Vai Quem Pode , Coqueirinho, Lambari e Paríso —, que formam generosos
poços para banhos.
Uma trilha mais desafiante, porém
repleta de indescritíveis cenários por cruzar uma região de rara beleza e
rica em biodiversidade, é a travessia à pé para a Casca d’Anta, a
deslumbrante cachoeira da nascente do São Francisco, cuja beleza
dispensa maiores comentários. São três dias de caminhada, um desafio que
vale muito a pena para quem ama a natureza.
Complexos de cachoeiras
Poucas cidades de Minas Gerais podem
oferecer tantas opções de cachoeiras tão agradáveis quanto Delfinópolis.
É impressionante a variedade assim como a transparência, limpeza e
frescor das águas. Elas estão em meio a vales, no meio das matas, entre
serras, nas chapadas e despencam de paredões. São tantas quedas d’água
que esses irresistíveis atrativos foram nomeados como complexos.
Mais próximo da cidade, a 1,5 km,
fica o complexo do Serro Alegre. São vários poços para banhos, além da
linda cachoeira. No complexo do Claro, a seis quilômetros, destacam-se
as cachoeiras da Paz, do Tom, da Cidade de Pedra e da Gruta. O lugar,
que cobra uma taxa dos visitantes, oferece estacionamento, pousada, área
para camping e lanchonete. As mesmas descrições valem para o complexo
do Paraíso, a 7, 5 km
de distância. Lá, o turista tem ao seu dispor uma pousada, uma
lanchonete e trilhas para ótimas caminhadas. Também é cobrada uma taxa
de visitação. Mais distante, a 32 km,
fica o complexo do Luquinha, um ótimo passeio para quem gosta de
dirigir pelas trilhas de terra que, aliás, são bem sinalizadas. Um
pousada no local atende quem desejar ficar um pouco mais para aproveitar
o sossego e as cachoeiras. Outro complexo interessante, este a 22 km,
é o de Maria Concebida ou Água Quente — por causa de um poço de águas
mornas. Chega-se de carro até dois quilômetros de distância (existe uma
área de estacionamento, outra para camping e banheiros) que precisam ser
percorridos à pé em uma trilha bem sinalizada.
Com boa infraestrutura para receber os
visitantes como pousada, restaurante, sanitários, as cachoeiras do Vale
do Céu, privilegiadas pela natureza, estão a 70 km
de distância. No lugar, que cobra taxa de visitação por pessoa, o
turista ainda tem ao seu dispor um auditório, um espaço para exposições e
ainda pode assistir produções de video com temas ligados ao meio
ambiente.
Outras cachoeiras que merecem todo destaque é a cachoeira do Ouro, a 33 km; de Santo Antônio, a 7,5 km; e do Zé Carlinho, a 26 km.
A primeira é considerada uma das mais bonitas de Delfinópolis pelo
volume d’água, por estar em meio à mata fechada e pela altura da queda.
Conta com estacionamento, lanchonete e é cobrada taxa de visitação.
A segunda possui um grande volume de
água que cai com muita força na represa. Não é propícia a banhos, mas o
visual é impactante. Já a terceira atrai pelo delicioso poço para
banhos. Uma casa serve refeições, e é possível conhecer o seu alambique
de cachaça artesanal, além de degustar a bebida. Um estacionamento
completa a estrutura de atendimento; paga-se a taxa de visitação.
Acervo de atrativos
Outro lugar que precisa ser conhecido é o
condomínio de Pedras no alto da Serra Preta: descrito como um dos
lugares mais belos da região, pois formações rochosas no meio do cerrado
foram esculpidas pelo vento durante milhões de anos. O cenário é de
puro encantamento. Para fechar o acervo de atrativos desta surpeendente
Delfinópolis, cidade “paraíso do ecoturismo”, vale a pena se aventurar
para conhecer as corredeiras do Rio Santo Antônio, localizadas no sopé
da Serra do Cemitério. Para quem gosta de praticar esportes de aventura
como rafting, boia-cross e canoagem, dentre outros, as condições são
muito boas.
É preciso, porém, muita atenção com a chuva. Se começar a chover, é fundamental se afastar das margens por motivo de segurança.
Além da encantadora flora do cerrado, a
região de Delfinóplis, sobretudo nos limites protegidos do Parque
Nacional da Serra da Canastra, oferece aos olhos do turista a
possibilidade de visualizar raros animais como o tamanduá-bandeira, o
lobo-guará, o veado-campeiro, o tatu-canastra, a jaguatirica e ainda
capivaras, lontras e macacos-prego. Das aves, é possível avistar — e se
deslumbrar — com a ema, o urubu-rei, a curicaca, os gaviões carcará e
carrapateiro, os tucanos e o raríssimo pato mergulhão.
É por estas tantas riquezas, resumidas
neste acervo natural de inestimável valor, que o município de
Delfinópolis pode se consagrar definitivamanente como um destino
turístico de alto valor agregado em todas as vertentes do ecoturismo.
- 2 kg de mandioca cozida
- 1,5 kg de peito de frango cozido, temperado e desfiado
- 2 latas de creme de leite
- 3 latas de milho verde
- 300 g de presunto em fatias
- 300 gde muçarela em fatias
- 1 vidro pequeno de azeitona
- 1 cebola picada
- 1 pimentão picado
- Cheiro-verde a gosto
- 2 colheres (sopa) de óleo
- Tempero a gosto
Como fazer Escondidinho de mandioca com frango:
Refogar,
no óleo, o tempero, a cebola, o pimentão, o cheiro-verde e as
azeitonas, que devem ser cortadas em pedaços bem pequenos. Retirar do
fogo e misturar com o frango desfiado e o milho verde. Reservar. Amassar
bem a mandioca e misturar o creme de leite, de modo a ficar bem
homogêneo.
Em uma travessa, fazer uma camada com metade da massa
de mandioca, seguida do molho com frango, o restante da mandioca e, por
fim, o presunto e a muçarela. Levar ao forno por menos de 10 minutos,
tempo suficiente para derreter o queijo.
Para quem quer se deliciar com uma nova versão do
clássico, Jaquelina Xavier Araújo, moradora da comunidade rural do
Jatobá, dá a dica. A aparência de sua receita é a mesma das
tradicionais, mas, ao ser levada à boca, a iguaria intriga o paladar.
Aos
ingredientes, a jovem mistura milho verde em conserva, o que confere,
lá no fundo, um gostinho que faz toda a diferença. Se você salivou só de
imaginar, o que não faltam são bons argumentos para correr logo para a
cozinha e preparar essa maravilha. (sabores de minas)
Receita fornecida por
Aparecida de Jesus Gomes Benfica,
de Joaquim Felício:
(38) 99908-1312
A cantora e violonista
Mônica Teresa Borges cresceu praticamente dentro do Clube da Esquina.
Nada mais natural para quem tem como tio ninguém menos do que Lô Borges,
sócio-fundador do Clube ao lado de Milton Nascimento.
Mas Mônica desde cedo
também extrapolou os limites das esquinas de sua Minas Gerais. Fez
intercâmbio na Áustria, morou na Suíça e, nos últimos anos, estava
radicada na Inglaterra, onde conheceu o guitarrista, tecladista e cantor
Gil Patrick Gilchrist.
E, da convivência com
Gil, nasceram o amor, um filho (vindo ao mundo em janeiro de 2009) e uma
dupla, 3Mountains, na qual ambos expressam sua paixão pela música.
A música do mundo. Sem
fronteiras. Mas com o requinte harmônico que caracteriza os sons do
célebre Clube mineiro. Sofisticação pop percebida logo em Living in the
Light, a primeira das doze músicas do álbum de estreia do duo, Waiting
for a Sign, lançado pelo selo mineiro Ultra Music, com distribuição
nacional da Tratore.
Vc encontra também no site loja musica a musica que vem de minas.
texto http://lojamusicaquevemdeminas.blogspot.com
Se vc gostou adquiri o original valorize a obra do artista.
por
Eduardo Tristão Girão (www.uai.com.br)
Mais um grande artista que viu em Minas Gerais seu porto seguro.
“Belo Horizonte era polo cultural do Brasil há 35 anos. Beto Guedes,
Clube da Esquina Marco Antônio Guimarães estavam em alta. E havia também
a dança contemporânea, o jazz, a capoeira. Ainda no Senegal, me falavam
de Belo Horizonte e que eu deveria vir para cá, pois era central, entre
Rio de Janeiro e São Paulo”, lembra o percussionista e compositor
senegalês Mamour Ba. Há 35 anos, ele deixou Dacar rumo à capital
mineira, onde se tornou referência em cultura africana, ajudando a
difundi-la em shows, espetáculos de dança e oficinas.
Formado
pela Escola de Arte de Dacar, Mamour atuou no balé e na orquestra
nacionais de seu país, quando teve a oportunidade de viajar por quase 20
países. Morou durante nove anos na França, período em que estudou
composição na Universidade de Versailles e atuou como músico. Tocou com
ícones do continente africano, como o cantor nigeriano Fela Kuti e o
saxofonista camaronês Manu Dibango. Como bolsista da Unesco, havia
decidido ir para o México, mas seus amigos da embaixada brasileira em
Dacar o fizeram mudar de ideia. Assim, BH entrou na sua rota.
Seu
disco de estreia (lançado em 2013 ) é resultado de toda essa caminhada, incluindo a parte
mineira, que começa no curso de composição da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG). Entre seus colegas estavam os violonistas Fernando
Araújo e Gilvan de Oliveira e nessa época teve a oportunidade de
conhecer mestres como Hans-Joachim Koellreutter e César Guerra-Peixe. A
língua não foi um obstáculo tão grande, lembra ele.
“Temos laços bem interessantes com o Brasil. O clima, a comida, as
pessoas, a fonética. Foi fácil me adaptar e o fato de saber falar
francês ajudou.”
Com oito faixas autorais, 'O poder do ritmo' foi gravado em 2013, em Belo Horizonte. Mamour tocou praticamente todos os
instrumentos, o que inclui boa variedade de percussões trazidas do
Senegal, como balafon (espécie de marimba de madeira), djembe e sabar,
este último um dos mais característicos do seu país. “Quando se toca o
sabar por lá, todo mundo para e presta atenção. Está presente nos
batizados e em manifestações diversas do país”, exemplifica. Ele só
deixou a bateria a cargo do filho Cheikh Ba – sua filha
Djeinaba Kane Ba, ainda está aprendendo piano.
Além de
introduzir novos sons de percussão africana no país, o artista quer que o
álbum ajude a mudar a concepção dos brasileiros sobre o ritmo. “As
pessoas entendem o ritmo como acompanhamento, com um cantor à frente. No
meu disco não é assim, há um diálogo com a percussão”, explica.
Instrumental, o disco é baseado principalmente em ritmos senegaleses,
com melodias de inspiração africana e, como define o percussionista,
“harmonias universais”. Pitadas de pop, música eletrônica e improvisação
(jazz) são as “pistas” que ele deixa para as futuras conexões que
deseja desenvolver.
“Se as bandas de rock descobrissem o sabar,
ele explodiria pelo mundo. Ele fala como a guitarra”, diz Mamour. Ele
diz ter visto percussionistas de cantoras baianas como Ivete Sangalo e
Daniela Mercury usando sabar, mas, na opinião dele, os colegas “ainda
não sabem encaixá-lo na música”. Há exemplos do potencial da percussão
africana por todo o disco e um dos mais interessantes é expresso por
meio dos bongas, conjunto de seis tambores que não substitui, mas assume
de forma discreta (e curiosa) o papel do baixo. 'Mansana-Cissé',
'Thiossen' e 'Elegance' são bons exemplos disso.
A propósito,
esta última faixa tem como base ritmo conhecido na África como gumbé e
chama a atenção pela similaridade com a batida brasileira do maculelê . Mamour diz que fez isso de
propósito: “Para aproximar e mostrar que muito do que se toca aqui é
tocado lá também. A forma é a mesma”. Um coral para BH
Mamour
Ba revela que vem estreitando laços com a Colômbia (onde também há
forte herança africana) nos últimos quatro anos. Esteve lá pela primeira
vez para participar de uma conferência e voltou maravilhado com a
música que ouviu, principalmente na comunidade de Palenque de San
Basilio, no Norte do país, habitada por descendentes de escravos
africanos levados para lá pelos colonizadores espanhóis. O
percussionista tem ido todo ano para lá, onde desenvolve trabalho com um
grupo vocal.
Fazer
o mesmo aqui é um sonho, confessa: “Montaria um coral de 200 vozes para
fazer Belo Horizonte cantar. Seria todo fim de ano, numa praça, para
manter nossos laços culturais”. Por enquanto, o mais próximo disso é o
projeto de seu próximo disco, ainda sem nome, mas já conceitualmente
definido: repertório exclusivamente de canções de Milton Nascimento
interpretadas por 30 vozes, todas gravadas por Mamour. “Por que Milton
não foi ainda gravar com os africanos?”, pergunta o músico senegalês.
“Haverá
base de percussão, com as vozes ao centro”, adianta. Já selecionou
músicas como 'Maria Maria', 'Fé cega, 'faca amolada', 'Travessia',
'Coração de estudante' e 'Francisco'. Convidados estão previstos, mas
Mamour prefere manter segredo. O artista planeja entrar em estúdio para
registrar as músicas ainda este ano.
PELO MUNDO
Mamour
Ba tem feito, frequentemente, apresentações no exterior. Para o ano que
vem, já estão marcados shows nos Estados Unidos, Austrália e países da
Europa. Além disso, ele visita anualmente o Senegal, onde mora parte de
sua família.
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