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sábado, 30 de abril de 2016

SAMUEL ROSA E LÔ BORGES - AO VIVO NO CINE THEATRO BRASIL

Quando o fã fica ao lado do ídolo.
"É como tocar com os Beatles, diz Samuel Rosa "

Depois de anos de parceria, Samuel Rosa e Lô Borges resolveram registrar o encontro no palco em um DVD.

De gerações diferentes, os dois cantores de Minas Gerais uniram seus clássicos num setlist que vai de Dois Rios a O Trem Azul, com espaço ainda para canções inéditas da dupla tipicamente mineira.

Samuel Rosa falou sobre o projeto com Lô Borges e a emoção de subir ao palco com o ídolo que virou o amigo da cervejinha do bar preferido de Belo Horizonte. Para o vocalista do Skank, o DVD representa um resgate à música de qualidade, na contramão do que faz sucesso atualmente.

— A gente quer celebrar a música no momento em que menos se faz isso, com as músicas iguais que tocam na rádio. Essa música fastfood já foi tão melhor. Na minha opinião, a música das rádios anda tão ruim. É um sentido contrário. Queremos celebrar a música e resgatar a paixão pela música.

Antes de ser parceiro de estúdio e composição de Lô Borges, Samuel Rosa já o admirava há muito tempo. O cantor conheceu o trabalho do Clube da Esquina em sua casa pelo rádio do pai e, com o passar do tempo, se encantou pela música dele e adotou o cantor e compositor como seu maior ídolo, acompanhando shows e a carreira dele de perto.

— O Lô era um cara que simbolizava a possibilidade real de uma carreira musical. Quem está fora circuito São Paulo e Rio de Janeiro, se sente um pouco marginalizado, alienado do que realmente acontece no Brasil. Hoje, menos do que há 20, 30 anos. A gente pensava: "será que é possível fazer sucesso não estando no Rio ou São Paulo?". Ele era a prova de que era possível. Ele continuava morando em Belo Horizonte e fazendo sucesso. Imagina o que é subir ao palco com ele depois disso tudo? Vez ou outra, me pego no meio de um clássico dele, como O Trem Azul, e me pego me lembrando da minha infância. Meu pai escutava isso. Estou ao lado do cara que fez essa música. É um peso muito grande.

Mesmo de gerações diferentes, Samuel Rosa e Lô Borges cantam Minas Gerais com a mesma paixão e boemia típica do belo-horizontino, encantado pelas ladeiras e bares de esquina da cidade. Os dois se esbarraram quando o cantor do Clube da Esquina gravou uma música do Skank, aproximando os dois até então separados.

— Foi muito bacana, mesmo sendo de parte de outra geração de Belo Horizonte,ver o Lô quebrando esse gelo. Na época, as pessoas criticavam a música que a gente fazia e outras bandas novas faziam por serem diferentes de Milton ou do Clube da Esquina. Interpretei como um aceno ao nosso trabalho ele ter gravado uma música do Skank, acabando com essa distância entre as gerações. Pra mim, foi motivo de orgulho.

Nestes mais de 13 anos de parceria, Samuel Rosa e Lô Borges compuseram muitos sucessos e encontraram a sintonia perfeita para registrar esse encontro num DVD. "O projeto tomou corpo", ponderou o vocalista do Skank, que segue em turnê com a banda ao mesmo tempo em que toca os shows com Lô.

— Estes projetos paralelos que cada um da banda tem trazem benefícios para o Skank, é saudável para a nossa música. O meu encontro com o Lô e com a composição dele contribuíram muito para a minha evolução, para o meu crescimento musical. Eu sempre acreditei no encontro dentro da música. A prova disso é que estou numa banda até hoje, já compus música com muita gente. É nesses encontros que a gente faz as melhores coisas, que a gente anda e evolui.

 Os dois compositores levam seus sucessos para o restante do Brasil numa turnê. Para Samuel Rosa, os fãs podem esperar um show à altura da fama e do sucesso deles.

— Os fãs podem esperar o básico, que deveria ser uma condição imperativa em qualquer projeto musical: muito envolvimento, muita entrega, muito comprometimento. Estamos felizes em compartilhar com as pessoas a nossa música, duas pessoas fazendo o que querem fazer. É tudo pela música, pela mais autêntica paixão e amor pela música. Isso deveria ser a condição básica para qualquer artista. Infelizmente, não é assim hoje em dia. Até no Skank, que tem 20 anos, a gente cuida para eu consiga preservar a paixão pela música. Observar essa condição que é necessária para não transformar a banda um show de Las Vegas, sabe? Duas vezes por dia, uma coisa totalmente mecânica, totalmente ensaiada e só por business. O nosso projeto é a antítese disso tudo.

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