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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

TANIA BRAZ - COLETANEA - (exclusividade canto sagrado)

As raízes familiares de Tânia Braz vêm do interior dos estados de Minas Gerais e São Paulo, onde seus antepassados fazendeiros plantavam café e criavam gado. Percalços da economia nacional e os rumos tortuosos do destino fizeram com que o patrimônio da família se dissipasse.
Contam que sua avó paterna, Da. Rita, já migrada para a capital, morava numa pequena casa, rodeada pelos dez filhos para quem gostava de tocar o violão e cantar, enquanto o marido declamava versos.
Uma geração depois, os vizinhos paravam ao pé da cerca para ouvir Da. Terezinha, a mãe de Tânia, cantar no quintal da casinha da Rua Marambaia em Belo Horizonte, onde seus pais iniciaram a vida de casados. Na realidade, exceto por uma tia avó que fora conhecida artista de teatro nos anos 40, as condições de vida não permitiram que florescesse qualquer possível veia artística da família.
 Da. Terezinha faleceu muito jovem, deixando os três filhos pequenos. Salvo esse triste episódio, Tânia teve uma infância tranqüila. Foi menina comportada e obediente. Na escola, sempre uma das primeiras da classe. Ela e seus dois irmãos mais novos, Dito e Sidney, cresceram vendo o exemplo do Sr. Expedito, pai muito amoroso e exigente, trabalhando duro para sustentar a família e conquistar segurança financeira.
Ao longo de sua vida, Tânia Braz sempre se interessou em estar próxima da arte de alguma maneira.
Na adolescência, estudou violão clássico e, mais tarde, teoria musical, canto lírico e expressão corporal na Scholla Cantorum do Palácio das Artes.
Freqüentou cursos livres de teatro na Oficina da PUC – Pontifícia Universidade Católica de MG, com direção de Pedro Paulo Cava, e no NET-Núcleo de Estudos Teatrais de Belo Horizonte. Estudou balé clássico no Studio Anna Pavlova, dirigido pelas bailarinas e coreógrafas Dulce Beltrão e Sílvia Calvo e dança espanhola no Centro de Cultura Flamenca La Taberna com Fátima Carretero.
Ainda estudava arquitetura quando, a convite do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca, Tânia tornou-se integrante do conceituado Coral Ars Nova da UFMG. Na época, o grupo figurava como um dos cinco melhores corais mistos do mundo, com refinado repertório que incluía peças do período renascentista ao moderno, além de muitas pérolas do folclore brasileiro. Com o coral, viajou por vários países da Europa e América do Sul representando o Brasil em inúmeros concertos, festivais e outros eventos culturais. Também com o Ars Nova, Tânia Braz participou da gravação do disco "Madrigal".
Na mesma época, ela foi selecionada para participar do musical e do disco "Cristal" de Oswaldo Montenegro, realizados com a participação de jovens talentos mineiros.
Já formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, Tânia mudou os rumos de seu destino ao iniciar sua atuação profissional na área da música, tocando e cantando como solista em igrejas e eventos sociais. Foi bem sucedida e resolveu prestar novo vestibular para o curso superior de composição na Escola de Música da UFMG. Na universidade, estudou harmonia, contraponto e orquestração com mestres conceituados como o Professor Oilian Lanna e Maria Inês Lucas Machado, entre outros. Graduou-se em composição em 1989.
Enquanto conquistava estabilidade financeira e mais espaço profissional como musicista, Tânia recebia convites para apresentações em programas de rádio e televisão, tais como o “Arrumação” de Saulo Laranjeira e o “Feira Moderna” de Breno Milagres. 
 Na mesma época, conseguiu o patrocínio de uma empresa privada carioca, a “RIOFORTE”, para gravar seu primeiro disco solo, o “Mistura Pura”. O repertório incluiu arranjos e músicas inéditas de sua própria autoria e de seu irmão, Dito Ferreira. Gravou em inglês, espanhol, francês e português. “Um disco de estréia surpreendente” nos dizeres da crítica especializada.
 Logo em seguida, recebeu o troféu “Carlos Felipe” como prêmio de melhor intérprete feminino e revelação, numa promoção do Jornal Estado de Minas e do Jequitibar (na época, um dos bares de música ao vivo mais tradicionais de Belo Horizonte). Trabalhou também em projetos culturais junto à Secretaria Municipal de Cultura, Belotur e Fundação Clóvis Salgado, tais como o “Expresso Melodia” e o “Projeto Itaú Liberdade” - obtendo assim experiências maravilhosas junto ao público, em espetáculos de rua.
 Esses acontecimentos, entre outros, estimulavam Tânia a acreditar na possibilidade de uma carreira mais sólida como cantora e compositora. Então, a partir de 1998, decidiu se aventurar em projetos musicais mais alternativos e autorais. Tânia Braz canta e encanta.
 Em parceria com dois exímios violonistas, (Ronaldo Cadeu e Daniel Moraes) Tânia Braz criou o grupo Agny,especializado na interpretação de músicas de influência espanhola. O trabalho de pesquisa incluiu o estudo da língua e da dança espanholas. 
 O grupo estreou com apresentação no tradicional Centro de Cultura Flamenca La Taberna em Belo Horizonte e logo realizou uma temporada de shows no Teatro da Maçonaria a convite da diretoria do próprio teatro. Participou também do Programa “Bom Dia Minas” da Rede Globo Minas de Televisão. Tendo sido escolhido em 1998 o primeiro grupo musical a ser apoiado pelo projeto "Celeiro Cultural" da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, o Agny teve a oportunidade de gravar um CD demonstrativo que incluiu seis canções de origem espanhola, com o patrocínio da “Bach Produções e Eventos”.
 O grupo também se apresentou por inúmeras vezes em eventos culturais tais como nas comemorações do cinquentenário da cidade mineira de Vespasiano e no encerramento da grande exposição das obras da escultora Camille Claudel, no Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte.
 Em 2005, Tânia Braz pensou em montar um show especialmente dedicado a seu pai, um grande admirador da música latino-americana. Inspirada no título da consagrada canção de Gilberto Gil, Tânia e seus amigos deram-lhe o nome de “Soy loco por ti América”.
Para ajudar na montagem desse espetáculo que combinava música, poesia e teatro, ela gravou de improviso, numa única tarde em seu home studio, uma seleção de vinte e cinco músicas. Entre guaranãs, boleros e tangos famosos (tais como Alma Llanera, Perfídia, Besame Mucho, Media Luz, Caminito - repertório dos antigos Lps de seu pai), gravou também canções que embalaram sua adolescência nas vozes de Mercedes Sosa, Joan Baez e Grupo Tarancon. Acompanhada de seu violão, Tânia registrou também, naquele mesmo dia, vários back-vocals, em tomada única e, em seguida, o guitarrista Ralfe Rodrigues acrescentou solos de violão em algumas faixas.
Tal trabalho tinha por objetivo apenas servir de guia para os ensaios do show. Entretanto, vale à pena conferir o resultado dessa brincadeira que, sem maiores pretensões, acabou agradando aos ouvidos mais nostálgicos e românticos. Vide no item “Músicas”, opção “Música espanhola e latino-americana”.
Nas apresentações ao vivo desse projeto, além de Ralfe Rodrigues ao violão, participaram também: Amanda Brescia (no back vocal), Eros Fresique (na Percussão) e o ator Danilo Filho.

Apesar das adversidades do mercado, que limitam a realização e a divulgação da produção musical mineira, Tânia sempre preferiu trabalhar com produtos culturais mais elaborados, que justifiquem sua formação acadêmica ou sejam de alguma forma compatíveis com seu espírito.
Sendo assim, em 1997, ela uniu forças com um time de ótimos instrumentistas (Sérgio Paolucci nos teclados, Carlos Linhares no baixo, Luciano Soares na guitarra e Nelson Rosa na bateria) e, como a vocalista e uma das compositoras do grupo, formou a Banda Arion para se aventurar pelos caminhos do rock progressivo sinfônico.
O grupo lançou seu primeiro CD pelo selo paulista Progressive Rock Worldwide que o distribuiu no Japão e na Europa, obtendo êxito e inúmeros elogios por parte da crítica especializada. No Brasil, Tânia foi eleita a melhor cantora de rock progressivo de 2001 pelo site www.rockprogressivo.com.br (o mais tradicional e visitado site desse gênero  no país). O CD também foi premiado nas categorias de melhor lançamento, revelação, melhor encarte, melhor baixista, melhor baterista, 2º. melhor tecladista, 2º. melhor guitarrista. Em 2005, assinou um novo contrato com validade de 3 anos com a distribuidora Rock Symphony, selo carioca associado a Musea e dirigido por Leonardo Nahoum.
 Nas poucas vezes em que se apresentou, o Arion sempre arrebatou o público com a força de seu trabalho autoral inédito. Por duas vezes, tocou no tradicional evento cultural “Camping-rock” em BH e participou também de alguns festivais internacionais, como o Minasprog de Cataguases, abrindo os shows de respeitadas bandas no meio progressivo, tais como o “Quidan” da Polônia e o “Xang” do Chile.
 Em 12 de novembro de 2002, no grande palco do Minascentro em Belo Horizonte, o Arion realizou o show de abertura do concerto da consagrada “Banda Focus” da Holanda. O evento foi um sucesso absoluto, documentado pelo programa “Especial Rede Minas” da TV Minas – a gravação ao vivo foi exibida e reprisada diversas vezes pela emissora. A platéia, que em boa parte ainda não conhecia o Arion, ao final do show aplaudiu a banda entusiasmadamente de pé. Logo em seguida, o FOCUS, como não podia deixar de ser, embalou os fãs com seus sucessos inesquecíveis e algumas canções inéditas, que fizeram o público viajar de volta ao glamour e beleza do rock progressivo dos anos 70.
 Enquanto o Arion enfrentava problemas operacionais, inclusive o da distância geográfica que separa seus integrantes, Tânia Braz dava prosseguimento a seus projetos solo.
Em 2003, ela foi convidada por Guilherme Castro, líder da Banda Somba, para interpretar sua composição “Fenceless”, a elogiada 11ª faixa do primeiro CD desse grupo de rock experimental de Belo Horizonte. Logo em seguida, ela participou de dois shows no Grande Teatro do Palácio das Artes em Belo Horizonte com a Orquestra Mineira de Rock, integrada pelas bandas Cartoon, Cálix e o próprio Somba.
Na mesma época, Tânia Braz realizou um show de abertura para o grupo Cálix, na Casa do Conde em BH acompanhada de sua própria banda recém formada. Nesse novo trabalho solo New MPB, Tânia transitava numa tangente ao rock progressivo, atraindo um público diferenciado, muito eclético e antenado. Três dos integrantes dessa banda pertencem também ao grupo Mantra (tradicional grupo de progressivo de BH). São eles: Hugo Bizzotto (Teclados), Igor Ribeiro (Baixo) e Leo Dias (Bateria). Na guitarra, a banda contou com Ralfe Rodrigues, músico autodidata da cidade de Sabará, também violonista e compositor especializado em música barroca. Vinícius Üde e Waldir Cunha revezavam com Igor no baixo e Bö Hubert com Leo na bateria. Eros Fresique (percussão), Clauber Silva (bateria), Fernando Rodrigues (guitarra) e Nilson Novais (teclados) também participaram dessa banda na montagem do projeto.

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Um comentário:

  1. Boa tarde querido amigo, tudo bem? Seria possível você reupar este linque? Grato mais uma vez e sempre!

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