O músico, cantor, compositor e multi instrumentista Sérgio Pererê
é um intérprete de timbre peculiar, melódico e potente. De djembé a
guitarra, de charango a rabeca, o seu domínio de diversos instrumentos o
faz figurar entre os grandes instrumentistas da cidade, com destaque
para o trabalho como percussionista. Soma-se a isso o compositor
profundo - mas que não se perde em hermetismos - cujas composições já
foram gravadas por nomes como Ceumar, Titane, Eliana Printes, Fabiana
Cozza e Maurício Tizumba, além de ser cantado por nomes como João Bosco,
Milton Nascimento, Chico César e Vander Lee.
Com origem no Bairro Novo Glória, região
Noroeste da cidade, Pererê foi iniciado na música ainda na infância.
Influenciado pelo blues e rock progressivo, criou a banda AVONE, onde
iniciou seu trabalho como compositor. Mais tarde, ao lado dos
violonistas Meliandro Gallinari e Rafael Trapiello e da flautista
argentina Andréia Cecília Romero, compôs o quarteto Pedra de Tucum. Em
1995, junto com Santonne Lobato e Giovanne Sassá, deu início ao
Tambolelê, grupo com o qual lançou dois álbuns, excursionou pela Europa,
EUA, Nova Zelândia e México, e criou o projeto sociocultural Associação
Bloco Oficina Tambolelê, voltado ao ensino de percussão para jovens de
seu bairro de origem. É o seu trabalho solo, no entanto, que pode ser
considerado o mais expressivo de sua carreira e onde as referências
afro-mineiras encontram-se de forma mais inovadora com vertentes da
contemporaneidade. Faz parte desse trabalho cinco CDs autorais: Linha de
Estrelas (2005), Labidumba (2008), Alma Grande, Ao Vivo (2010), Serafim
(2011) e Viamão (2016), este criado em parceria com o grupo argentino
No Chilla. O artista também já dividiu o palco com Milton Nascimento,
Naná Vasconcelos, Wagner Tiso e João Bosco e, atualmente, integra o
grupo Sagrado Coração da Terra, ao lado de Marcus Viana.
No teatro, Sérgio Pererê atuou nos
espetáculos “Besouro, Cordão-de- Ouro” e “Bituca – O Vendedor de
Sonhos”, ambos dirigidos por João das Neves, e interpretou Dom Quixote
em “Oratório – A Saga de Dom Quixote e Sancho Pança”, espetáculo da Cia
Burlantins dirigido por Paula Manata.
A
decisão de lançar esse trabalho é, em primeiro lugar, emocional. O
gênero ao vivo traz os erros e as emoções da apresentação: o aplauso, a
participação do público, é tudo envolvente. O álbum mostra as
experimentações musicais de Pererê. Mesmo deixando de lado o batuque e o
tambor típicos de seu trabalho e optando pela voz e violão, as raízes
afro-brasileiras permanecem. Participação especial de Marcus Viana.
01 - Iluminado
02 - Terra que Gira
03 - Velhos de Coroa
04 - Versão
05 - Vento e Chama
06 - Serafina
07 - Mar de Cata
08 - Costura da Vida
09 - Mais uma dose de Poesia
10 - Alma Grande
11 - Estrela Natal
12 - N'gana Zambi
02 - Terra que Gira
03 - Velhos de Coroa
04 - Versão
05 - Vento e Chama
06 - Serafina
07 - Mar de Cata
08 - Costura da Vida
09 - Mais uma dose de Poesia
10 - Alma Grande
11 - Estrela Natal
12 - N'gana Zambi
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Com tambores africanos tocados pelo o grupo de percussão portenho No Chilla e letras e composições de Sérgio Pererê, VIAMÃO
propõe o encontro das heranças banto, iorubá e mandinga que se
conformaram na América Latina, em uma mistura de sonoridades. O álbum
traz em seu nome uma homenagem a um povoado de Rio Manso/MG, localizado a
63km da capital mineira, cujas montanhas serviram de “estúdio ao ar
livre” das primeiras gravações, ainda em 2013. Em 2014, as gravações
foram finalizadas em Buenos Aires e em Moreno, no interior da Argentina,
ao longo de 15 dias de intenso trabalho em conjunto.
Criado em 2005, o No
Chilla é formado por oito músicos-percussionistas argentinos apostam em
uma mistura de tradições e sons contemporâneos. O grupo têm a pesquisa
de diferentes caminhos na improvisação e composição sua principal marca.
Viamão é um pequeno povoado de Rio
Manso, interior de Minas Gerais, distante 63km da capital mineira. Um
lugar de cotidiano simples, em contato com a natureza, e local que nos
abrigou para as gravações das primeiras faixas do álbum que estamos
criando junto com o grupo argentino No Chilla.
Em suas montanhas, com vista para um
verde imenso, do jardim de Clarissa, nossa anfitriã, montamos um
“estúdio ao ar livre” e varamos a noite. O frio do alto da serra seria
combatido com uma fogueira, mas a fumaça mostrou-se danosa demais para a
garganta e o fogo teve que ser apagado. Esquentaríamos com a alegria e a
empolgação das primeiras trocas. Quatro faixas surgiram ali: Peixe
Pescador, Carolina de Oiá, Serpenteia e Filhos de Odé.
Amanhecendo o dia, uma vizinha chegou à
porta: “escutei vocês a noite inteira…”. À frase seguiu-se um silêncio
constrangedor quebrado pelo complemento: “que maravilha!”. Nas montanhas
nascia o álbum Viamão, que no nome homenageia o lugar, o acolhimento, os encontros, a amizade e os vizinhos que abriram mão do sono para nos escutar.
Para finalizar o álbum que estamos
fazendo em conjunto com o grupo argentino No Chilla, seguimos para
Buenos Aires logo no comecinho do ano, para intensos dias de trabalho em
conjunto. Na capital argentina, rolou oficina Batrata no Vicente El
Absurdo e no El Aboroto. Os dois lugares também abrigaram os primeiros
shows do projeto, um teste para as músicas apresentadas ineditamente. A
leitura latino americana das heranças banto, iorubá e mandinga, marca de
Viamão, arrebatou os hermanos.
Oito faixas, no entanto, ainda
precisavam ser gravadas e fomos nos refugiar em uma chácara em Moreno,
cidade próxima à capital. À tranquilidade e beleza do local somou-se a
hospitalidade de seus donos, o casal Carlos e Lídia, pais de Marcelo,
integrante do No Chilla (impossível não lembrar de casa, de Minas, da
famosa hospitalidade mineira).
As gravações começaram no sábado à
tarde. Quem estava de fora, notava um clima um pouco apreensivo, com as
primeiras músicas sendo repetidas várias vezes. A principal preocupação
era com o tempo disponível. Um final de semana seria suficiente para
tanto trabalho? Era a pergunta que parecia ser feita apenas no pé de
ouvido.
Uma vez acertado o tom, no entanto, a música fluiu, aconteceu.
Alguns choraram, se derramaram. Nos
intervalos, mate, café, empanadas, vinho e a bateria era recarregada
para mais música, música nova, generosa sintonia, sábias decisões. “Por
duas vezes eu parei e pensei como estava feliz!”, disse Covre.
A amizade e a generosidade geraram, por fim, Viamão.Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
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CANTO SAGRADO
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