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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2015

Feliz Ano Novo a todos

 

O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos… Mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco!
Assim, neste novo ano que se inicia possamos caminhar mais e mais juntos… Em busca de um mundo melhor, cheio de paz, saúde, compreensão e muito amor.
O ano se finda e tão logo o outro se inicia… E neste ciclo do “ir” e “vir” o tempo passa… E como passa! Os anos se esvaem… E nem sempre estamos atentos ao que realmente importa.
Deixe a vida fluir e perceba entre tantas exigências do cotidiano o que é indispensável para você!
Ponha de lado o passado e até mesmo o presente! E crie uma nova vida… Um novo dia… Um novo ano que ora se inicia! Crie um novo quadro para você! Crie, parte por parte… Em sua mente… Até que tenha um quadro perfeito para o futuro… Que está logo além do presente. E assim dê início a uma nova jornada! Que o levará a uma nova vida, a um novo lar… E aos novos progressos na vida! Você logo verá esta realidade, e assim encontrará a maior felicidade… E recompensa…
Que o Ano Novo renova nossas esperanças, e que a estrela crística resplandeça em nossas vidas e o fulgor dos nossos corações unidos intensifique a manifestação de um Ano Novo repleto de vitórias! E que o resplendor dessa chama seja como a tocha que ilumina nossos caminhos para a construção de um futuro, repleto de alegrias! E assim tenhamos um mundo melhor!
A todos vocês  que temos o mesmo ideal, amigos (as) que já fazem parte da minha vida, desejo que as experiências próximas de um Ano Novo lhes sejam construtivas, saudáveis e harmoniosas.
Muita paz em seu contínuo despertar.
Um feliz Ano Novo!

WILSON DIAS - MUCUTA - 2011 - INSTRUMENTAL ( exclusividade canto sagrado)


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WILSON DIAS - PICUÁ - 2007 - (exclusividade canto sagrado)


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WILSON DIAS - Picuá - CANTO SAGRADO DA TERRA 2.rar

domingo, 28 de dezembro de 2014

VANE - SIMPLES ASSIM - (exclusividade canto sagrado)

Maravilhosa contribuição do nosso amigo Ivan Matos, na verdade eu não conhecia essa extraordinaria artista das terras de januaria norte de minas gerais, mas que atualmente mora em Olhos d água no estado de  Goiás e é funcionaria do Banco de Brasília..
Repertório  muito bem escolhido, me encantei com " Estampas Eucalol" com sua lindíssima voz virou obra de arte!
Rua ramalhete, dindinha, enfim recomendo!

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Vane - 2012 -Simples Assim- canto sagrado da terra 2.rar

sábado, 27 de dezembro de 2014

BILORA - TEMPO DAS AGUAS -2001 - (exclusividade canto sagrado)

“Tempo das Águas” traz, além da música-título premiada no Festival da Globo e com gravação ao vivo, mais outras onze músicas que vão do forró ao calango, canções e batuques.

Gravado, mixado e masterizado no Estúdio Nas Montanhas, BH, em janeiro e fevereiro, tempo das águas de 2001.

Teve a direção de Ângelo Rafael e participação dos músicos: Emilia Chamone (percussão) André Lodi (violino), Anderson Oliveira (violoncelo), Cícero Gonzaga (acordeom), Luizinho Horta (Baixo), Zeca Magrão (percussão), Adriana Moreira (vocais), Leci Giovane (flauta).

Participaç6es Especiais: Tambolelê (Tempo das Águas), Mauricio Tizumba (Larauê) e Pereira da Viola (Soneto ao Luar).

"O que mais me fascina em Bilora, entre tantas outras virtudes, é a forma singela e sincera com que ele encara a vida e concebe a sua poética musical. É por isso que estamos formando o mutirão da alegria, para receber esse irmão-violeiro, para acalentar nossas almas com seu canto bonito.”

Pereira da Viola - cantor/compositor

“Bilora me encanta, principalmente, por esta sua característica maravilhosa de fuçar a cultura popular. Ele se deixa guiar pelo cheiro da riqueza musical de homens e mulheres deste indecifrável interior brasileiro, depois se impregna de ancestralidade e nos presenteia com sublimes registros de história, de música, de vida...”

Déa Trancoso - cantora/jornalista

“Viola e violeiro externam sons que passam pelas cantigas de roda, batuques, calangos, folias, reisados e catira. Música, poesia e violeiro estão prontos. Silêncio! É o menino-viola!”
 Beatriz Farias - cantora/compositora

“’A vida se toca mais é quando quem a embala tem o mesmo carisma dos violeiros afamados. Eles não são, no dizer de João Evangelista, nem mestres nem rivais um do outro. Cada qual tem seu cantar e seu encantamento próprios.’ E agora, o mais novo deles vem para confirmar tal verdade. Chama-se Bilora, outro talento do Vale do Mucuri, para ajudar Pereira da Viola a enaltecer mais ainda a arte de Zé Coco do Riachão, Tião Carreiro e tantos outros monstros sagrados da viola brasileira... Dele se pode dizer que toca, compõe e canta diferente, sem deixar de beber sensibilidades artísticas na fonte onde jorra a raiz do universo musical brasileiro”.

Gonzaga Medeiros - poeta/advogado

“Companheiro e discípulo de Pereira da Viola e Josino Medina, Bilora tem a mesma destreza e criatividade de Miluquinha Farias e Zé de Cesárea, velhos violeiros e cantadores de coco, todos nascidos nas barrancas do Mucuri e do Alcobaça, região mineira onde índios, negros e colonizadores plantaram uma cultura musical rica e fascinante. Ouçamos o menino-viola!”

Carlos Farias - cantor/compositor

Contatos:

Telefones: (031)3351-5027 / (31)9608-7597

e-mails: bilora@bol.com.br

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BILORA - Tempo das Águas - CANTO SAGRADO DATERRA 2.rar

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

BILORA - NAS ENTRELINHAS - 2006 (exclusividade canto sagrado)

O MENINO VIOLA



Bilora nasceu no Povoado do Córrego do Norte, a poucos quilômetros da Aldeia dos índios Maxakali, no município de Santa Helena de Minas, Vale do mucuri, Estado de Minas Gerais, Brasil.
Viveu na roça até os dezoito anos, como ele frisa: “Era roça mesmo, de candeeiro e rádio de pilha”. Foi um tempo difícil, trabalho na roça durante o dia, isso desde criança, e ouvir música, desde Tião Carreiro a Djavan, durante a noite. Outra grande paixão era o futebol. Morava bem próximo a um campo e à tardinha e nos finais de semana a pelada era sagrada.
Concluiu o ensino fundamental em Santa Helena andando todos os dias dezesseis quilômetros, ora a pé, ora de bicicleta. Casou-se com Lane (educadora) com quem tem três filhos (Djavan, Ícaro e lago) e passou a morar e lecionar em Santa Helena de Minas. Fez o Curso de Letras pela FENORD, em Teófilo Otoni, concluindo em 1992.
Em 1994, mudou-se para Ataléia. Ficou por dois anos lá trabalhando em duas escolas estaduais, ensinando Português e Literatura Brasileira.
Mudou-se para Teófilo Otoni, em 96, e passou a trabalhar na Casa do Adolescente - APJ - com Oficina de Música, também pelo estado. Lá ficou até o final de 2000, quando foi para Belo Horizonte (Contagem) onde reside atualmente.

O MÚSICO
Bilora aprendeu a tocar violão ainda na adolescência influenciado por um tio sanfoneiro (Armindo) e por um amigo (Dau).
No mesmo período participou de shows de calouros em Santa Helena, Machacalís, Águas Formosas e Umburatiba. Ganhou vários e acredita que essa experiência foi fundamental para despertar o seu talento como músico.
Descobriu o dom de compor e passou dos shows de calouros aos festivais da canção. Ganhou inúmeros prêmios, a principio em parceria com João Brasil e depois sozinho.
Nesse período conheceu Pereira da Viola e Josino Medina e junto com eles, a viola. Tomou gosto pelo instrumento e não largou mais.

PREMIAÇÕES

2º lugar, melhor arranjo e melhor intérprete no CANTA MINAS- 95, organizado pela Rede Globo Minas;
3º lugar no Festival da Música Brasileira, 2000, pela Rede Globo de Televisão;
1º lugar no FESTIVALE, em Itinga, 98;
1ºlugar em: Cândido Sales - BA (três vezes), Ipatinga - MG (duas vezes), Malacacheta , Campanário, Joaíma, Nanuque - MG, Santa Teresa - ES;

Outros prêmios de melhor instrumentista, melhor arranjo, melhor letra, segundo, terceiro lugar, nas cidades: Itambacuri (oito prêmios), Taiobeiras, Viçosa, São Bernardo do Campo - SP, Pavão, Mantena, Pinheiro e Montanha - ES, FESTBELÔ - BH, Ladainha, Teófilo Otoni, Americana - SP, etc.

No ano de 2001, foi premiado no FEMP, em São José do Rio Pardo - SP, com o 2º lugar e Melhor Letra; em Americana - SP, com o 2º lugar; em Ilha Solteira - SP, com o 2º lugar e Melhor Letra e no Circuito Paulista de Festivais, na capital, reunindo os premiados nos quatro melhores festivais do estado, em 3º lugar.

Total: cerca de setenta prêmios.
Bilora é um compositor que preza pelo valor poético de suas letras juntando-as ao universo da cultura popular.
No novo cd  (Nas Entrelinhas), junta doze canções de sua autoria e mais duas: uma de Marcílio Menezes (Frutear) e outra de Zé Alexandre e Paulo Delfino (Canto de Folia). Dentre as doze canções de sua autoria, três são em parceria: com João Bá (O Boto), com Marcoré Capitão (Rosinha e o Fumo de Corda), com Adriano Rosa (Minha Muié e Meu Cavalo). O cd tem as participações importantes de: Chico Lobo, Paulinho Pedra Azul, Róbson Araújo, Selmma Carvalho, Tavinho Limma, Zebeto Correa e Zé Alexandre.

Viola Também é gente. Como gente, também se toca, principalmente quando quem a embala tem o mesmo carisma dos violeiros afamados.
Um dos mais promissores violeiros do Brasil a confirmar tal verdade é Bilora, talento de Santa Helena de Minas (vale do Mucuri), que enobrece mais ainda este instrumento e  arte de  tocá-lo para deleite de um público cada vez mais devoto dos seus mil encantos. Como apresentador, eu vi Bilora ganhar muitos dos principais festivais de música do Brasil nos últimos anos. Digo isso, assino embaixo, reconheço a firma e registro em cartório. De Bilora se pode dizer que toca, canta e compõe diferente, bebendo sensibilidades artísticas na fonte primitiva da sagrada cultura popular brasileira. Viva Santa Helena de Minas! Viva São Bilora do Brasil! Bilora da Santa Viola de todos os toques, tocai por nós. Amém.

Gonzaga Medeiros - Poeta

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NaS Entrelinhas - BILORA - CANTO SAGRADO DA TERRA 2.rar

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

VIVA VIOLA - VIVA A CANTORIA (exclusividade canto sagrado)

 Estou recebendo uma grande contribuição de um acervo pessoal de um amigo do distrito federal, meu caro Ivan Matos que tem me enviado verdadeiras pérolas da musica mineira e do Brasil afora e que irei compartilhar aqui no blog e no blog nômades.
Meus sinceros agradecimento ao Ivan que tem se empenhado muito para que essas relíquias seja compartilhada.
O projeto VivaViola, que reúne seis dos mais importantes e talentosos cantores e compositores de Minas, os violeiros Bilora, Chico Lobo, Gustavo Guimarães, Joaci Ornelas, Pereira da Viola e Wilson Dias.
Este novo trabalho traz quinze músicas inéditas, compostas pelos próprios violeiros e em pareceria com o poeta e jornalista João Evangelista Rodrigues.  O sucesso alcançado pelo primeiro trabalho lançado em 2010 levou o grupo a apostar novamente na criação coletiva, nas letras bem elaboradas com melodias singelas e na sonoridade peculiar da viola para criação dos arranjos.
Este segundo CD, com texto de apresentação do jornalista e pesquisador Carlos Felipe Horta, foi gravado no período de Setembro de 2012 a Janeiro de 2013 e teve o patrocínio da “Vivo” através da Lei Estadual de Incentivo a Cultura de Minas Gerais. Tematicamente as composições abordam paisagens da cultura mineira, religiosidade, as festas populares e o sentimento humano. Estes temas são abordados com sensibilidade artística e com ares de renovação criativa. Musicalmente é composto de diversos ritmos brasileiros como: Toadas, modas, guarãneas, batuques e calangos, tratados de maneira singular, preservando as origens, mas, incorporando novos elementos da música contemporânea.
Sentimento este muito bem descrito pelo jornalista e escritor Carlos Felipe no texto de apresentação do cd: “Como  viola  atrai  viola,  num  visgo  que  ninguém  sabe  explicar,  eles  se  juntaram. Muitas  vezes.  Nas  conversas  de  amigos,  nos  saraus  de  poesias,  nos  palcos  da vida,  nos  fuzuês  de  chão  batido,  nas  saudações  dos  santos  e  nos  encantamentos guardados  dentro  da  alma,  só  aflorando  quando  o  coração  já  não  aguenta  mais.”
O espetáculo
Desde sua criação em 2008, o Viva Viola já se apresentou em diversas ocasiões, dentro e fora de Minas. Este processo gerou um amadurecimento do trabalho coletivo tanto do conteúdo quanto da sua forma de apresentação. O resultado é um espetáculo interativo cuidadosamente produzido, no qual os violeiros dialogam entre si, seja na interpretação vocal ou na execução dos instrumentos, contando histórias e promovendo maior integração com o público. 
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

SAGRADO CORAÇÃO DA TERRA - DISCOGRAFIA PARTE I - (repost a pedido)




Formado em 1979 por Marcus Viana num trabalho de fusão da música vocal e instrumental com raízes no rock e na música erudita, o Sagrado vem se firmando no Brasil e no exterior como o mais expressivo trabalho de música progressiva da América Latina.

O Sagrado apresenta uma música que une o rock à força dos ritmos tribais ameríndios e à beleza e sofisticação do erudito. Os textos falam de nosso violento e primitivo ciclo histórico e do advento de uma nova era para a humanidade abordando questões ecológicas e espirituais.

Marcus Viana, autor das letras e músicas do grupo, tornou-se conhecido do grande público pelas inúmeras aberturas e trilhas sonoras para televisão como "Pantanal", "Chiquinha Gonzaga", "Xica da Silva", "Ana Raio e Zé Trovão", "Serras Azuis", "Terra Nostra", "Aquarela do Brasil", "A Casa das Sete Mulheres" e "O Clone"..
 
       

O SIGNIFICADO CULTURAL DO TRABALHO
DO SAGRADO CORAÇÃO DA TERRA

(texto de 1979, quando da criação da banda)
    Trabalhando com instrumentos eletro-acústicos e herdeiro de uma forte tradição erudita, a música do Sagrado Coração da Terra evoca a atmosfera barroca das montanhas de Minas.
      Mesmo assim seria impossível enquadrá-la como regional. É uma viagem pelo tempo e pelo espaço às origens e ao futuro de toda experiência musical humana.
       Os instrumentos são os usados na tradição clássica: a guitarra, o piano e o violino, porém tratados eletronicamente; uma nova linguagem, o som dos nossos tempos.
       O efeito que uma orquestra causava numa platéia do século XIX não nos atinge da mesma maneira: nossa audição está duramente comprometida pela saturação dos decibéis das grandes cidades.
       Por isso, utilizamos uma roupagem eletrônica nas músicas. Elas são a fusão de toda experiência do eu inconsciente, guardada na memória do espírito: são lembranças orientais, ciganas, indianas e árabes. E ibéricas! Como negar? O Sagrado teve naturalmente a influência de mestres clássicos devido à formação erudita de Marcus Viana como violinista de sinfônica; principalmente da música de Wagner, Debussy, Ravel, Stravinsky e Villa-Lobos. Existe uma forte raiz afro-ameríndia que se manifesta cada vez mais em nosso trabalho, inclusive com a inserção de músicas com textos traduzidos inteiramente para o Tupi-Guarani e dialetos indígenas como o krenak e yanomame.
       Nossa proposta é uma ponte entre a música instrumental e a música vocal; assim sendo, são canções orquestradas, sinfonias cantadas, histórias contadas.
        Da mesma forma que os textos, a música está ligada a uma filosofia ecológica: Ecologia da Terra, Ecologia da Mente, do Coração e do Corpo.
        O Sagrado Coração da Terra é mais que um projeto; é quase que um movimento filosófico, englobando mensagens visuais, gráficas e sonoras, cujo tema básico é a regeneração do Homem e do Planeta.


Sagrado Coração da Terra -  (1985) 



1- Asas
2- Lições da História
3- Arte do Sol
4- A Glória das Manhãs
5- Feliz
6- Deus Dançarino
7- Memória das Selvas
8- Corpo Veleiro
9- Sagrado
10- A Vida é Terna

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Sagrado Coração da Terra - Flecha [1987]


As canções
01 - Flecha
02 - Manhã dos 33
03 - Paz
04 - Seres Humanos
05 - Carinhos Quentes
As sinfonias
06 - Tocatta
07 - Cosmos X Caos
08 - O Futuro da Terra
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 SAGRADO CORAÇÃO DA TERRA  - FAROL DA LIBERDADE  (1990)


1. Dança das Fadas (Marcus Viana)
2. Solidariedade (Marcus Viana)
3. Amor Selvagem (Marcus Viana)
4. Pantanal (Marcus Viana)
5. Olívia (Marcus Viana)
6. Farol da Liberdade (Marcus Viana)
7. Raio e Trovão (Marcus Viana)
8. The Central Sun of the Universe (Marcus Viana)    

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CANTO SAGRADO

SAGRADO CORAÇÃO DA TERRA - GRANDE ESPIRITO (1993)



01 - Kian
02 - Libertas
03 - Human Beans
04 - Eldorado
05 - Grande Espírito
06 - Sweet Water
07 - Rapsódia Cigana
08 - País dos Sonhos Verdes


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domingo, 14 de dezembro de 2014

SARAU TROPEIRO

O SARAU TROPEIRO, criado pelo poeta belo-horizontino Ricardo Evangelista ( pandeiro e voz ) e a cantora e compositora arcoense Sueli Silva ( voz e violão ) em 2004. Arte multimídia mineira e brasileira. Mescla inteligente e criativa de literatura, canção popular e performance. Envolvem o público pela beleza das poesias faladas e cantadas. Através da combinação do violão e do pandeiro, sanfona e caixa de folia, ora em baiões, batuques e baladas regionais, os artistas fazem uma homenagem à cultura tropeira. Os shows do SARAU TROPEIRO são líricas e deliciosas viagens pelas estradas e trilhas de Minas e do Geares.
DISCOGRAFIA: CD POETAS \"QUAE SERA TAMEN\" ( 2007 ).



Sarau Tropeiro: Há 9 anos temperando a arte de Minas e do Brasil ,

Missão do Sarau Tropeiro:  Valorizar a cultura mineira e brasileira e estimular a cultura musical, poética e literária, e o desenvolvimento das artes e da cultura brasileira.



CURRICULUM E HISTÓRICO 

Ricardo Evangelista: Casado, 44 anos. Poeta e performer e saciólogo, neto de tropeiro, trovador, declamador, curso superior completo: Sociologia ( Licenciatura e Bacharelado - Fafich UFMG ). Tem quatro livros de poesias já publicados: “MOJEPOTARA”(2004) e “EMBORNAL DE SONS”(2006) e "MINERAL"(2010), EM PONTO DE BALA, (2013). Gravou com Sueli Silva dos cds de canção, poesia e causo popular –  rapsódia mineira: ‘POETAS QUE SERA TAMEN” (2007)  e cd de música e poesia “Rastro” ( 2013), pelo Sarau Tropeiro. CURSOS :Sociologia UFMG ( 1990-19995 ), gestor cultural pela Telemig Celular ( 2006), inúmeros cursos na área de arte nos Centros Culturais e Funarte/BH. Somos estudiosos, criadores, inventores e professores, pensadores da cultura mineira e brasileira.
Sueli Silva: Casada, 51 anos, cantora, compositora, contadora de histórias e figurinista autodidata. . Artista autodidata. Fez diversos cursos de música e artes por escolas particulares e centros culturais de BH, Arcos.
Cursos na área: Desde 2004 os artistas já fizeram inúmeras oficinas de teatro, música, literatura e cultura popular no C.C. Lagoa do Nado com profº Linguinha/Adenízio Argueles, Carlinhos Ferreira, Walmir José, Ivânia Marinho, Fernando Fabrini ( 2000-2010 ) e fez oficinas no FESTIVAL INTERNACIONAL VOZES DE MESTRES ( em 2009 ), com mestre NELSON JACÓ e TITA PARRA. Aluno do curso de teatro "ARENA DA CULTRAL/PBH, de 2000 A 2005. Cursos pela Funarte BH de performance e literatura com Paola Rettore e grupo Cambar Coletivo e professor Eucanaã Ferraz ( 2011 a 2013 ). 


Sarau Tropeiro
http://sarautropeiro.blogspot.com
facebok.com/ricardoevangelista2
twitter:@sarautropeiro
F:(31)956920283
End.: R. Princesa Iabel, 534 c1 , Copacabana, BH/MG
Cep 31540510

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sábado, 13 de dezembro de 2014

TELO BORGES - O PODER MAGICO - 2000

Marcelo Wilson Fragoso Borges, o Telo, nasceu em 22 de janeiro de 1958, na capital mineira, filho de Salomão Magalhães Borges, jornalista autodidata, e Maria Fragoso Borges, professora primária. Seu primeiro contato com a música aconteceu por meio dos seus irmãos, Marilton e Lô Borges, que já eram músicos profissionais. Com 13 anos, começou a estudar piano, mas logo desinteressou-se. Com 14 anos, compôs a música “Voa Bicho” em parceria com o irmão Márcio Borges. Na adolescência, passava férias na casa de Milton Nascimento no Rio de Janeiro, onde aconteceu sua primeira experiência em estúdio ao participar da gravação do disco “Milagre dos Peixes”. Com 17 anos, se apaixonou e compôs “Vento de Maio”, que é gravada por Lô Borges e Elis Regina. Em seguida, saiu em turnê com o irmão Lô, participando do Projeto Pixinguinha. Participou da gravação do disco “Os Borges”. A partir do álbum “Sol de Primavera”, passou a integrar a banda de Beto Guedes. Em 2003, recebeu o Grammy Awards pela música intitulada “Tristesse” em parceria com Milton Nascimento.

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

TAVINHO MOURA - MINHAS CANÇÕES INACABADAS - 2014

Tavinho Moura volta aos estúdios para apresentar canções e versões que, por seu engenho e beleza, não poderiam ficar inéditas ao público. Em voz e violão, o prestigiado cantor e compositor interpreta um repertório íntimo com originalidade e leveza. “Minhas Canções Inacabadas” é o disco de um mestre, ao mesmo tempo, inventivo e fiel a suas convicções artísticas.

  Para quem anda quase completamente absorvido pelo prazer de fotografar pássaros, Tavinho Moura não está nada mal como músico.  'Minhas canções inacabadas', espécie de colcha de retalhos de suas influências, já tem outro pronto, só com temas autorais para viola instrumental, e está terminando um terceiro, no qual interpreta Noel Rosa. O mineiro não abandonou os cliques, claro: está empenhado na produção de livro com imagens de animais da mata atlântica, que vai integrar com 'Pássaros poemas – Aves na Pampulha' seu registro apaixonado da fauna brasileira.

'Minhas canções inacabadas' é também o nome da canção que abre o disco, que finalmente foi gravada pelo artista. “O Ronaldo Bastos me deu essa letra em 1982 para que eu usasse no disco 'Engenho Trapizonga'. Eu a perdi, não conseguia fazer a música e ficava tapeando o Ronaldo”, lembra. Só recentemente é que ele encontrou o que passou décadas procurando: a letra estava dentro da agenda na qual Tavinho anotou tudo o que havia comprado para a construção de sua casa. Virou uma marcha dobrada de marujada, festa popular da qual é grande apreciador.

O fato curioso serviu de estímulo para voltar ao estúdio. A última vez foi há cerca de quatro anos, quando trabalhou na trilha sonora do documentário 'O mineiro e o queijo', de Helvécio Ratton. Na ocasião, uma das vinhetas que escreveu para a produção foi ouvida pelo saxofonista Chico Amaral, que se apaixonou pela composição e pediu a Tavinho que desenvolvesse uma música a partir dela. Assim nasceu 'Bolero de Ana', que teve interpretação do autor na viola registrada por Amaral em seu disco 'Província'. É uma das suas mais belas obras.

Ela tem a marca de Tavinho, em alguns momentos musicalmente lembrando o que ele fez em 'Paixão e fé', com um bonito sobe e desce da melodia. Trazida para 'Minhas canções inacabadas', a composição foi transformada em canção e ganhou nova dimensão. “Estava conversando com a Ana Amélia Diniz Camargos e queria musicar um poema dela. Achei um e o Murilo Antunes me ajudou em alguns trechos dele”, conta o artista. Feita a seis mãos, a canção faz referência ao Rio Paraúna, próximo a Presidente Juscelino, na Região Central do estado, onde nasceu Ana Amélia.

Sozinho

Outra canção marcante em sua carreira, 'Como vai minha aldeia' foi originalmente gravada em seu álbum de estreia (batizado com o nome dessa música, 1978) e ganhou nova interpretação. É a primeira parceria com Márcio Borges e a terceira composição que escreveu em sua vida. “Ela foi inscrita no Festival de Belo Horizonte, em 1969, do qual também participaram Milton Nascimento, Joyce, Sirlan, Toninho Horta e Beto Guedes. Marilton Borges foi quem cantou, com arranjo de Nivaldo Ornelas e orquestra regida por Aécio Flávio. Ficou em segundo lugar”, lembra.

Desta vez, foi gravada apenas com voz e violão. Aliás, o disco foi todo gravado por Tavinho, que cantou e tocou sozinho violão, viola e pandeiro – sem banda e sem músicos convidados. Gravação, mixagem e direção de estúdio ficaram a cargo do amigo Henrique Santana, que tem um estúdio (Poleiro d’Angola) em Belo Horizonte e foi um dos responsáveis por encorajar Tavinho a voltar a gravar. As sessões foram realizadas ao longo de dois meses, no fim do ano passado. “O disco tem um pouquinho de cada coisa que tem importância para mim”, resume.

Por esse motivo, também incluiu no repertório as músicas 'Corte palavra' (“Essa era do primeiro grupo que montei, cujo nome era o mesmo. O Márcio Borges faz um jogo entre Clube da Esquina e 'Araçá azul', do Caetano Veloso”), 'Dói dói coração' (“Construí um pandeiro e toquei essa marujada, que é cantada em Montes Claros. Juntei uma parte deles com um refrão meu”) e 'Ária nº3 – Cantigas das bachianas brasileiras nº 4', de Villa-Lobos (“A maneira como toco a viola e a sua afinação são tentativa de fazer algo próximo ao arranjo dele. Tenho paixão por essa música. O Milton já a gravou, mas eu não.”)

Noel Rosa

Também chama a atenção a presença da canção 'Confidências de um itabirano', na qual Tavinho cria melodia para poema de Carlos Drummond de Andrade, e, fechando o disco, releitura de 'Vai pra casa depressa (Cara ou coroa)', de Noel Rosa e Francisco Mattoso. “Há pouquíssimas gravações dessa música do Noel. Sempre gostei dela, tocava e ninguém conhecia”, observa Tavinho. Ele já gravou o compositor carioca várias vezes ao longo da carreira e agora está preparando um disco só de voz e violão com interpretações suas para músicas de Noel. Já tem 11 gravadas, como 'Três apitos', 'A dama do cabaré', 'Provei', 'Mentir', 'Positivismo' e 'Feitiço da vila'.

Entretanto, esse disco ficará pronto depois de 'Beira da linha', álbum de viola instrumental que o artista já terminou de gravar (no mesmo estúdio que registrou 'Minhas canções inacabadas'). “Regravei muita coisa de propósito, mas não porque não gostava de como tinha ficado, mas porque quero jogar tudo no mundo, para download pago pela gravadora Dubas”, adianta. Entre as faixas que selecionou estão as inéditas 'Flor da madrugada', 'Beira da linha', 'Rola Moça' e 'Agosto', além das novas versões de 'Caboclo d’Água', 'Diadorado', 'Coração disparado', 'Pegada da onça' e 'Capitão do mato'.

Na pauta

Tavinho Moura poderá ganhar caixa semelhante à que foi produzida para o baiano Elomar, incluindo cadernos com partituras de suas músicas e livro sobre seu universo sonoro e suas referências. A iniciativa foi do amigo e violeiro Ivan Vilela e o projeto será executado pela Lira Cultura, mesma empresa que fez 'Elomar: Cancioneiro'. Uma das particularidades desse formato é que a impressão dos cadernos é pensada de maneira a facilitar uso em estante musical, o que inclui tipo de papel e formatação que permita ao próprio instrumentista virar as páginas durante a execução das peças.


Minhas Canções Inacabadas - Tavinho Moura

1. Minhas Canções Inacabadas -
Tavinho Moura
2. Como Vai Minha Aldeia -
Tavinho Moura
3. Ária Nº 3 - Cantigas das Bachianas Brasileiras Nº4 -
Tavinho Moura
4. Oratório -
Tavinho Moura
5. Papo de Sapo -
Tavinho Moura
6. Bolero de Ana -
Tavinho Moura
7. Corte Palavra -
Tavinho Moura
8. Ciranda Inhangatú -
Tavinho Moura
9. Confidência do Itabirano -
Tavinho Moura
10. Porto das Flores -
Tavinho Moura
11. Peixe Vivo -
Tavinho Moura
12. Dói Dói Coração -
Tavinho Moura
13. Vai Pra Casa Depressa (Cara ou Coroa) -
Tavinho Moura

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domingo, 7 de dezembro de 2014

Chico Lobo e Déa Trancoso - O violeiro e a Cantora (2002)











Depois de vários festivais e shows, participou, em 2002, do CD O Violeiro e a Cantora, a convite do compositor Chico Lobo, viabilizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
Neste CD, ela canta para violas que desfilam cinco afinações diferentes nos dedos do famoso violeiro, parceiro de Pena Branca e autor de boa parte do repertório, que inclui também clássicos como Um Violeiro Toca (Almir Sater e Renato Teixeira), Estradas do Sertão (João Pernambuco e Hermínio Belo de Carvalho) e Moda da Pinga (Laureano Bandeirante).


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CHICO LOBO E DEIA TRANCOSO - canto sagrado da terra 2 - rar

Déa Trancoso - TUM TUM TUM (2006)













Em TUM TUM TUM, a cantora e pesquisadora Déa Trancoso promove um estudo refinado e delicado, a partir dos muitos ritmos extraídos das rezas, folias, congados, terreiros, dos sembas e batuques. É bem verdade, que o repertório passeia e nos oferece o inusitado, o que foi banido do nosso cotidiano de brasileiros mulatos que somos. Déa Trancoso nobremente alinha, alinhava e borda com a sua hipnótica voz, aqui ornada por delicados arranjos, uma série de ritmos e sons latentes em nossa história. É uma grande reverência ao Brasil negro e mulato. TUM TUM TUM se banha e se espraia em águas por onde o "Brasileirinho" de Maria Bethânia também se banhou. Claro, cada qual em sua linguagem, mas cúmplices. Quase gêmeos. Duas jóias verdadeiramente raras.
Pedrinho Alves Madeira - jornalista



Déa, lindo o seu CD. Mergulhei nas águas de sua voz, seu canto, sua sensibilidade. O vale e o Jequitinhonha, o canto e a cultura do povo mineiro, do povo brasileiro. Maravilhado, embarquei em sua viagem. Obrigado. Parabéns.Fernando Brant - compositor


O Tum Tum Tum de Déa Trancoso já nasceu eterno. O repertório de suas canções é singular, universal, revela beleza e essência. Músicas que correm no tempo, em reza e alegria, mostrando, numa produção impecável, o coração do Jequitinhonha. Vai percutir por muitos anos no seleto grupo dos discos antológicos da música brasileira.Tavinho Moura - compositor
  Rainha
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Déa Trancoso – Serendipity (2011)

O primeiro álbum de Déa Trancoso, Tum tum tum, lançado em 2006, era um mergulho nas tradições de uma região, o Vale do Jequitinhonha, de onde ela veio. Uma música que se afirmava e construía sua ligação com o ouvinte a partir de características absolutamente regionais: catimbós, folias de reis, cocos, batucões, acalantos, lundus. Música regional, música brasileira, com toda a largueza de dimensões que isto acarreta.

O segundo álbum chama-se Serendipity, neologismo inglês com o significado aproximado do título deste artigo, o que já é a indicação de uma mudança. E os avisos e diferenças se sucedem: logo na abertura, Déa canta: Eu mudei, até a voz eu mudei. A canção seguinte é um blues, nada mais, nada menos. E, contraste dos contrastes, o álbum seguinte a um chamado Tum tum tum não tem percussão. Nem uma sequer. Ao contrário, à primeira escuta, soa como um álbum voz e violão.

(A propósito, o álbum pode ser ouvido online aqui: http://deatrancoso.tnb.art.br/.
Recomendo ler o artigo com as referências da música, fica muito mais interessante.)

Então possivelmente o leitor espera a frase de alívio: mas as diferenças param por aí. Mas a maior diferença ainda não foi dita, e é a fundamental: Onde Tum tum tum era um álbum de pesquisa (mas também vivência, e muito), Serendipity é autoral. E a partir deste dado é que é possível, por assim dizer, reconstruir a sua escuta, sob novas expectativas.

Serendipity é Tum tum tum em movimento ora centrípeto, ora centrífugo. Déa, que antes cantava o lugar em volta de si, agora canta o lugar dentro de si. Tudo é profundamente pessoal, a delicadeza que já transparecia (a percussão de tum tum tum era sempre delicada, mesmo sem perder a força) agora é explícita na escolha do repertório, quase que apenas de cordas dedilhadas – violões, viola, banjo, sitar, ukulele, guitarra.

E então, a partir da escolha da sonoridade instrumental dentro das sutilezas das cordas dedilhadas, vindas de diversas tradições, transparece um estado de alma – mas também um sotaque, que agora não é mais apenas do Vale do Jequitinhonha, mas pode ser de qualquer lugar.

E então é possível entender a presença não só de um blues no repertório – caso de Minha voz, mas também de uma espécie de ragga-repente como a canção O corpo, em que numa temática absolutamente pessoal, se harmonizam tradições musicais e sonoridades díspares, com um resultado quase impressionista.

Então, Serendipity, abrindo os braços para o mundo, o faz de forma totalmente intimista. Egberto Gismonti disse a Déa que Serendipity aparenta depoimento da alma.

Me faz um bem danado saber que você segue expondo sua decisão e vontade; me faz feliz sentir nas músicas a sua voz casada com a MÚSICA que te achou e adotou. Antes você “adotava ELA”, como fez no TUM TUM TUM, no Violeiro e a Cantora, e outros. ELA te achou; agora é você a responsável em GUARDÁ-LA bonita como ela se deu a você. 
* por Túlio Villaça

Faixas
01 – Água Serenada – Déa Trancoso
02 – Minha Voz - Déa Trancoso
03 – Bem - Déa Trancoso
04 – Oferenda - Déa Trancoso
05 – Pra Tavinho - Déa Trancoso
06 – Bordado – Chico César e Déa Trancoso
07 – Meu Colo, tua Casa – Badi Assad e Déa Trancoso
08 – Obikawa - Déa Trancoso
09 – Gismontiana 2 - Déa Trancoso
10 – Corpo - Déa Trancoso
11 – Castiça - Déa Trancoso
12 – Rapsani - Déa Trancoso
13 – Sansara - Déa Trancoso
14 – Serendipity – Rogério Delayon e Déa Trancoso

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Déa Trancoso e Paulo Belinatti – Flor do Jequi (2012)



DÉA TRANCOSO - Cantora, compositora e produtora cultural, natural de Almenara vale do jequitinhonha. Em 2001, fundou o selo TUM TUM TUM Discos, através do qual conduz seu trabalho. Em setembro de 2012, lançou caixa-box com os seus três Cds:

?Tum Tum Tum?(TUM TUM TUM Discos-2006/Biscoito Fino-2010), realizado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte e do Programa BNB de Cultura, recebeu quatro indicações ao Prêmio da Música Brasileira 2007 (concorrendo com Maria Bethânia, Chico Buarque, Alceu Valença, Antônio Nóbrega, Margareth Menezes) e foi relançado pela parceria TUM TUM TUM Discos e Biscoito Fino, em 2010, com distribuição no Brasil e no exterior;

?Serendipity? (TUM TUM TUM Discos-2011), primeiro trabalho autoral que traz também parcerias com Badi Assad, Chico César e Rogério Delayon, teve o show de lançamento em Pontevedra/Espanha, durante a Feira das Indústrias Culturais da Galícia, pelo programa Música Minas. Três canções desse álbum forão gravadas por outros artistas: Ná Ozzetti e Mônica Salmaso/SP gravaram ?Minha Voz? (CD ?Embalar?/Ná Ozzetti), Gonzaga Leal/PE ?Água Serenada? (CD ?De Mim?), e Isabel Nogueira/PR, ?Gismontiana 2? (CD ?Vestígios Violeta?).

?Flor do Jequi? (TUM TUM TUM Discos-2012), realizado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, no qual Déa Trancoso convida o violonista Paulo Bellinatti e juntos criam e recriam símbolos do Vale do Jequitinhonha, sua terra natal. Sobre ?Flor do Jequi? disse a jornalista Maria Luíza Kfouri: ?Um aula de Brasil profundo. Que coisa é a Déa Trancoso como compositora. A canção ?Estreleira? é uma obra-prima?.

Em 2008, fez sua segunda turnê pela Europa (Itália, França e Portugal), integrando o grupo de artistas mineiros que representou o estado na SEMANA DE MINAS GERAIS EM TURIM. Em 2009, viajou por seis cidades brasileiras (São Luis, Curitiba, Belém, Florianópolis, Joinville e Natal), pelo Centro Cultural Banco do Brasil, abrindo o show do multiinstrumentista Egberto Gismonti. Em 2011 viajou à Espanha (Pontevedra/Galícia) pelo Programa Música Minas, representando Minas Gerais na Feira Internacional das Indústrias Culturais da Galícia.

Em 2012, fez sua terceira turnê pela Europa: Inglaterra, Bélgica, Holanda, França e Espanha pelo Programa Espírito Mundo, em parceria com Ministério das Relações Exteriores. Participa das coletâneas ?CHILL BRASIL 5?, junto com Mônica Salmaso, Roberta Sá, Mart?nália, Céu, a convite de Charles Gavin (ex-Titãs), e "CHILL?N?BOSSA", ao lado de nomes como Tom Jobim, João Gilberto, Milton Nascimento, pela Warner Music, lançadas no Brasil, Europa, Japão e EUA.

Foi indicada duas vezes ao Prêmio da Música Brasileira. Em 2007, em quatro categorias (Disco Regional, Cantora Regional, Projeto Gráfico e Voto Popular), concorrendo com Maria Bethânia, Chico Buarque, Alceu Valença, Daniela Mercury, e em 2013 (Cantora Regional), concorrendo com Elba Ramalho e Simone Guimarães.


Flor ao sol

Sempre que escuto Déa Trancoso me lembro de Guimarães Rosa. Ela tem patente para cantar o sertão. E não é a memória do Rosa de Grande sertão: veredas que me ocorre primeiro, mas de O recado do morro, novela encantada que faz parte de seu Corpo de baile. Na estória, uma mensagem vai sendo retransmitida de maneira tortuosa, prevenindo e salvando a vida da personagem, enquanto uma canção vai sendo gestada. O senhor aceite, isso é o sertão, essa mescla de vida, morte, mistério e beleza.

Mas tem outro ingrediente do escritor na música de Déa, que é esse jeito de falar de grandes coisas a partir do que parece miúdo. As pessoas do Vale do Jequitinhonha gostam de pedras ? as cidades têm nomes de pedras ? e se dedicam a olhar com paciência e sabedoria milhares de cascalhos que correm pela bateia para enxergar uma areia que tenha luz por dentro.

Déa é cantora, nasceu em Almenara, está completando 25 anos de carreira e tem quatro discos. Com essas poucas balizas, quase uma bússola, estão contidos o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste de Déa. Ofício, raiz, pertinácia e cuidado. Ela só canta o que deve ser cantado, traz em sua arte todas as emanações de sua terra, escolheu devotadamente seguir adiante em sua tarefa e nunca teve pressa que lhe fizesse atropelar a beleza e a responsabilidade com o destino de artista.

A voz de Déa, que a ajuda a ir tocando a vida na rosa-dos-ventos de seu destino, tem um agreste muito difícil de definir. Por vezes parece ecoar o jeito de cantar preso à cultura de seu chão, como se desfiasse um rosário de cantos coletivos, ao qual ela se soma com humildade, até quase se dissolver. Em outros momentos, ela nos desafia com um jeito rascante de afirmar que tem coração de mulher ali por trás.

Há alguns elementos que perpassam tudo que a cantora faz, como um rio que parece se desviar do caminho reto apenas para dar mais sinuosidade a uma certeza interior. Em primeiro lugar, mesmo parecendo de início ser uma artista intuitiva ? que ela também é ? Déa Trancoso faz uma arte muito culta. Seus cantos carregam a sabedoria construída com muito labor, crença e festa. Há um mapa de referências que vai se abrindo com as canções e as sonoridades, que é próprio de um país que escolheu a música como sua arte mais visceral.

Assim, a convivência de temas de domínio público com composições mais contemporâneas faz parte de um jogo que tem regras estritas, mas também espaço para o improviso e a invenção. Quem quiser conhecer catimbó, coco, lundu, congo dobrado, maracatu, batucão, moda de viola, samba de caboclo e de roda, vai encontrar na voz de Déa um pórtico. Mas não se trata de um registro antropológico nem de trabalho de etnomusicologia. Está tudo vivo, naquela hora. Agora. E, por isso, no coração da memória, pulsa o sentimento de criação.

Outra característica da arte da cantora é a descoberta de veios que dão unidade a seus trabalhos. Cada disco, e não são muitos exatamente para serem inteiros, tem uma alma musical e poética própria. Em O violeiro e a cantora, ao lado de Chico Lobo, as modas de viola e as canções têm uma ambientação singular. A sonoridade da viola de 10 cordas, com sua riqueza de ritmos e harmônicos, faz um leito para o canto que precisa surgir também como um instrumento. Assim como a viola parece, em sua longa história, ter deixado um certo inacabamento que dá ao violeiro a responsabilidade de completar seu som, o canto também é se-fazer.

Tum tum tum já é outra história. Muitas estórias. Não é por acaso que a epígrafe do disco foi pescada num poeta alemão, Rilke. Há momentos em que as fronteiras de tempo e espaço se esvaem. Trabalho já autoral em todos os sentidos, o disco é uma síntese de muitas vivências e heranças, que foram convocando diferentes climas para cada canção. O equilíbrio da palavra e dos sons, sempre em secura quase metafísica, cria uma relação nova com o tempo e exige paciência e entrega. Rituais que vêm da África, dos índios e do sertão confluem para o ritmo mais essencial. Tambor e coração são signos do mesmo princípio. A voz, agora, precisa ser senhora de si. Seu destino é maravilhar, sem pressa nem medo dos volteios e de seus ciclos encantatórios.

Com Serendipity Déa assume seu destino de compositora. Há mais de um risco nessa entrega. Além de revelar o que lhe vai na alma, o álbum tira da artista um pouco de suas defesas, do lar de onde revelou ao mundo sua terra e suas referências. Serendipity, como a própria palavra anuncia, põe na mesma levada o acaso e a felicidade. A cantora continua ligada às origens, mas agora mira para fora. Mira e veja, Déa fez o que parecia impossível, coseu os tambores com fios e fez um disco em que o tum-tum-tum é adivinhado por entre as cordas de todo tipo. É um disco de violão e voz. Da voz dos violões de Rogério Delayon. Déa, como diria minha filha, é ?boa de amigos?. No entanto, em cada poesia anunciada pelas canções, há um olhar diferente, que é algo que se parece com a ambição dos tímidos, aquela revelação que preserva.

O mais recente rebento de Déa, Flor do Jequi, tem a companhia de Paulo Bellinati. A mescla entre temas populares e músicas autorais, que parece ser o solo natural da cantora, ganha aqui uma realização musical tecida com muito cuidado. Para ser flor, precisava de delicadeza e de uma forma de manifestar a beleza como um dom. Para ser do Jequi, é mister carregar a certeza de que a graça é ainda mais exigente: a beleza esplende com potência porque a cobrança do tempo é mais veloz, em razão do sol, que ilumina com mais força. É preciso calma para cantar canções que estão a ponto de se perder no horizonte. É necessário engenho para criar as possibilidades de novas estórias.

Outro lado que fascina no trabalho de Déa é sua capacidade de despertar interesse em gente tão diferente e dispersa pelo mundo. Gismonti gosta, Dércio Marques gostava, colegas de ofício como Ná Ozzetti e Badi Assad também. Até o Manfred Eicher, o mais sensível dos produtores de música contemporânea, lá de seus estúdios gelados, mandou boas palavras. A resposta pode estar na universalidade que parte do singular. Ou na qualidade da música. Quem sabe até na maneira de cantar, que carrega tantas heranças que se emparelham empaticamente na memória afetiva de cada uma daquelas pessoas.

Acho, no entanto, que a razão é mais simples. É simples.

JOÃO PAULO CUNHA
EDITOR DO CADERNO DE CULTURA
JORNAL ESTADO DE MINAS


Déa Trancoso e Paulo Belinatti – Flor do Jequi (2012)

Vêm das mais remotas lembranças do Vale do Jequitinhonha, terra natal da cantora e compositora Déa Trancoso, as referências estéticas e sonoras que dão brilho a Flor do Jequi, quarto disco da bem-sucedida carreira da artista mineira, gravado em parceria com o violonista e compositor Paulo Bellinati.

Além de apurada pesquisa das tradições musicais do interior mineiro traz composições inéditas, além de embalagem de encher os olhos, com aquarelas de Mariza Trancoso, prima da cantora.

Não se trata de um disco fácil. Os trabalhos da intérprete nunca se nortearam por essa diretriz. Produzido por Déa e por Paulo Bellinati, autor dos arranjos, o novo projeto ressalta peças do tradicional cancioneiro regional, como Coco da veia, adaptado pela artesã Lira Marques e gravado pelo Coral Trovadores do Vale. Há espaço para releituras, como Tropeiro das cantigas, de Paulinho Pedra Azul, e para obras autorais, como Estreleira, de Déa, e Flor do Jequi, parceria dela com Sérgio Santos.

“Flor do Jequitinhonha/ dos ermos, lá do sertão/ barranqueira e montanha/ alento do coração/ florzinha de água doce/ rosinha bem delicada/ que enfrenta toda tormenta”, diz a letra – uma espécie de síntese do trabalho de Déa.
*por Sérgio Rodrigo Reis - EM Cultura

“O disco de Déa e Bellinati traz a participação do percussionista Guello na faixa Mestre Diôla, de Gonzaga Medeiros. Coube a Egberto Gismonti escrever a apresentação: “Acredito que existam somente dois tipos de música – a que hoje representa o alimento que mantém viva minha esperança e a de que amanhã precisarei, quando, desesperançado, descobrir estar pronto à aceitação de novo alimento. As músicas de Flor do Jequi estimulam uma emoção difícil de encontrar: a voz da Déa canta os arranjos de Bellinati, que tocam a voz de Déa, que cantam os arranjos de Bellinati, que tocam....”
*por Egberto Gismonti

Faixas
01 – Pai Chão – Edílson Dhio e Lima Jr.
02 – Contradanças – Tradicional/Adaptação Déa Trancoso e Josino Medina
03 – Flor do Jequi – Sérgio Santos e Déa Trancoso
04 – Nem Curto, Nem Comprido – Tradicional/Adaptação Déa Trancoso
05 – Pisa no Toco – Tradicional/Adaptação Déa Trancoso
06 – Tropeiro de Cantigas – Paulinho Pedra Azul
07 – Coco da Véia – Tradicional/Adaptação Lira Marques
08 – Estreleira – Déa Trancoso
09 – Batuques – Tradicional/Adaptação Déa Trancoso e Pereira da Viola
10 – Mestra Diôla – Gonzaga Medeiros
11 – Zum Zum Zum – Tradicional/Adaptação Déa Trancoso

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