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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

ORQUESTRA OURO PRETO - QUEM PERGUNTOU POR MIM / FERNANDO BRANT - MILTON NASCIMENTO

 Buscando reviver a histórica vocação musical da cidade de Ouro Preto (Minas Gerais), Rufo Herrera e Ronaldo Toffolo, associados a um grupo de instrumentistas que integravam o grupo Trilos e o Quarteto Ouro Preto, criaram, no ano de 2000, a Orquestra Experimental da UFOP, hoje Orquestra Ouro Preto. É formada por cerca de 20 músicos, aos quais se associam músicos convidados, em função do repertório a ser executado. Tem como Diretor Artístico e Regente Titular o Maestro Rodrigo Toffolo.


Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo.
Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto tem atuação marcada pelo experimentalismo e ineditismo, sob os signos da excelência e da versatilidade. Em sua trajetória, destaca-se a presença em todo o território nacional e nas principais capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, João Pessoa, Salvador e Natal. No exterior, sua qualidade foi comprovada em turnês de sucesso, com presença de grande público em apresentações na Inglaterra, Portugal, Espanha, Argentina e Bolívia.
Possui oito trabalhos registrados em CD e DVD: Latinidade (2007), Oito Estações – Vivaldi e Piazzolla (2013), Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2014), Antonio Vivaldi – Concerto para Cordas (2015), Orquestra Ouro Preto – The Beatles (2015), Latinidade: Música para as Américas (2016), Música para Cinema (2017) e O Pequeno Príncipe (2018). Em sua discografia destaca-se o Prêmio da Música Brasileira 2015, na categoria Melhor Álbum de MPB, a indicação ao Grammy Latino 2007, como Melhor Disco Instrumental por Latinidade, e a distribuição mundial dos discos Latinidade – Música para as Américas e Antônio Vivaldi – Concerto para Cordas pela gravadora Naxos, a mais importante do mundo dedicada à música de concerto.

Com regência e direção musical do maestro Rodrigo Toffolo, produção executiva e direção de cena de Paulo Rogério Lage, da Palco Marketing Cultural, o espetáculo une a musicalidade da Orquestra Ouro Preto à palavra de um dos maiores poetas e compositores mineiros: Fernando Brant.
Quem Perguntou Por Mim revive grandes clássicos da produção poética de Brant, obras imortalizadas pelas vozes de Milton Nascimento, Elis Regina e de seus parceiros do Clube da Esquina, promovendo um mergulho na alma de Minas Gerais.
O nome do espetáculo “Quem perguntou por mim” é uma alusão à canção homônima, escrita por Brant, que numa madrugada, por telefone, consolava um amigo em Paris das tristezas de uma separação.
Com arranjos especialmente compostos para orquestra de cordas e banda, por Mateus Freire, canções como Travessia, Milagre dos Peixes, Encontros e Despedidas, Canção da América e Maria Maria, entre outras integram o repertório do CD/DVD.
“Depois de Valencianas, The Beatles e a parceria com Edu Lobo, pensávamos em realizar um novo projeto que homenageasse Minas Gerais, que captasse o sentimento de mineiridade na figura de um grande artista. Fernando Brant é esse grande artista, que poetizou Minas de forma transcendental como um compositor de sinfonias. É a força da poesia musicada de Brant que estamos levando no espetáculo”, reflete Rodrigo Toffolo.
Histórico
Quem Perguntou Por Mim começou a ser concebido com Fernando Brant ainda em vida, é o que explica Paulo Rogério Lage, da Palco, produtora do espetáculo. “Em 2014, assentados lado a lado com Tavinho Moura na cerimônia de outorga, pela UEMG, a Milton Nascimento, do título “Doutor Honoris Causa”, ouvíamos vários discursos, enaltecendo, com justiça a unanimidade nacional que é Milton, sua obra e sua voz. E, como doutores não cantam, mas falam, eram os poemas de Brant que se ouviam sem parar. Rindo, perguntei a Brant: a homenagem é ao Milton ou a você”?
A partir desse encontro, Paulo Rogério propôs ao maestro Rodrigo Toffolo e a Fernando Brant um espetáculo nos moldes de Valencianas – Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto – agora com músicas cujos poemas fossem de Brant. Aceito o desafio, o espetáculo foi ganhando forma, mas prematuramente interrompido pela morte do compositor. Agora, três anos após sua partida “Quem Perguntou Por Mim” tem sua estreia, não como uma homenagem ao poeta e amigo, Fernando Brant, mas como a materialização de um de seus últimos desejos em vida.

ACESSE
*http://www.orquestraouropreto.com.br

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CANTO SAGRADO


terça-feira, 17 de setembro de 2019

EMILIO VICTTOR - ARANÃ

Mineiro de Perdões, sul do Estado, com 30 anos de carreira, morando há 25 anos em Belo Horizonte, o cantor e compositor Emílio Victtor, viajou pelo interior do Brasil e pelo Chile onde, em 2000 teve a experiência de realizar sua primeira turnê internacional e cantar em 10 cidades.

Como letrista, Emílio tem parcerias com Maurício Tizumba, Carlos Walter, Cleverson Natali, Heitor Branquinho, Sérgio Moreira, Marcelo Taynara, Tino Gomes, Chico Lobo, Nelsinho Bernardes e tantos outros da cena musical mineira. Com três CDs na discografia, lançou no início de 2017 o clipe da música Nó da saudade (Emílio Victtor/Raísa Campos/Gilmar Iria), em parceria com o grupo Oxente Uai.

O belíssimo  álbum “Aranã” é a denominação de uma etnia indígena do norte de Minas. Uma homenagem que virou música e dá nome ao disco.

Disponível nas principais plataformas digitais.
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CANTO SAGRADO

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

CONSUELO DE PAULA - MARYÁKORÉ

Meus caros.
É com grande satisfação que venho apresentar o novo e belíssimo trabalho de Consuelo de Paula.
De opinião pessoal eu considero a "Diva" da musica brasileira, a mais completa cantora desse Brasil.
Amo tudo que Consuelo cria, recria, molda, com sua lindíssima voz o seu canto nos transporta a lugares longínquos .
Consuelo canta e encanta.

Acesse:
https://www.facebook.com/maryakoreconsuelodepaula/
http://www.consuelodepaula.com.br
Esta disponível em todas plataformas digitais.
Distribuição Tratore.com.br

O disco
A cantora e compositora Consuelo de Paula lança o sétimo disco da carreira, Maryákoré: uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano).
Além de assinar letras e músicas - tendo apenas duas parcerias, uma com Déa Trancoso e outra com Rafael Altério -, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos, por todos os violões e por algumas percussões de Maryákoré (caixa do divino, cincerro, unhas de lhama, entre outros). A harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada é nítida nesse CD. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, notamos a artista imersa em sua história: ela traz a vida e a arte integrada às canções.
Segundo Consuelo, desde o nome, o trabalho “traduz uma arte guerreira e amorosa, que se alimenta da força dos ventos, das brisas e das tempestades; nasceu entre o dia e a noite, entre a cidade e as matas, entre raios e trovões”. Essas energias, movimentos e gestos de amor e de luta, estão condensados nas músicas, nos arranjos e na voz da cantora e compositora, de modo a reafirmar a fisionomia vigorosa de uma artista inquieta, de expressividade singular e força criativa que se renova a cada trabalho. 
O violão é seu instrumento de composição que, nesse trabalho, revela-se também, de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou juntos o violão e a voz, ao vivo, no estúdio Dançapé do músico Mário Gil, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido em cada uma das dez faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela; em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia; e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico. Tudo ao mesmo tempo.
Além do violão, um piano e vários instrumentos percussivos compõem a sonoridade de Maryákoré. Consuelo conta com o percussionista Carlinhos Ferreira para produzir paisagens e novos sons com instrumentos criados por ele, como goopchandra com arco, flautas de tubos, rabeca de lata, tambor de mar, gungas de sementes e outros. O piano de Guilherme Ribeiro enriquece esse cenário ao fazer destacar na obra, utilizando suavidade e desenhos sonoros, os contrastes imaginados por Consuelo.
O CD é apresentado em dois movimentos. Da mesma maneira que assistimos a um bom filme, acompanhar o roteiro de Maryákoré é uma experiência surpreendente. “São gestos, ventos que impulsionam ciclos, são lutas internas e externas que foram trazendo o disco e apontando o rumo das canções”, revela Consuelo. Maryákoré é uma guerreira em meio às batalhas cotidianas pela vida e pela arte, é uma obra-síntese da dedicação da artista, de sua fina sensibilidade musical, poética e social. É a voz de Consuelo de Paula frente aos desafios dos nossos tempos.
O primeiro movimento começa com “Ventoyá” (poesia de Déa Trancoso, que Consuelo musicou logo na primeira leitura). Consuelo abre o disco batucando no violão, trazendo um clima de ventos e tempestades que anunciam uma nova estação. Na sequência ouvimos o piano, o violão e a percussão que revelam a nova textura sonora, feita para a canção “Andamento”. Consuelo a compôs quando viu um instrumento feito por índios brasileiros (pau de chuva) e se lembrou de um verso do terno dos marinheiros de sua cidade natal (Pratápolis, MG): “eu vou, eu vou remando contra a maré”. Aqui ela cita também um verso do poeta Paulo Nunes (“o uivo perdido no meio da floresta, passados mil anos, virou esse canto”) e acrescenta: “um grito que a noite me empresta / um fado cigano / um índio, um banto / na voz que me resta / que por uma fresta / vazou nesse canto”. É clara a poesia contrastante da artista que traduz a comoção pelo belo. E o trio de aberturas se faz com a próxima canção: “Chamamento”- em um clima de capoeira que Consuelo realiza com o seu toque de violão-berimbau. A cantora criou um arranjo crescente, um a um os instrumentos entram - flauta de tubos, violão, piano, rabeca de lata (criada por Carlinhos Ferreira), caxixis, unhas de lhama (instrumento indígena e andino), triângulo, pandeiro e caixa do divino. É um grito de guerra, uma convocação: “vai chamar meu povo / o pajé, o capoeira / as senhoras, as meninas / ... / vai chamar o sol mais quente / a lua cheia, a ventania, o trovão fora de hora / o raio e a nossa alegria / ... /”.

Com seu violão harmônico e percussivo, Consuelo traz na quarta faixa a canção homônima ao CD, Maryákoré: “Sou a fumaça que sobe na mata na hora mais quente / a fogueira no quintal da minha gente / sou maryákoré, katxerê, marielle da maré / sou a lua, a luta e os nossos olhos brilhando horizontes”. E no final Consuelo cria um outro ambiente no qual cita Tom Jobim (“deixe o índio vivo”) e um ponto de candomblé. A canção “Separação” encerra o primeiro movimento. É a música da ausência, do silêncio. O violão em pizzicato é perfeito para o sentimento que a canção nos causa. “Esse é um poema meu, que redescobri durante o processo do disco, e musiquei”, conta Consuelo.
Abrindo o segundo movimento de Maryákoré, “Caminho de Volta” traz Consuelo cantando à capela, anunciando um recomeço com um canto limpo e forte: “avistei grande búfalo do oriente / travessei o mar / ... / morte não vai me matar / longe do meu lugar”. É um moçambique, ritmo afro-mineiro (compasso em seis por oito) de forte presença nas origens da música de Consuelo de Paula. O álbum segue com “Arvoredo” que traz o clima das paisagens mineiras: “minha casa é madeira, tronco, galho e raiz / minha casa é cordilheira / fiz pra gente ser feliz / ... /”. E aqui ela constrói ‘nossa casa’ ao lado de várias tribos (kariris, puris, guaranis, kiriris). Essa é mais uma composição na qual mostra sua forma particular de respirar, cantar e tocar ritmos, que quando ouvimos já sabemos que se trata de Consuelo de Paula. “Os Movimentos do Amor” é um samba de Consuelo tocado com caixa de congo e berimbau. Traz uma harmonia rica que passa pela sonoridade mineira mais urbana. Na abertura, um poema dela entre notas suaves de piano e berimbau: “o amor é o som do seu nome / o rastro que fica quando você some / a alga verde que o mar come entre brancas ondas / pra depois matar a fome do peixe e do homem”.
A nona faixa, “Remando Contra a Maré” (melodia de Rafael Altério, letrada por Consuelo), conversa com a segunda abertura do CD - “Andamento” - por meio do canto dos congadeiros: “eu vou, eu vou remando contra a maré” (aqui apresentado no final da canção). Impossível não se emocionar com essa bela toada. “Saudação” encerra o segundo movimento do CD e traz, ao mesmo tempo, a despedida e a abertura para um recomeço: “Vou saudar a gira do tempo / ogunhê meu pai / vou cantar despedida / ... /  e com o olhar cruzado no teu / abrirei caminho / noite afora, noite adentro / até que o sol retorne da casa de Lia / com o cheiro da terra que nossos olhos não alcançam / com aromas de um novo dia”. E, conversando com a terceira faixa de abertura do CD - “Chamamento” - Maryákoré termina com o contagiante violão percussivo de Consuelo de Paula, como uma energia que nos visita, como um ciclo que se fecha e se abre no tempo.
*texto extraído :http://verbenacomunicacao.blogspot.com  

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CANTO SAGRADO 

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

MAKELY KA E MAISA MOURA - DANAIDE

Danaide é o casamento poético, musical e pessoal do poeta e compositor Makely Ka e da cantora e antropóloga Maísa Moura. Os arranjos dispensam qualquer elemento supérfluo e enfeites musicais. Apenas as cordas costuram os retalhos poético-musicais que se combinam construindo um mosaico de referências que apontam para várias direções.

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CANTO SAGRADO