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domingo, 27 de abril de 2014

LÔ BORGES CONVIDA MILTON NASCIMENTO - REPOST A PEDIDO - EXCLUSIVIDADE CANTO SAGRADO

MILTON NASCIMENTO E LÔ BORGES AO VIVO EM RECIFE PARTE I E II 


Nada daquela banda obscura de um país distante. Nem adolescentes hypados pela mídia ou descobertos pela internet. A atração mais inusitada do Festival No Ar: Coquetel Molotov 2009 é velha conhecida dos brasileiros.

Milton Nascimento e Lô Borges enceraram a programação, no Teatro Guararapes. Eles vêm à cidade com um projeto que revisita as canções do Clube da Esquina, projeto dos anos 70 que rendeu dois álbuns antológicos e cujos desdobramentos mal poderiam os criadores imaginar.

É de supor que o Coquetel Molotov, até pouco tempo rotulado como evento indie, ao convidar ícones da MPB e migrando para o Centro de Convenções, queira diversificar seu público e com isso consolidar uma imagem mais madura. Outro viés é a admiração que o Clube da Esquina, projeto surgido na adversidade política da ditadura, desperta nos jovens ligados à nova música independente. Em qualquer caso, é para celebrar que Milton e Lô, que quase nunca se encontram, voltem a pisar no mesmo palco.

Lô Borges convida Milton Nascimento traz 20 canções novas e antigas e foi apresentado somente em São Paulo, no início do ano. O show funciona assim: na primeira metade, Lô canta, acompanhado por sua banda, músicas próprias, do início de carreira, e dos três últimos álbuns . Quando Milton entra em cena (com dois de seus músicos), é hora de canções como Trem azul, Girassol, Nada será como antes, Cais e Para Lennon e McCartney. Entre uma e outra, há intervalos de prosa entre compadres. Algumas terão arranjos diferentes dos originais, e o destaque é CAIS que ficou com um arranjo totalmente de rock progressivo, um dos melhores arranjos para essa canção.
"A divisão maior era entre eu e ele. E Lô é o que eu sempre gostei mais", diz Milton, em entrevista ao Diario. "Reviver isso agora é algo muito feliz. É algo forte porque nossa amizade musical nunca diminuiu, mas quando chegamos no palco foi forte. Tenho certeza que o show do Recife será especial".

"O normal seria Milton convida Lô Borges, pois sei bem distinguir o meu tamanho e o dele", diz Borges, por telefone. Ele explica que o conceito do show foi ideia do Museu Clube da Esquina, instituição virtual dedicada a recuperar a memória do projeto. "Fiquei muito satisfeito, pois Milton é meu padrinho musical, foi o primeiro a gravar minhas músicas. Ele já era um artista conhecido, quando me encontrou nas ruas de Santa Tereza, em Belo Horizonte e convenceu a gravadora a lançar um disco com um desconhecido. Ali começou minha carreira, eu tinha 17 anos".

Dependendo dos convites, os shows podem continuar. No entanto, a possibilidade de um terceiro volume do projeto está descartada. "O Clube da Esquina 3 já existe e se chama Angelus (álbum de Milton lançado em 1993). Ele começou em uma fazenda em Minas Gerais na cidade de  Esmeraldas. Armamos um estúdio no curral, onde no fim da tarde precisava parar a gravação para tirar leite da vaca. E ele foi acabar em Nova York, com vários músicos brasileiros e americanos do jazz e pop, entre eles Peter Gabriel", diz Milton.

Ele diz que o Clube da Esquina repercute até hoje e isso tem rendido visibilidade não só para ele, mas para músicos como Toninho Horta, Flávio Venturini e Beto Guedes. "Foi algo muito feliz, abriu caminho, inclusive lá fora. Há 5 anos, graças à remasterização feita por João Marcelo Bôscoli, outros países descobriram o Clube da Esquina. Mas ele não era um clube, como as pessoas de fora pensam. Até hoje tem gente que vem para Minas e pergunta onde fica o Clube da Esquina".

(Diario de Pernambuco, 13/09/09)

MAGNIFICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! DESTAQUE PARA "CAIS' NUMA BATIDA PROGRESSIVA A LA MINAS GERAIS!
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CANTO SAGRADO
PARTE II
  CANTO SAGRADO

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