NADA SERÁ COMO ANTES - MILTON NASCIMENTO (exclusividade CSDT)
MILTON NASCIMENTO - NADA SERÁ COMO ANTES
50 anos de carreira de Milton Nascimento são celebrados com musical de Möeller & Botelho
Sobre
ele disse Elis Regina: “Se Deus cantasse, seria com a voz do Milton”.
Tom Jobim o chamou de “Rei da mata brasileira, uirapuru verdadeiro”.
Chico Buarque definiu: “Bituca manda em mim”. Já Caetano Veloso resumiu:
“Um talento na área da genialidade, uma coisa meio espiritual”.
Aclamado
como um dos maiores compositores e a grande voz masculina do Brasil,
Milton Nascimento completou 50 anos de carreira e 70 de vida em 2012.
Para
celebrar a importante data, a dupla Charles Möeller & Claudio
Botelho apresenta o musical "Milton Nascimento - Nada Será como Antes".
O
espetáculo, que marca o início da parceria da dupla Möeller &
Botelho com a GEO Eventos, traz clássicos de Milton interpretados, pela
primeira vez, em um contexto teatral.
Catorze
atores e músicos vão soltar a voz e o som de seus instrumentos para
reconstruir o universo do cantor e compositor nascido no Rio, mas
mineiro de criação e coração.
“Não
há uma divisão entre orquestra e atores: todos formam uma única voz a
serviço da brilhante obra musical de Milton Nascimento”, explica o
diretor Claudio Botelho.
“A
palavra na obra do Milton é muito forte. A palavra é muito simples, é
direta. As imagens são muito precisas e nós já trazemos essa música no
nosso inconsciente, no nosso interior. Ao mesmo tempo em que é fácil por
a gente conhecer e amar a obra, é difícil porque temos que fazer uma
releitura”, afirma o diretor Charles Möeller.
"O mais importante para nós era a obra, tentar olhar as canções do Milton de um ponto de vista teatral", complementa Botelho.
“Ter
minhas músicas num espetáculo dessa envergadura é muito mais que um
sonho para mim. Tive que disfarçar o choro”, diz o próprio Milton
Nascimento, que assistiu a um ensaio poucos dias antes da estreia.
A simplicidade dá o tom
Assim
como "Beatles num Céu de Diamantes", outro sucesso da dupla Möeller
& Botelho, "Milton Nascimento – Nada Será Como Antes" não tem perfil
biográfico. Não há uma historinha, nem diálogos. O formato segue o
estilo ‘revista’, com foco primordial nas canções. O contexto é uma casa
no interior de Minas, onde amigos, tal como no Clube da Esquina, se
reúnem para cantar, tocar instrumentos e viver histórias.
"Não
queríamos marcas circenses nem coreografias, mas um olhar que
significasse muita coisa. O Milton tem uma singeleza que, se o ator não
tiver dentro de si, não vai conquistar", diz Möeller.
Marya
Bravo, Claudio Lins, Tatih Köhler, Pedro Sol, Estrela Blanco, Jules
Vandystadt, Cássia Raquel, Jonas Hammar, Wladimir Pinheiro e Sergio
Dalcin dividem a cena com os músicos Delia Fischer – também responsável
pelos arranjos –, Lui Coimbra, Whatson Cardozo e Pedro Aune.
Os
figurinos, assinados por Charles, têm um ar de ‘roupa vivida’, como se
tivessem saído de um antigo baú. “Milton fala de temas fundamentais com
uma simplicidade e um despojamento sem igual. Sem levantar bandeiras,
ele fala de negritude, mas também do branco, do latino. É universal ao
falar de Minas Gerais e do seu universo particular de amigos e
artistas”, resume o diretor.
As muitas estações de Milton
A
vastidão da obra foi um desafio encontrado pela dupla na hora de
selecionar o repertório final e formatar o roteiro do espetáculo.
“Chegamos a pensar em fazer somente o 'Clube da Esquina', para ter um
recorte mais focado, mas seria injusto deixar dezenas de clássicos de
fora”, explicam os diretores, que optaram por uma divisão do musical em
quatro atos correspondentes às estações do ano.
Enquanto
composições que remetem a um solar imaginário interiorano ('Bola de
Meia, Bola de Gude', 'Aqui é o País do Futebol') compõem o 'Verão`, 'A
Cigarra', 'Um Girassol da Cor do seu Cabelo' e 'Nuvem Cigana' dão
colorido à Primavera. Clássicos que atravessaram gerações ('Cais',
'Caçador de Mim', 'Encontros e Despedidas' e 'Faca Amolada') moldam o
Outono e continuam pelo Inverno, com 'Nada Será como Antes' e 'O que foi
Feito Devera'.
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