Pedro Antônio é compositor, instrumentista e intérprete de música
regional mineira. Regional aqui entendido como sinônimo de
mineiridade, já que o artista é de Paracatu/MG, região do noroeste do
Estado. É um dos fundadores do grupo vocal/instrumental: "Mina das
Minas" com o qual gravou dois discos e excursionou pela Europa. Neste
primeiro trabalho solo faz uma ponte entre a tradicional MPB e a música
caipira de fato. Traz 14 composições, sendo 13 próprias recheadas de
pura poesia, algumas inspiradas no grande mestre "Guimarães Rosa".
Da tradicional toada mineira, o cantor,
compositor e instrumentista Pedro Antônio resolveu abrir o jogo em Carta
ao velho Rosa. Está lançando seu primeiro disco solo independente desde
que trocou São Paulo pela Paracatu natal. Viver, amigo Rosa/ Se já era
perigoso, ficou muito mais custoso, não se arranja nem peão/ Já não
posso com mais nada, minha velha já nem fia/ Então a gente desconfia que
é o fim dessa meada?, desabafa já na faixa-título. Com mais de sete
minutos de duração, para a surpresa do artista, a canção costuma tocar
em emissoras de rádio do Noroeste mineiro.
Produzido pelo
paulistano Luiz Waack, ex-guitarrista de Itamar Assumpção, e distribuído
nacionalmente pela Tratore, o disco, explica Pedro, deu-lhe a
oportunidade de manifestar a influência do autor de Grande sertão:
veredas em sua música, de sonoridade assumidamente interiorana, porém
com capacidade de tocar ouvintes universalmente.
A faixa-título
já vinha sendo trabalhada em festivais, revela o cantor. Para se
adaptar mais adequadamente ao universo de Guimarães Rosa, aderiu à viola
há cerca de dois anos. ?Relutei um pouco, pois não queria ser mais um
violeiro, mas acabei me dando uma de presente, depois de ganhar a letra
de Joana, de Consuelo de Paula, conta.
Galba (São sertões), Zé
Alexandre (Alpendre), Luiz Salgado e Adolfo Figueiredo (Carta ao velho
Rosa), Paulo Delfino (Morenamérica), Luiz Salgado e Antônio José
Guimarães (De lua e chuva), Luiz Salgado e Adolfo Figueiredo - (trem de minas) (Pomar) são
os outros parceiros da empreitada rumo ao universo mágico de Guimarães
Rosa. Sozinho, Pedro assina as faixas Pedrinhas, Palavras não,
Procurando paz, Cipreste, Cantadores do cerrado, Além do nariz e Ontem é
hoje, amanhã já passou.
A fazenda herdada no município de
Guarda-Mor, vizinho a Paracatu, e a saturação do mercado profissional
paulistano convenceram Pedro Antônio a voltar à terra natal, deixando a
carreira no grupo Terramérica, de música latino-americana. Paralelamente
à carreira solo, o cantor prossegue com o grupo Minas das Minas (com o
qual morou dois anos em Portugal).
A falta de espaços para shows no
interior de Minas levou o artista a criar, em parceria com o Sindicato
Rural de Paracatu, o projeto Vida de viajante, que tem contribuído para
movimentar vida cultural da cidade de 88 mil habitantes. É trabalho de
formiguinha, conclui.
Com 19 anos de intensas atividades, o Trem das Gerais é um
grupo musical genuinamente popular da cidade de Araguari. Atuante em Araguari e todo o
Triângulo Mineiro, é tido por seu público como um grupo defensor da
cultura popular e do Cerrado Mineiro. Formado por quatro integrantes da
mesma família, o grupo compõe belas canções que exaltam temas como a
cultura, preservação do Cerrado e as lutas cotidianas do nosso povo.
Adolfo e família numa apresentação do Trem das Gerais
( coloque pausa no play de musica do blog para poder assistir)
Uma vida misturada à cultura popular, nadando sempre contra a
corrente. Assim podemos resumir um pouco da história do casal Adolfo e
Vânia Figueiredo. Adolfo tem toda uma vivência na música popular e
tocando na noite na década de 80 conheceu Vânia, filha de Cantadeira do
Vale São Francisco. A música e o gosto pela verdadeira cultura de nosso
povo uniram o casal e envolveram os filhos antes mesmo de suas chegadas.
— Na barriga da mãe os meninos já conviviam com música — afirma Adolfo.
João Paulo e Pedro Lucas cresceram ao som da viola, dos batuques e dos passarinhos.
— A nossa casa sempre viveu cheia de gente, cantadores de todas as
partes da região se reuniam aqui, não tinha hora para terminar — conta
Vânia.
Em 1996, de forma espontânea, a família se formou como um grupo musical. Assim começa a História do Trem das Gerais: Adolfo (violão e voz), Vânia (voz e percussão), João Paulo (percussão) e Pedro Lucas (viola caipira e violão de aço).
— Tudo em Minas é trem, faca é trem, bola é trem, caneta é trem. Como
cresci em meio a trilhos e vagões e queremos passar a ideia de
movimento, optamos por esse nome — explica Adolfo, que é filho e neto de
ferroviários.
Em 2003 o grupo lançou seu primeiro álbum chamado Cantos Gerais.Três anos depois veio Embornal de Cantoria,
um belo trabalho que faz jus ao seu título. Embornal, entre outras
definições, é o nome que se dá a uma pequena sacola confeccionada em
tecido grosso, usada a tira-colo, também chamada de matula. No caso do
segundo disco do grupo, é o local onde se encontram preciosidades da
cultura brasileira, as manifestações existentes no Cerrado mineiro, ao
mesmo tempo em que o próprio Cerrado também é um embornal, guardador das
tradições.
Influências,
parcerias e resistência
— A nossa influência musical vem muito daqui do Cerrado Mineiro.
Esse grande palco cultural. São inúmeros cantadores que têm na sua
estrada e história uma identificação com a nossa história e o que
pensamos sobre cultura popular — diz Adolfo.
— A nossa infância, a nossa vivência na beira dos rios, as cantadeiras,
as lavadeiras, pessoas simples do povo, essas são nossas grandes
influências. Além de estímulo para continuarmos a luta — afirma Vânia.
O grupo não esconde a referência também em grandes artistas da música
brasileira. São vários nomes, uns menos conhecidos, outros já
reconhecidos, mas que definitivamente marcaram a trajetória do grupo.
— Como não falar em João Bá, grande músico brasileiro que produziu o
primeiro álbum do Almir Sater e tem inúmeras parcerias com Rubinho do
Vale e Dércio Marques. João Bá é nossa grande referência, pois é um
músico popular que se identifica com seu povo. No que diz respeito à
harmonia musical, não podemos deixar de falar do bem que faz aos nossos
ouvidos a música de Villa Lobos e do Clube da Esquina — declara Adolfo.
A vida do povo... nossas canções
— A nossa música surge do simples. Ela surge da labuta diária do povo
que almeja dias melhores e procura viver em um meio ambiente melhor.
Voltar as pessoas para a simplicidade. Este é um de nossos grandes
objetivos — diz Vânia.
Adolfo em sua oficina de instrumentos musicais
Ao longo dos anos, o grupo foi percebendo que o cotidiano do povo
estava sempre presente nas rodas de conversa e em suas mentes e corações
e que, nesse sentido, deveriam colocá-lo a favor de uma crítica social,
com um compromisso de fazer esse mesmo povo refletir sobre as questões
políticas e culturais. Assim foram nascendo canções que procuraram
absorver o máximo do dia-dia de luta dos trabalhadores.
— O artista é como uma antena, ou seja, ele capta para seu universo a
realidade do povo. Os músicos têm que ter sensibilidade, não dá para
fazer música alheia às contradições do mundo em que se vive — explica
Adolfo
— Por isso, dizemos que fazemos música para alertar, música de
militância. É uma arma que temos para lutar contra a destruição do nosso
Cerrado e da cultura popular — acrescenta.
Empurrando
goela abaixo!
Além de compor e cantar música popular de qualidade, o grupo é
bastante politizado. Participa ativamente das discussões sobre os rumos
da música nacional.
— Não cantamos só meio ambiente. Nossas letras e canções são contra as
imposições, falamos das dificuldades dos artistas que lutam por
valorizar a verdadeira cultura popular. Cutucamos sempre os donos do
poder — argumenta Adolfo.
— A nossa luta diária é contra o que chamamos de grande mídia. Ela é uma
grande farsa, é impositiva. Falam em mídia democrática, mas não é nada
disso. São esses meios de comunicação que provocam essa situação em que
qualquer porcaria é considerada cultura. Não apresentam outras
possibilidades, empurram essa podridão goela abaixo — aponta Vânia.
No entanto, o grupo é ciente de que apesar das dificuldades é preciso continuar levantando as bandeiras de luta.
— O artista popular hoje tem quase que mendigar apoio, ou então bancar
de seu próprio bolso. Resistimos ainda por que somos apaixonados por
música e entendemos que não podemos deixar apagar a chama da cultura
popular, embora saibamos que o investimento por parte do poder público é
bem irrisório e a iniciativa privada tem sempre seus interesses — diz
Vânia.
— Por isso, nadamos contra a corrente, apoiamos em nossas próprias
forças e na solidariedade do nosso povo. Não descartamos os patrocínios,
mas não aceitamos nenhum tipo de financiamento de empresas ou governos
que queiram impor uma linha a seguir. Somos coerentes com nossos ideais —
explica Adolfo.
Cantar, ensinar, aprender e trabalhar!
Adolfo é um poeta, violonista de mão cheia. Vânia é dona de um
timbre especial de voz. João é percussionista de ouvidos atentos e
Pedro, embora muito jovem, domina uma viola como "gente
grande".
Com qualidades musicais e artísticas tão marcadas, o grupo não
monopoliza esses dons, se assim podemos dizer. Eles têm a concepção que a
cultura e arte devem ser transmitidas não só através das apresentações,
mas também por meio do contato com as pessoas, no ato de ensinar e
aprender.
O Trem das Gerais confecciona seus próprios instrumentos. São
violas, violões, rabecas, instrumentos de percussão. Estes são
utilizados nos espetáculos, nas apresentações de outros grupos da região
e nas oficinas realizadas com crianças e adolescentes de Araguari. É
uma oficina de musicalização e confecção de instrumentos, e dura cerca
de 2 meses.
— Nesse trabalho temos depositado um enorme carinho e atenção. Recebe o nome de Nas Trilhas de Minas
e tem o objetivo de proporcionar a crianças e jovens uma visão
cultural, sonora e social da música popular, além criar espaço de
debates e reflexões com essa criançada para assim perceberem a realidade
que vivem e com muita luta transformarem essa situação — explica o
grupo.
E, segundo Adolfo, a militância é o que não pode faltar ao grupo.
— Continuaremos realizando as oficinas, discutindo política e cultura, e
esperamos a oportunidade de poder apresentar em alguma atividade do
movimento camponês aqui da região.
Como convidados participaram dos discos:
CD Trem Bão – Luiz Salgado
CD Sina de Cantadô – Luiz Salgado
CD Emcantar – Grupo Emcantar
CD Mutirão – Grupo Emcantar
CD Procurando Paz – Pedro Antônio
Algumas participações em programas de TV:
Viola Minha Viola –Rede Cultura de Televisão São Paulo-SP
Programa Terra de Minas- Globo Minas Belo Horizonte-MG
Programa Arte na Praça pela TV Universitária Uberlândia-MG
Programa Café com Prosa TV Integração Uberlândia-MG
Jornal Hoje Rede Globo São Paulo-SP
Programa Riscos e Rabiscos TV da Gente Araguari-MG
Palco na TV Canal 15 TV da Gente Araguari-MG
Programa Cidade Especial TV Universitária Uberlândia-MG
Projetos realizados pelo grupo:
Brasil 500 anos de Mandioca no ano 2000.
1° e 2° Encontro dos Trens em 2002 e 2003.
1° e 2° Cantadores do Cerrado em 2004 e 2005.
Nos Trilhos de Minas em 2007, 2008 e 2009.
Realizaram apresentações em Belo Horizonte-MG, São Paulo-SP,
Uberlândia-MG, Uberaba-MG, Araguari-MG, Patos de Minas-MG,
Patrocínio-MG, São Gotardo-MG, Araxá-MG, Tupaciguara-MG, Campina
Verde-MG e Prata-MG entre outras cidades.
Contatos: 034 3241 1893 . 034 8401 0884
tremdasgerais@yahoo.com.br
O Coral surgiu há mais de 50 anos no quilombo Caxambu, localizado em Rio
Piracicaba, distrito de João Monlevade - Minas Gerais. O quilombo é formado por
descendentes de dois povos africanos, os Wazilhes e os Angolanos. Na
década de 50, o casal Filomena Tomázia e seu marido Pedro costumavam
reunir seus filhos pequenos para ensiná-los cantigas aprendidas com seus
antepassados. Eram cantos de alegria ou de tristeza, provocados pelos
momentos vividos quando livres ou escravizados.
Mais tarde, na década de 60, seu filho Pedro Antônio começou a reunir a
família para cantar nos fundos da igrejinha local, surgindo aí o coral. A
iniciativa ajuda a transmitir de geração em geração as vivências
culturais, as artes e os hábitos milenares que são observados e seguidos
pela família no seu cotidiano. Falecida em 2001, Filomena Tomázia
chegou a ver realizado o sonho de ter seu trabalho cultural seguido
pelos filhos, com a criação da Associação Família Alcântara. Através
dela, seus descendentes realizam projetos de pesquisa e resgate da
cultura de raízes dos antepassados negros em várias áreas, como o canto,
a dança, a culinária, o artesanato e a literatura. release
o começo do anos 1960, uma senhora que
cantava na missa da Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em Padre Pinto
(MG) - distrito de Rio Piracicaba, antigo Quilombo do Caxambu -,
convidou um menino (cuja bela voz já havia chamado a atenção dos
professores na escola) para acompanhá-la. “Eu disse não, mas ela
insistiu e aceitei. Gostei da idéia, criei coragem e fui. Tremi, molhei a
camisa de nervoso. Foi uma emoção e tanto, mas com muita aflição”,
recorda Pedro Alcântara, hoje com 56 anos. Passada a tensão da estréia,
ele continuou na atividade. Procurando aprimoramento, pediu ao padre
para formar um coro que, além de sua parceira inicial, contava com
outros integrantes da família – pai, mãe, irmãs, primos etc. E, assim,
em 1963, com oito integrantes, a Família Alcântara fazia sua estréia
musical nas celebrações de Nossa Senhora do Rosário. O templo foi o
único palco deles até 1975, quando uma participação em um festival de
corais abriu palcos que não os religiosos. “São integrantes de zero – como a Beatriz e a Alice – aos
setenta e poucos anos”, conta Ivone de Fátima, 56 anos, diretora do
grupo, cantora e cúmplice de Pedro Alcântara (“éramos os caçulas e
fazíamos tudo juntos”) nas aventuras que fizeram surgir o coral. Com
dezenas de apresentações no Brasil e incursão internacional – duas
apresentações em Lisboa, Portugal – além de três discos e duas peças que
contam a história do grupo. O que gostariam de ganhar como presente de
aniversário? “Um ônibus”, responde Ivone. “Temos apresentações em locais
distantes e o preço do transporte fica mais caro do que o cachê que
recebemos”, explica, apontando uma fonte inevitável de problemas. “Quem
mais quer o nosso trabalho pouco pode”, observa.
“Escolas,
entidades públicas, prefeituras sempre pedem a nossa música para
trabalhos de instrução e quando precisam de ações para levantar a
auto-estima de crianças e comunidades”, conta Ivone, garantindo que boa
auto-estima é o que não falta à Família Alcântara: “Temos vida simples,
mas somos felizes. A alegria para nós está acima de tudo. Cantar, sermos
aplaudidos pelo que fazemos, as pessoas pedirem bis, é muito
gratificante”, completa. “Somos uma família igual a todas as outras,
cada hora tem um problema, mas ele fica no camarim. Depois que toca o
terceiro sinal e é hora de entrar no palco, tudo o mais fica para trás”,
afirma. “A diferença de fazer música com parentes – brinca – é que não
dá para substituir. Brigou? Tem de esperar fazer as pazes”. Ela é quem
mais dá bronca na turma: “Você pode ser tudo na vida, menos
irresponsável”, justifica.
FOLCLORE Pedro
Alcântara, o maestro da Família Alcântara, explica que o repertório do
grupo é voltado para resgatar o folclore brasileiro e os cantos do
congado, que foram adaptados para coral por ele. Estão no repertório
algumas canções escritas pela irmã Casimira, também autora das peças que
contam a história da família. “Nossa música é técnica, coração e
tradição. Com o objetivo de manter a família unida e divulgar a cultura
afro-brasileira”, explica. A música era hábito familiar, incentivado
pelos pais. Não havia projeto de formar um coro. Ele conta que Ivone
sonha com um disco ao vivo. Há também planos de construção de uma sede,
para facilitar ensaios, com escritório e guarda-figurinos. Mas isso não é
prioridade. DOWNLOAD: CORAL FAMILIA ALCANTARA - CANTO SAGRADO DA TERRA.rar
Geraldo
Tadeu Pereira Franca, conhecido pelo nome artístico de Tadeu Franco,
nasceu em Itaobim, Minas Gerais, em 19 de agosto de 1957. Filho de
Didico de Sousa Franca e de Esmeraldina Rodrigues Franca. Aos cinco anos
de idade, Tadeu mudou-se para Teófilo Otoni onde, ainda pequeno, canta
em festas de aniversário da vizinhança. Chegando em Belo Horizonte,
trabalhou como vendedor, mas foi cantando na noite que conheceu Milton
Nascimento. Em 1982, Bituca o convidou para gravar a música “Comunhão”,
que faz parte do disco “Missa dos Quilombos”, ao lado dele e da cantora
Simone. Grava, ao lado dos dois, o videoclipe de “Comunhão”, que é
apresentado com sucesso na Rede Globo. Em 1984, lança o disco
“Cativante”, com produção e direção de Milton Nascimento, arranjos de
Wagner Tiso e Túlio Mourão e músicas de Tavinho Moura, Zé Renato e do
próprio Milton. Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, recebe o título
de cidadão honorário e a comenda Rômulo Paes de Mérito Artístico.
Tadeu se eternizou como cantor com a lindíssima canção de amor composta por Celso Adolfo, "nos dois".
A HISTÓRIA de MONTE VERDEA
cidade de Monte Verde foi fundada pelos pioneiros, Sr. Verner Grinberg
(falecido em 13/08/2006 aos seus 96 anos de idade) e pela sua esposa
dona Emília e o sobrenome da família deu o nome à cidade: “grin”, verde,
e “berg”, monte e além disso também tem muita relação com a paisagem. A
família Grinberg chegou ao Brasil em 1.913, (pre 1ª guerra mundial)
eles vieram da Letônia e foram morar em 1.921 na então recém-fundada
Colônia Varpa, próxima à cidade de Paraguaçu Paulista que fora fundada
pelos seus patrícios letões. Nesse lugar conhece sua futura esposa, dona
Emília Leismeir quando se casaram resolveram passar a lua-de-mel em
Campos do Jordão, região esta, muito semelhante com a sua terra natal; o
jovem casal que adorou o clima de montanha e as paisagens da Serra da
Mantiqueira. Em 1.936, ouviram falar dos Campos do Jaguari, município de
Camanducaia hoje Monte Verde, lugar de clima e paisagens semelhantes a
Campos do Jordão. Imbuídos de espírito empreendedor, resolveram subir
até o pé da Serra da Mantiqueira em lombo de burro, abrindo picada no
meio do mato. Em 1.938, ali adquiriram terras e iniciaram a formação de
uma fazenda. Com o passar do tempo, muitos dos seus amigos e conhecidos
começaram a sentir atração pelo lugar.
CONHEÇA MONTE VERDE
Monte
Verde é um distrito do município de Camanducaia, estado
monteverdebrasileiro de Minas Gerais. Tem acesso pela rodovia Fernão
Dias distando da cidade de São Paulo cerca de 168 quilômetros, sendo 30
deles em estrada íngreme. Em 2009 o governo do Estado de Minas Gerais
comprometeu-se a melhorar a infra-estrutura da região.
Está a
1554 metros de altitude, com ótimas pousadas tem como característica
principal a natureza e o frio na temporada de inverno. Seu clima é
tropical de altitude, com características de clima subtropical devido ao
seu relevo montanhoso (tropical de altitude Cwb), segundo a
classificação do clima de Köppen, mesmo em baixa latitude: 22º51'47"
sul, sua temperatura atinge valores negativos no inverno (mês de Julho).
Seus verões são amenos e chuvosos e seus invernos são frios e pouco
secos.
mvMonte Verde ganhou em 2008 o título de melhor destino de
inverno do Brasil e, em 2009, o título de cidade mais romântica na
votação promovida pelo site Viajeaqui e revista Quatro Rodas, da Editora
Abril. Sua paisagem está destacada por árvores de Mata Atlântica,
como o ipê e o carvalho, mas também possui vegetais de áreas
subtropicais mescladas a estas outras, como o pinheiro-do-Paraná ou
araucária, e os Cedros entre outras árvores aqui não descritas. Se
fosse um município, esse seria o 2º (segundo) município com a sede mais
alta do Brasil perdendo apenas para a cidade de Campos do Jordão, no
estado de São Paulo, que está à 1628 metros de altitude. Seu acesso é
difícil para aqueles que vêm dos estados do Norte ou que vem do Rio de
Janeiro, pois não há uma estrada direta para se chegar lá. Somente
cruzando o estado de São Paulo ou vindo de Belo Horizonte, a Rodovia
Fernão Dias é que se tem acesso à região.
Natural da cidade de Patos de Minas, Gláucia foi criada no meio rural, de um lugarzinho típico das gerais para o mundo, considerada por muitos uma das melhores cantoras do Brasil na atualidade, e não é para menos Gláucia esbanja talento e musicalidade.
Ninguém sabe ao certo onde começa uma canção. Se é a
letra que vem primeiro, se é a melodia. Surge um tema na cabeça do
autor, será assim? Ou de repente ele assovia ao acaso e descobre a
música certa pro seus versos? Vida de artista também é assim, não tem
começo programado. Há quem receba o talento de herança, há quem seja o
primeiro em gerações a se meter com alguma arte. Há quem se construa
como artista, escolhendo a arte por caminho e talhando em si mesmo a
vocação que o berço lhe negou. E há quem se descubra artista assim do
nada, de repente, como quem recebe uma benção em forma de dom.
Mas
quem disse que vida de artista é simples? Muitas vezes o destino
inventa um labirinto entre o artista e sua arte e, nesse caminho, muitos
talentos se deixam ficar na estrada. A menina que viveu tão de perto a
música de seu país cresceu vendo seus passos se afastando das pegadas da
cantora que ela sempre soube que seria. Entretanto, Glaucia Nasser se
mostrou um exemplo vivo de que sonhos são feitos para serem vividos, não importa quando e nem onde. Quando percebeu
que seus passos estavam se afastando daquilo que amava, Glaucia decidiu
largar tudo para se lançar em sua paixão, a música. O fato é que essa
paixão se reflete em seu trabalho com canções que mostram, como poucos,
todas as nuances da emoção humana e, além de conquistar fãs em diversos
lugares, essa forma singela de compor e criar lhe garantiu elogiosas
críticas de nomes marcantes da nossa música como Nelson Motta, Roberto
Menescal, Ivan Lins, entre outras importantes pessoas do cenário musical
que endossam essa guinada artística na vida de Glaucia iniciada há 10
anos atrás.De lá pra cá, quatro CDs, inúmeros shows, prêmios,
elogios, indicações, aplausos. E também dificuldades, dúvidas,
ansiedades, críticas, questionamentos. Enfim, tudo o que forma e dá
consistência a uma vida de artista. Forma e consistência que conquistou a
admiração do público e lhe garantiu convites importantes como a
inclusão da faixa "Lábios de Cetim", de seu primeiro CD, na coletânea
Acoustic Brazil, do selo Putumayo, ao lado de nomes como Caetano Veloso e
Chico Buarque. A mesma música foi incluída na trilha sonora do filme "O
Visitante" que recebeu uma indicação ao Oscar 2009. Além do clipe de
sua outra música "Balanço Zona Sul” ser escolhido para ser exibido em
todos os aeroportos do Brasil, além de todas asaeronaves da TAM. Essa música faz parte do segundo CD da cantora,
"Bem Demais", que conta com um presente especial de Ivan Lins,
justamente a música que intitula o CD e dita o clima deste álbum, bem
demais.Mantendo a qualidade como peça chave de seu trabalho, em
2008, Glaucia lança seu terceiro CD, seu primeiro autoral, "A Vida Num
Segundo", que é incluido pelo jornalista e crítico musical belga Daniel
Achedjian na lista dos 20 melhores daquele ano, ao lado de nomes como
Lenine, Adriana Calcanhoto, Ney Matogrosso, Ed Motta, Chico César,
Caetano Veloso, Maria Bethânia, Skank, Milton Nascimento e Seu Jorge.
No
final de 2010, Glaucia lança seu CD "Vambora" e inicia um turnê que
roda o Brasil passando pelas principais capitais do país e conquistando
público e crítica com um show maduro, que explora os diferentes timbres e
sonoridades e que conta com direção musical de André Abujamra e
produção de Márcio Nigro.
Valendo-se de um repertório recheado de
canções fortes feitas em parceria com grandes nomes como Chico Amaral,
Carlos Rennó, Carlos Careca, Chico César, Alexandre Lemos, Rodrigo Bergamota, Magno Melo, Edu Krieger, André
Abujamra e Márcio Nigro, seu show tem encantado o público do Brasil e do
exterior, até mesmo em mercados competitivos como o dos EUA, onde a
cantora iniciou a turnê internacional de lançamento de "Vambora" e
participou do programa Fine Arts Concerts, série de concertos da rádio
WDNA 88.9 FM de Miami, emissora especializada em Jazz e World Music e
que tem 35 anos de atividade no ar. Essa incursão encantou o
multi-premiado percussionista Sammy Figueroa que decidiu iniciar uma
parceria única e inédita com a cantora que resultou em um disco único e
empolgante. Esse trabalho, inclusive, carrega um simbolismo importante
pois recebeu a chancela do lendário produtor Roy Cicala pouco antes dele
falecer. Roy, um mestre do som que trabalhou com John Lennon, Jimi
Hendrix, Aretha Franklin, Frank Sinatra, Bruce Springsteen entre outros
nomes que fizeram história na música mundial, se encantou com o projeto
que lhe foi apresentado por intermédio de Sammy e, mesmo sem conhece-la
pessoalmente, ofereceu seu estúdio e seu trabalho para a gravação da voz
da cantora. Infelizmente, por obra do destino, Roy saiu de cena antes
que esse encontro ocorresse, mas sua expertise e carisma estão presentes
espiritualmente neste trabalho, pois a voz de Gláucia foi gravada no
estúdio de Roy sob a tutela de seu discípulo.
Com um talento indiscutível e parcerias importantes, Gláucia Nasser
mostra um trabalho coeso e de qualidade, digno de figurar entre os
grandes nomes da música mundial. Tudo isso fruto de uma guinada radical
em busca de um sonho que essa menina, mulher, mãe e cantora decidiu
buscar. Gláucia é a personificação de uma canção, pois com as palavras e
frases de sua vida, ela decidiu criar versos e refrões e, assim,
transformar a sua história em uma bela melodia. Nossos ouvidos e
corações agradecem.
MACUCO PRODUÇÕES MUSICAIS R. Fidalga, 182 - Vila Madalena - SP
DEPOIS DE UMA CUIDADOSA PESQUISA DE MUSICAS QUE REVERENCIA A TERRA
SAGRADA ESTOU DISPONIBILIZANDO UMA COLETÂNEA FEITA POR MIM DE CANÇÕES
CHEIAS DE POESIA E A ARTE DE CANTAR A SUA ALDEIA...
1 - CANTUS QUATRO - ALDEIA MINEIRA
2 - SERGIO DE CASTRO - MINAS GERAIS
3 - SAULO LARANJEIRA - ESTRADA REAL
4 - EMILIO VICTOR - VERTENTES
5 - MARCELO TAYNARA - COR DE MINAS
6 - IVAN E PRISCILA - MINAS
7 - NOIS DO CANTO - SOU DE MINAS
8 - ALVINHO ALVES - PARAGENS
9 - MARCIO LOTT - ENCANTOS GERAIS
10 - ANDRE DO VALE - MINAS
11 - ROBSON RUAS - AFINS GERAIS
12 - SARAU TROPEIRO - AS MINAS
13 - MARCUS VIANA - PATRIA MINAS
14 - PEREIRA DA VIOLA - MINAS DE LUA
15 - ROBERTO DI PAULA - AQUI EM MINAS
Balanciô é uma palavra tirada de um batuque, tradição africana forte em
sua região, o Vale do Mucuri, MG, especificamente o Córrego do Norte
(Santa Helena de Minas). “Balanciô, balanciô, eu pisei na pedra, a pedra
balanciô, endireitou, endireitou, o mundo estava torto, Santo Antônio
endireitou”. A música que leva o titulo do cd foi composta por Bilora e
tem como abertura vinheta de um batuque gravado lá na Comunidade do
Córrego do Norte.
Também de lá, tem a participação do índio
Maxakali, Rogério Maxakali, na música Mai (Bom Sujeito). A música foi
composta por Bilora e a versão na língua maxakali foi feita por Rogério
Maxakali e Major Maxakali, índios da Aldeia Maxakali do município de
Santa Helena de Minas, única tribo em Minas que ainda preserva sua
cultura (língua, crença, etc).
O CD remete ao gingado, à dança,
ao movimento, com elementos da cultura popular mineira e brasileira.
Além do batuque, tem o moçambique (Véa Chica, do baiano Álisson Menezes)
que também é um voltado inteiro, uma forma popular de cantar voltando
sempre ao começo do verso; tem um xote misturado com coco (Teima do
Capim Dourado, de Josino Medina); um boi meio xaxado ( Mundaréu, de
Bilora e Paulim Amorim) música que abre o disco; tem uma mistura de
viola com Rap (Rap’ente, música de Bilora em parceria com seu filho
Djavan Carvalho); Rastapé (Viola Festeira, Bilora); Pagode de viola
(Parece, mas não é, de Bilora); um samba (viola no samba, de Bilora);
Calango (Beira mar, beira rio, de Bilora); tem um domínio Público
recolhido na Comunidade do Córrego do Norte com Ana de Sinvaldo e conta
com a participação das irmãs de Bilora Anedite e Laurita nos vocais (Boi
Preto); além de outras três músicas mais canção, mais leve: Antes do
Fim, parceria com Lula Barbosa e participação dele; Cantiga do Bem
Querer, de Paulim Amorim e Suspiro e Saudade, de Bilora. (loja a musica que vem de minas)
*Meus caros, por motivo de problemas nas faixas do cd original,(está
pulando) de nº 8/10/11/13, essas foram substituidas por outras tambem de
Bilora.
Grande destaque para as musicas "suspiro e saudade" e "guaiana", maravilhoso álbum, recomendadíssimo!
01 – Mundaréu – Bilora e Paulim Amorim
02 – Balanciô – Bilora
03 – Rap’ente – Bilora e Djavan Carvalho “Djah”
04 – Teima do Capim Dourado – Josino Medina
05 – May – Bom Sujeito – Bilora
06 – Beira Mar, Beira Rio – Bilora
07 – Suspiro e Saudade – Bilora
08 – Boi Preto – Dom. Público - Substituída por "Guaina"
09 – Cantigas do Bem Querer – Paulim Amorim
10 – Antes do Fim – Bilora e Lula Barbosa - Substituída por "Toca viola"
11 – Viola No Samba – Bilora - Substituída por "Calango da cidade"
12 – Véa Chica – Álisson Menezes
13 – Parece Mas Não é – Bilora - Substituída por "Viola inviolavel"
14 – Viola Festeira - Bilora
João Abreu mineiro da cidade de Passos começou tocar violão aos 12 doze anos, aos quatorze já estava
participando de festivais da canção. Ganhou alguns festivais, como
Passos-MG, Ribeirão Preto-SP, Orlandia-SP, São Simão-SP, Campinas-SP e o
Fecoc. sempre em parceria com seu irmão Gilberto Abreu, professor,
poeta, escritor e violonista.
João de Abreu quando canta "córdoba"vai aos limites da sensibilidade, com uma grande influencia do Mestre Dércio Marques.
Um canto sagrado que brota da terra, cresce e frutifica.
Grande cantador, mineiro bão de serviço tenho conhecimento de dois álbuns lançados "lorca balada louca' e "Duas faces".
Estou disponibilizando uma coletânea dos dois álbuns.
Contato para show e vendas de cds:
João Abreu
Em meados do século XVIII já eram muitos os caminhos que conduziam
às minas de Minas Gerais, mas também muitos eram os seus descaminhos.
Para evitar estes descaminhos a Coroa Portuguesa determinou que o ouro e
os diamantes deixassem as terras mineiras apenas por trilhas outorgadas
pela realeza, que receberam o nome de Estrada Real.
Inicialmente,
o caminho ligava somente a cidade de Paraty às províncias auríferas do
interior de Minas, a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto (Caminho Velho).
No entanto, a Coroa Portuguesa percebeu a necessidade de um trajeto
mais seguro e rápido ao porto do Rio de Janeiro, surgindo então o
caminho novo. Ainda no século XVIII, surgiram outras trilhas para
exploração dos diamantes – o belo Caminho dos Diamantes.
Cercados
de natureza exuberante e por pessoas acolhedoras, hoje estes caminhos
levam seus visitantes a conhecer belos atrativos de cada cidade, a
cultura, a história e até o passo a passo daquele maravilhoso pão de
queijo servido com um delicioso café quentinho ao pé do fogão a lenha.
Com
1600 km de extensão, além de sua importância como eixo principal do
ciclo do ouro, a Estrada Real exerceu papel fundamental no
desenvolvimento político, cultural e socioeconômico do Brasil.
Tamanha
riqueza transformou a Estrada Real na maior rota turística do Brasil,
que abriga algumas das mais belas paisagens do mundo.
Você não pode deixar de conhecer!
Olá a todos que estão esperando repostar a discografia de Celso Adolfo, devido ao tempo para repostar todos os álbuns, eu selecionei 23 musicas que eu mais gosto de todos os álbuns.
Irei repostar a discografia o mais breve possível.
Felipe Grilo, é mineiro da cidade de Passos cidade de grandes músicos. Do interior,
mas com alma do mundo, sempre teve ligação com as artes graças à sua
família. É cantor e compositor, de um jeito simples e sincero, tenta
expressar através de suas canções sua mensagem e falar do seu modo de
ver o mundo e ver a si próprio.
Começou a cantar em bares aos
18 anos, mesma época em que começou a tocar violão e compor. Nos últimos
anos lançou sem pretensão gravações lo-fi de músicas próprias. Em 2013
gravou um álbum de 9 faixas intitulado “Interiores”, com produção de seu
tio, Bábe Grilo, o trabalho independente trazia várias influências e
sonoridades.
O EP Mais Simples, que conta com quatro faixas autorais que
exploram influências de folk/pop. Efeito Solidão, primeiro
single, já tem clipe em rotação no youtube. A música Simples, de onde
foi tirado o nome do EP, versa sobre o desejo de “que a vida possa ser
mais simples” após o fim de um relacionamento. O trabalho ainda conta
com Próprio Clandestino e Delicado Amar que completam as quatro faixas
do EP, todas assinadas de forma solitária pelo compositor que pela
primeira vez se arrisca em repertório mais emotivo, tão pessoal quanto
seu álbum anterior, mas expondo lado pouco explorado, já sinalizando
mudanças que poderão se refletir em trabalhos futuros.
Muito bom e sincero o trabalho do Felipe, vale muito conhecer!!!!!!!!!!!!!!!!
Os links para compra/download free e audição do álbum podem ser conferidos no site www.felipegrilo.com