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domingo, 5 de julho de 2015

VICTOR BATISTA - MANCHETE DO TICO TICO - (exclusividade CSDT)

Segundo disco solo do artista que há cinco anos trocou  a sua terra natal Belo Horizonte pela histórica Pirenópolis, em Goiás.

Na expressão desses valores muitos artistas acabam por abarcar de corpo e alma neste contexto e, munidos da sensibilidade que se é exigida, conseguem através de uma perspicácia ímpar traduzir tudo isso em letras, poesias e canções. Alguns nomes destacam-se neste contexto e acabam por tornar-se referência como é o caso deste artista nascido em Belo Horizonte que deu início a sua carreira em 1991 com os grupos Pára folclóricos Congá e Sarandeiros, ambos da UFMG e com o grupo musical Minadouro. Cantor, compositor, violeiro, pesquisador da cultura popular e contador de estórias, Victor Batista traz em sua bagagem diversas experiências para contar ao longo das mais de duas décadas dedicadas à música. Apesar do Curso técnica Vocal – Canto Lírico pela UEMG foi na viola que realizou-se e hoje traz no currículo, dentre outras vivências, a participação em diversos projetos, dentre os quais a participação na Orquestra Mineira de Viola e a produção e participação em vários projetos culturais pelo Brasil e exterior com os Grupos Quinteto Popular e Camerata Caipira.
Atualmente radicado em Pirenópolis (GO) e com três álbuns lançados (o primeiro intitulado “Além da Serra do Curral” e lançado em 2004), Batista exerce inúmeras atividades voltadas para a música, dentre as quais um excelente trabalho como arte educador para crianças como iniciador à flauta doce; além de lecionar a viola caipira e o violão para jovens e adultos e vem procurando ao longo de sua carreira não deter-se a estigmas e rótulos, procurando compreender a essência da música brasileira de um modo bastante contemporâneo a partir dos mais variados temas, dentre eles as questões ecológicas. Pelo Brasil já este presente em diversos eventos levando em seu canto e na execução do seu instrumento um pouco das profundas raízes culturais do nosso país. Soma-se ao seu portfólio destacam-se o Encontro de Violeiros – Ribeirão Preto, Outono na Serra – Serra do Cipó, Virada Cultural de São Paulo , Projeto FUNARTE Interações Estéticas – “O Tao do Quintal” Uma Opereta Caipira Contemporânea – Pirenópolis -GO; 36° Festival de inverno de Itabira – MG, XIII Canto da Primavera 2012 – Pirenópolis – GO, Premio Rozini de Excelência em viola Caipira – BH; Flipiri 2011 – Pirenópolis – GO, Fórum Social Temático 2012 – Porto Alegre – RS. Ainda consta no currículo do artista mineiro a direção e participação nos CD’s: “Concerto Caipira” da Orquestra Mineira de Violas-2005; CD do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, intitulado “Cantares da Educação do Campo”- 2007 entre outras participações. Dentre os títulos de sua discografia ainda enumera-se dois projetos fonográficos: um lançado em 2012 junto à cartilha sobre Educação Ambiental da WWF cujo título “En’cantando com a Biodiversidade” e o mais recente, lançado em 2013, batizado de “Manchete do tico-tico”.
“Manchete do tico-tico” conta participações de vários artistas da cidade na qual o artista encontra-se radicado como o violonista Jerônimo forzani, o baterista Ricardo de Pina e o percussionista Sandro Alves. O projeto ainda conta com Mikaell, João e Miriam Colombini; Yasmim Queiroz, Rafael Augusto Nascimento Martins, Rudah Ribeiro, Simone Silva, Elaine Nascimento Rodrigues, Leif Illuvatar e das alunas do Centro de Artes e Música Ita e Alaor, preparadas pela professora de canto Mariangela Alves da Silva ao longo dos treze temas presentes no álbum. Essas canções apresentam temas diversos tendo sempre a viola como primeiro plano como é o caso das instrumentais “Natureza do Cerrado” (de autoria do próprio Victor), o medley “Mulher Rendeira” (domínio público) e “Asa Branca” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e”Liberdade erudita: Beethoven e Vivaldi”.
As dez faixas restantes abordam as raízes culturais mineiras como os pontos de capitão da guarda municipal do município mineiro de São Benedito; a fauna brasileira a partir de faixas como “Sementes” (em parceira com Marta Narciso) e a parceria com de Batista com João Bá que dá título ao disco procurando enaltecer um dos pássaros mais conhecidos e estimados do Brasil. Rincões como a Serra dos Pireneus não deixa de ser lembrado em faixa de mesmo nome, além dos costumes e paisagens interioranas que no disco são representados pelos versos e melodia do cantor e compositor tocantinense Juraildes da Cruz na faixa “Vida no Campo”. Os fenômenos da natureza são lembrados em “Alvorada a aurora” (parceria com Pipo Neves) e “Céu mais lindo”. O disco ainda conta com uma composição de Luiz Perequê (“Orelha de pau”), uma faixa em espanhol “Solo el amor”, parceria do artista mineiro com Luis Enrique Mejia Godoy e “A peleja de Aninha contra o Reino da tirania”, parceria com o poeta cearense João Bosco Bonfim.
“Aqui predomina o violão mas tem violeiros também”, diz a respeito da vida musical da pequena cidade, onde também mora o violeiro goiano Marcos Biancardini, apontado pela crítica como um dos discípulos do mestre mineiro do instrumento, Renato Andrade (1932-2005). Como gosta de lembrar o violeiro mineiro, a cultura popular não tem fronteiras. “Ela vai ligando um elemento ao outro, como a natureza”, conclui o inspirado Victor Batista.



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CANTO SAGRADO

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