Santana do Riacho é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Pertence à Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e Microrregião de Sete Lagoas e localiza-se a norte da capital do estado, distando desta cerca de 100 km. Ocupa uma área de 676,76 km², sendo que 0,36 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2013 era de 4 211 habitantes, sendo então o 699º mais populoso do estado mineiro.
A sede tem uma temperatura média anual de 21,9°C e na vegetação do município predominam os campos rupestres, o cerrado e a mata atlântica. Com 57% da população vivendo na zona urbana, a cidade contava, em 2009, com três estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,655, considerando como médio em relação ao estado.
O povoamento do lugar teve início no decorrer do século XVIII, com a extração de minerais, atividade econômica que, juntamente com a agricultura, foi a responsável pelo crescimento demográfico observado até o século XX. Estando a cidade situada entre as serras do Cipó e do Espinhaço, o turismo ecológico passou a ser mais explorado a partir da década de 1950, vindo a ser emancipada em 1962 e instalada em 1º de março de 1963.
No município estão várias trilhas, morros e montanhas propícios a escaladas, cânions, cachoeiras e piscinas naturais de águas cristalinas, além de uma grande variedade de espécies animais e principalmente vegetais, sendo que o distrito da Serra do Cipó é uma das principais portas de entrada do Parque Nacional da Serra do Cipó, criado em 1972 com objetivo de preservar a biodiversidade local e os atrativos naturais existentes.
Os primórdios do atual município de Santana do Riacho remontam ao período colonial brasileiro, quando chega à região um bandeirante, que parou para descansar próximo a um riacho (surgindo então o primeiro nome do lugar, Riacho Fundo). Ao explorar o local, o bandeirante entra em contato com a população indígena local, incluindo uma índia e uma pequena menina perdidas, a quem acolheu. A índia veio a falecer pouco tempo depois e a criança continuou a ser cuidada pelo bandeirante, sendo que quando crescida ambos tiveram vários filhos cujos descendentes deram procedimento ao povoamento da região.
A exploração da região, no entanto, tem seu início em maio de 1744, quando a posse do lugar, denominado Fazenda Riacho Fundo e pertencente à Comarca de Serro Frio, foi dada ao Sargento-mor Antônio Ferreira de Aguiar e Sá. A região se expandia economicamente devido a agricultura. Em 27 de outubro de 1759 inaugura-se a capela local, criando-se pela lei provincial nº 1355, de 6 de novembro de 1866, o distrito de Santo Antônio do Riacho Fundo, pertencente a Conceição do Mato Dentro; segundo a prefeitura, o distrito teria sido criado ainda no século XVIII, pertencente a Conceição do Mato Dentro, sendo extinto em 17 de março de 1836, com território anexado a Morro do Pilar e recriado em 15 de abril de 1844.
Pela lei estadual nº 319, de 16 de setembro de 1901, o distrito passa a pertencer a Santa Luzia do Rio das Velhas (atual município de Santa Luzia), passando a denominar-se simplesmente Riacho Fundo pela lei estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923. Pela lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, Riacho Fundo passa a pertencer ao município de Jaboticatubas, criado sob o mesmo decreto, sendo elevado à categoria de município pela lei estadual nº 2764, de 30 de dezembro de 1962. A instalação oficial veio a ocorrer em 1º de março de 1963, sendo constituído do Distrito-Sede e Cardeal Mota (que passou a denominar-se Serra do Cipó em maio de 2003). O nome recebido pelo município remonta ao riacho frequentado pelo bandeirante que estava a explorar o local e à padroeira municipal, Santa Ana.
Na década de 1970 é criado o Parque Nacional da Serra do Cipó, com objetivo de proteger a fauna, a flora e os bens naturais pertencentes à Serra do Cipó, com área total de área de 33 800 hectares e englobando, além de Santana do Riacho, os municípios de Jaboticatubas, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro. O turismo, presente desde a década de 1950, passou a representar uma das principais fontes de renda, com a construção de dezenas de estabelecimentos comerciais, hotéis, pousadas, áreas de camping estruturadas e propriedades rurais.
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