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domingo, 9 de julho de 2017

PELAS TRIA E ISTRADINHAS DE MINAS

No século XVI, toda a região do sul do atual estado brasileiro de Minas Gerais era território disputado entre vários povos indígenas brasileiros: a oeste, situavam-se os caingangues; ao sudoeste, situavam-se os tupiniquins; a sudeste, situavam-se os tupinambás e, a leste, situavam-se os puris. Remonta ao tempo da bandeira de Fernão Dias Paes Leme, em 1674, a origem dessa cidade encravada na Serra da Mantiqueira, no sul do Estado de Minas Gerais. Situada logo após um marco geográfico bastante notável na serra, a Garganta do Embaú, por onde passou a expedição liderada por aquele bandeirante, teve sua localização descrita em documentos que dão origem ao nome da cidade. Constam também expedições de Jacques Felix, fundador de Taubaté e seu filho de mesmo nome, em expedições anteriores, datadas de 1646, pela região, que podem ter dado origem ao povoamento mais antigo. Este caminho ficou conhecido, mais tarde, como Caminho Velho da Estrada Real. No caminho descrito por André João Antonil, consta o nome do Ribeirão do Passatrinta, logo após a descida da serra da Amantiqueira, mas segundo nota de Andrée Mansuy Diniz Silva, o nome atual desse afluente do Rio Verde é Passaquatro, ou Passa Quatro.[9]
A região começou a ser povoada mais ativamente na segunda metade do século XIX após ser elevado a Distrito em 1854, servindo de parada para quem atravessava a Mantiqueira e se dirigia à cidade de Pouso Alto pela Estrada Real (Caminho Velho). Em 1884, a antiga Estrada de Ferro Minas-Rio, construída pelos ingleses, contribuiu decisivamente para aumentar o povoamento e desenvolvimento da região, tendo tido em sua inauguração a presença do governante de então, o Imperador D. Pedro II. Em 1888, separou-se de Pouso Alto e emancipou-se como município de Passa Quatro pela Lei 3 657 de 1 de setembro, passando esse dia a ser feriado municipal em comemoração do Dia da Cidade.
A cidade teve como autor de seu projeto inicial de saneamento e coleta pluvial o engenheiro sanitarista Paulo de Frontin, que hoje dá nome uma das praças da cidade, localizada no largo da estação ferroviária.
Em 1912, a cidade abrigou uma expedição científica internacional cujo objetivo era estudar a ocorrência de um eclipse solar. Na ocasião, cientistas de diversos países, chefiados pelo astrônomo Henrique Morize, diretor do Observatório Nacional, compareceram junto com uma comitiva da qual fazia parte o Marechal Hermes da Fonseca, presidente da república. O fenômeno foi pouco observado devido às más condições atmosféricas naquele dia.
Foi palco de dois episódios militares do século XX, as revoluções de 1930 e 1932 (em tal Revolução, atuou como médico no hospital municipal o futuro presidente Juscelino Kubitschek). Em 1941 foi considerada Estância Hidromineral pelas propriedades medicinais de várias de suas fontes de águas óligo-minerais, radioativas na fonte, principalmente devido à grande concentração de radônio e torônio.

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