Por: Pettersen Filho 
Houvesse no mundo um dicionário onde pudéssemos encontrar a definição, o
 sinônimo, que adjetivasse as pessoas, estabelecendo significado 
conceitual para a existência humana, certamente encontraríamos, no caso 
de Carlos Lucena, musico mineiro contemporâneo ao Clube da Esquina, que 
formou talentos como Paulinho Pedra Azul, Lô Borges, Milton Nascimento e
 Beto Guedes, todos seus parceiros de trabalho, alguma coisa tal como: 
“Ser iluminado. Luz. Parecido com ou igual a: ...”
Das suas cifras musicais, nas canções que entoa, poderíamos também 
subtrair o seguinte conceito: “ Toda força viva que assim/ toma forma 
oculta no viver/ para reger a orquestra do saber/ e despertar no reino 
do Sem-fim./ Dono de poderes naturais:/ Salamandras, anjos e vegetais./ É
 o poder de Deus que vive mais/ na magia etérea dos astrais./... Vida! É
 um beija-flor pousar no meu jardim./ Uma fada azul que entrou dentro de
 mim./ Tomou conta do meu ser./ Fez amor comigo no Sem-fim.”
“Menestrel da Nova Era”, Carlos Lucena transita, sem se importar na sua 
musica com questões banais de mídia ou modismos, entre o que é provável e
 improvável no mundo metafísico.
Parece, empunhando o seu violão modelo AK-47 “Kalashnikov”, municiado 
por cordas vocais pacifistas, desfiar, com táticas ligadas diretamente a
 tudo aquilo que é carmico e cósmico, no declarado amor que externa, por
 tudo o que é rítmico ou acústico, o “status quo” de um homem 
densificado de futilidades, no tanger da vida moderna, desconcatenada de
 quês e porquês ?
Com seus acordes, encantadoramente, faz ecoar do seu instrumento mágico 
musicalidade somente admissível aos que tem acuidade ligada ao Olímpio.
Transitando por mundos onde vigoram sonoplastias oriundas, desde o samba
 canção de raiz, até o romantismo apaixonado de um homem que, a todo 
momento, declara indefectível amor pelo planeta e pela existência 
humana, metaforizada na forma de uma mulher inatingível, passa por 
regionalismos, que vão do Vale do Jequitinhonha e Heitor Vila Lobos, até
 os Alpes Suíços, circunvizinho de Bethowen e Mozart, em linguagem 
melódica universal.
Na sua simplicidade complexa, Carlos Lucena é o “Senhor dos Arranjos” que anunciam um mundo ainda porvir:
Realmente, imagem humana, e “Ser Maiúsculo”, que somente podem ser 
enxergados pelos que possuem sensibilidade auditiva em seus corações.
Este é, um pouco, no dicionário fugaz da vida, o conceito imediato de 
Carlos Calmete Lucena: Retidão de caráter, em um mundo curvilíneo. 
Significado de vida, “Sem medo de amar”.
Se vc gostou adquira o original, valorize a obra do artista.
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CANTO SAGRADO
 



 
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