Disco independente lançado pela dupla de compositores e musicistas
mineiros, em 1986.
Texto do poeta Gildes Bezerra, extraído do encarte do LP:
MUITOS BENS!
Luiz Celso já integrou os grupos Água Doce e Degrau, ambos de Itajubá. O
Jorge, o Grupo Sol, de Brasópolis. Cidades vizinhas. Tons vizinhos.
Dispersos os grupos, como já se conheciam musicalmente, juntaram seus
violões, suas vozes, suas composições - BENS que há muito tempo possuem -
e gravaram este LP. O Jorge, com o Grupo Sol, já havia gravado o
"Amanheceu".
Luiz Celso tem músicas gravadas por Ivan & Pricila, no LP "Hortelã"
e pelo Clóvis Maciel [no LP "Sagrada Estrada"
que como o Ivan e o próprio Luiz Celso é, também, ex-integrante do Água
Doce.
Enquanto o Jorge faz as suas cantorias brotarem da mineiridade das
terras mantiqueiras, Luiz Celso faz as suas raiarem entre ternura, humor
e a claridade que se espalha com harmonia sobre os vales e serras do
Sul das Gerais.
Eles cantam BENS!
1. Bens [Gildes Bezerra/Luiz Celso Carvalho]
2. Estrada de Terra [Jorge Brito Murad]
3. Ventos de Maio [Gildes Bezerra/Luiz Celso Carvalho]
4. Claro [Jorge Brito Murad]
5. De Volta às Galerias [Luiz Celso Carvalho]
6. Amanheceu [Jorge Brito Murad]
7. Velha Estação [Jorge Brito Murad]
8. Recado [Luiz Celso Carvalho]
9. Canto Forte [Gildes Bezerra/Luiz Celso Carvalho]
10. Saudades de Minas [Jorge Brito Murad]
11. Bananíadas [Gildes Bezerra/Luiz Celso Carvalho]
12. Mário [Luiz Celso Carvalho]
Luiz Celso: piano, violão. viola requinta, violão de sete cordas, sintetizador Korg, sintetizador Crumar e voz.
Jorge Murad: violão. viola requinta, baixo elétrico, surdo, cuíca (de boca) e voz.
Disco ripado de vinil e remasterizado em 320kbps
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CANTO SAGRADO
"SOU DA TERRA DO OURO, DAS SERRAS AZUIS,DOS CAMPOS GERAIS, SOU DO MUNDO, SOU MINAS GERAIS"
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domingo, 15 de outubro de 2017
DELICIAS DE MINAS
História em fornadas
Criativas porções
No século 19, o estudioso
dinamarquês Peter Lund desvendou preciosas riquezas do patrimônio
natural da região de Minas que, mais tarde, se tornaria conhecida como
Circuito das Grutas. Inspirados pelo espírito desbravador do pai da
paleontologia brasileira, os viajantes do Sabores de Minas traçam sua
rota por Pedro Leopoldo, uma das cidades desse circuito, a 40
quilômetros da capital. Lá, nossos achados também são de se fazer
encantar, quer ver? Primeira parada: Bar do Claudinho. O bom humor ali é
tempero fundamental da comida de boteco, que o dono do lugar define com
propriedade. “É a comida que se vale de elementos da culinária regional
com criatividade”, ensina Cláudio Antônio Pereira. Como prova de sua
tese, ele apresenta a porconhoca, uma porção com suculentos pedaços de
toucinho e mandioca, escoltados por um inesquecível molho de abacaxi. A
pedida é apenas uma das iguarias de uma lista que tem como destaque
grande variedade de caldos. Para acompanhar, só mesmo bom papo e risadas
fartas. Não está no cardápio, mas certamente o freguês vai encontrar.
Ingredientes :
1 kg de toucinho de barriga
cortado em cubos
•Sal a gosto
•3 colheres (sopa) de cachaça
•700 g de mandioca cozida e picada em pedaços médios
•2 colheres (sopa) de manteiga
de garrafa
cortado em cubos
•Sal a gosto
•3 colheres (sopa) de cachaça
•700 g de mandioca cozida e picada em pedaços médios
•2 colheres (sopa) de manteiga
de garrafa
Para o molho
•1 abacaxi médio descascado e picado
•1 colher (sopa) de azeite
•1 colher (chá) de gengibre
•1 colher (chá) de curry
•1 abacaxi médio descascado e picado
•1 colher (sopa) de azeite
•1 colher (chá) de gengibre
•1 colher (chá) de curry
Como fazer Porconhoca
Temperar o toucinho com
sal e cachaça. Em uma panela grande, levar ao fogo a carne, sem óleo,
pois o toucinho já solta gordura, mexendo com uma colher, com cuidado
para não se queimar. Retirar quando os pedaços estiverem bem dourados e
reservar. Em outra panela, aquecer a manteiga de garrafa e pôr a
mandioca, mexendo até que doure. Bater o abacaxi no liquidificador.
Refogar a polpa com o azeite e pôr o gengibre e o curry, mexendo até
ficar consistente. Servir os pedaços de toucinho e mandioca em uma
travessa, acompanhados do molho de abacaxi.
(sabores de minas)
(sabores de minas)
Receita fornecida por Cláudio
Antônio Pereira, de Pedro Leopoldo:
(31) 9791-0961
domingo, 1 de outubro de 2017
DO JEQUITINHONHA AO MUCURI (EXCLUS. CSDT)
foto Vilmar Oliveira |
Neste ano grandes cantadores e amigos dos vales resolveram juntar para montar um projeto cheio de cantorias e poesias, do vale do Mucuri Pereira da viola e Tau Brasil do vale do jequi Rubinho do vale e Paulinho pedra azul, com shows lotados em varias cidades do Brasil .
Com a ideia desse show resolvi fazer uma coletânea de canções de cada um, Rubinho do vale foi selecionada canções de seu DVD lançado recentemente com destaque para a canção "Festivale" hino do vale do Jequitinhonha do saudoso poeta maior Verono.
Paulinho Pedra azul selecionei canções tambem ao vivo com arranjos diferente de estudio.
Até meu DVD do show original chegar vamos deliciando com essas cantorias dos vales.
Em breve postarei o show sesc Pompeia SP.
Se vc gostou adquiri os discos originais, valorize a obra do artista.
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CANTO SAGRADO
LUIZ GABRIEL LOPES - O FAZEDOR DE RIOS
Luiz Gabriel Lopes (ou LG Lopes, como aparece na capa de seu segundo disco solo, “O fazedor de rios”) carrega na fala mineira, na forma de levar a vida e nas canções uma modernidade única, que se conjuga com certo (e bendito) anacronismo setentista hippie. Chico César, admirador confesso e convidado de seu disco, definiu-o bem em entrevista: “Sempre atrás de uma cachoeira, parece que vive num eterno acampamento”. Porém, seja como artista que se lança em temporadas tão aventureiras quanto produtivas pela Europa, seja em seu trabalho com as bandas Graveola e TiãoDuá, seja como um dos idealizadores e produtores do festival Cantautores (em Belo Horizonte), não há nele nada do hippie folclórico, personagem do passado.
— Essa identidade da hippeza nunca veio da minha parte, mas entendo — avalia Lopes. — Não é esse bicho-grilismo pejorativo, de uma preguiça nefasta, de algo estacionado. Uma imagem que eu gosto é a do capiau elétrico. Na verdade sou um matuto, fui criado numa cidade rural, de 10 mil habitantes (Entre Rios de Minas). Vejo que a minha identidade, minha linguagem, talvez esteja firmada sobre isso, eu ter esse substrato, um lance mais matuto, mais capiau, de observação, ao mesmo tempo que tem uma experiência da cidade muito forte em mim. Ainda mais nos últimos anos, quando comecei a viajar, desembolar muito.
A estrada é fundamental para a compreensão da música de Lopes. Foi em Lisboa, para onde foi numa turnê do Graveola, que, ele mesmo diz, “virei compositor”. Ele esteve lá novamente no fim de novembro, apresentando seu novo disco, como que fechando um ciclo — depois de ter atravessado a Europa fazendo música e amigos, tocando em casamentos e festivais, guiado pelo inesperado.
— Aquela primeira vez em Lisboa, com o Graveola, foi muito cabulosa. Fiquei apaixonado, a coisa da ancestralidade, a língua me pega pelo estômago, me arregaça, fico em estado de poesia. Aí falei com a galera: “vou ficar”. Fiquei três meses, e surgiu assim meu primeiro disco (“Passando portas”, 2010), que foi composto, gravado, produzido e lançado nesse tempo.
A história de “O fazedor de rios” tem um tempo muito mais dilatado que o de “Passando portas”. São canções anteriores a 2012 (apenas uma é de 2013, a simbólica “Oração a Nossa Senhora da Boa Viagem”), que foram reunidas e vagarosamente transformada em disco ao longo dos últimos anos, “nas brechas do cotidiano”, como explica Lopes no texto do encarte.
O MERCADO E A MISSÃO
Lopes já tem as canções para o próximo disco prontas. Sua ideia é buscar uma sonoridade mais enxuta, explica com um olhar determinado tanto por seu hippismo quanto pelo pragmatismo, ambos reais e fortes.
— Sou ligado em mercado, carreira, sucesso, download, capa de jornal e gosto de me colocar nisso de forma a garantir meu arroz com feijão. Mas o que me move, e talvez aí esteja minha maior hippeza, é a sensação de que tenho algo a fazer, uma missão, para falar algo clichê, e posso fazer através da musica. Sou religioso, pratico reza, contato com a transcendência. Mas ao mesmo tempo sou um cara pragmático demais, sei como é a sociologia toda. É um equilibrio que é uma corda bamba.
Leonardo Lichote
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