Meus caros, é com grande orgulho que venho apresentar este grande menestrel das gerais,
JORGE DIKAMBA.
Semana passada o seguidor do blog Paulo Regis da cidade de Pedra Azul -MG me enviou um arquivo
zipado contendo uma coletânea dos dois discos do Jorge Dikamba "cantorias folguetos e quintais" e "dono do tempo".
Conhecia algumas musicas dele pelo you tube, uma vez que não tem nenhum arquivo para download do Jorge na internet, e este arquivo é exclusivo do canto sagrado.
Me encantei com a coletânea, o cara é bom demais e me fez lembrar Elomar e gostaria muito compartilhar este canto sagrado que vem lá da cidade histórica de Sabará - MG .
As canções, trazem o cheiro da terra, os aromas das flores do cerrado, os sabores condimentados do Gerais, riachos serpenteando entre pedras, sabiás e bem-te-vis. Queijo e café. Fé e folia. Amor, cachaça e viola. Histórias do povo. Com acompanhamento de violão, viola caipira, clarineta e sonoplastia percussiva, os arranjos remetem ao trovadorismo e ao movimento armorial, emoldurando a poesia das canções que enfocam elementos das culturas regionais brasileiras, tratados com apuro e sensibilidade. É música feita artesanalmente, para mentes perspicazes e corações sensíveis.
Elementos da música erudita e da cultura popular se misturam, trazendo reminiscências melódicas e literárias do rococó, do romantismo e do trovadorismo ibérico, remetendo o ouvinte à sonoridade do cerrado mineiro, à árdua epopeia dos sertões, descortinando paisagens e sentimentos. Amantes, jagunços, tropeiros, cangaceiros e lavradores humildes são personagens de histórias épicas e causos acontecidos nas veredas do sertão, no Brasil profundo.
Jorge Dikamba apresenta obras autorais que mesclam elementos do erudito e do popular, abordando temas presentes no nosso imaginário com reminiscências melódicas, de par com a inconfundível rítmica afro-mineira que caracteriza suas criações.
Em suas canções ecoam vozes múltiplas que remetem à árdua epopeia dos habitantes do agreste, à sonoridade do cerrado mineiro, aos sertões e ao Jequitinhonha, descortinando paisagens e sentimentos.
Afro-jazz mesclado ao regional mineiro, madrigal, com Seu estilo mescla elementos do jazz, da música regional, dos ritmos afro-brasileiros e dos folguedos populares.
Jorge Dikamba é um dedicado pesquisador das culturas brasileiras. Multi-instrumentista autodidata, realizou concertos, participou de shows ao lado de artistas de reconhecida competência e exerce intensa atividade junto a grupos de cultura popular em Minas Gerais há bastante tempo.
Compositor arguto, possui elevada capacidade de articulação com diversas linguagens musicais. Percussionista em espetáculos de danças afro-brasileiras, tem atuado com grupos e artistas de renomada competência. Acompanhou o Família Alcântara Coral em várias tour nacionais. Participou de eventos ao lado de grandes artistas mineiros, como Titane, Renegado, Helena Pena, Maurício Tizumba, Markú Ribas e Elza Soares, dentre outros. Fundou em 1998 a Cia. Baobá de Arte Africana (hoje Cia. Baobá Minas), com a qual fez dezenas de apresentações em vários estados do país. Foi instrutor de música para crianças em aglomerados de Belo Horizonte e em escolas da região. Participou do Festival Internazionalle del Folklore e Carnevalle del Pollino em Castrovillari e em Roma (Itália), acompanhando a Cia. de Danças Bataka de Belo Horizonte. Foi regente do coral infantil Todos os Cantos, formado por alunos da Escola Municipal Santa Luzia, na cidade homônima, onde lecionou Percussão e Canto Coral. Coordenador do grupo Tambores Gerais, em Sabará/MG, é também escritor – tendo publicado os livros Amani e A Menina Na Cadeira – e fundador da Borrachalioteca, biblioteca comunitária agraciada com o prêmio Viva Leitura e Ponto de Leitura por suas ações em prol da leitura e da inclusão social.
Telefone: 31-3432-2407/9651-9732
E-mail: producaodikamba@gmail.com
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