Na
década de 80, o Brasil viu ser revelado um dos maiores instrumentistas
de nosso país, o violinista Marcus Viana. Arranjador, compositor e
talentosíssimo com o violino, Marcus nasceu em Belo Horizonte, sendo
filho de um renomado maestro de Minas Gerais, Sebastião Viana, o qual
foi assistente de Villa Lobos. O primeiro contato com algum instrumento
foi no piano. Aos 10 anos, Marcus teve aulas no instrumento, mas não
foi bem sucedido.
Marcus Viana |
Em
1974, retorna para o Brasil, onde vira figurinha carimbada nos
Festivais de Música Popular que ocorriam por Minas Gerais, na maioria
das vezes, destacando-se como melhor instrumentista. Junto aos
festivais, conhece Giácomo Lombardi (teclados, vocais), José Audísio
(guitarras, vocais), Edson Plá Viegas (baixo), Juninho (baixo) e Bob
Walter (bateria), formando o Saecula Saeculorum, onde toca violino,
violoncelo e também canta.
Dentre os músicos do Saecula Saeculorum, Giácomo Lombardi era filho de uma família de imigranes italianos, e assim como Marcus, desde pequeno desenvolveu seu apetite por música, aprendendo diversos instrumentos com seu pai. Entre todos os instrumentos, passou a se destacar no piano, sendo que com doze anos, já dava aulas para colegas e também compunha canções, que com o passar dos anos, transformaram-se na principal fonte de renda da família Lombardi.
O encontro dos dois gênios da música nacional se deu em um grupo único, que passou a excursionar, destacando-se como um dos principais nomes do rock progressivo na épcoa, graças principalmente à técnica de seus integrantes, mas sem nunca lançar um material original.
Dentre os músicos do Saecula Saeculorum, Giácomo Lombardi era filho de uma família de imigranes italianos, e assim como Marcus, desde pequeno desenvolveu seu apetite por música, aprendendo diversos instrumentos com seu pai. Entre todos os instrumentos, passou a se destacar no piano, sendo que com doze anos, já dava aulas para colegas e também compunha canções, que com o passar dos anos, transformaram-se na principal fonte de renda da família Lombardi.
O encontro dos dois gênios da música nacional se deu em um grupo único, que passou a excursionar, destacando-se como um dos principais nomes do rock progressivo na épcoa, graças principalmente à técnica de seus integrantes, mas sem nunca lançar um material original.
O
grupo acabou em 1977, e nunca mais se falou na banda, até que em 1996,
foram encontradas algumas fitas demo, as quais foram gravadas em
setembro de 1976, nos estúdios Bemol, e que acabaram sendo tratadas,
mixadas e transformando-se no álbum Saecula Saeculorum. O álbum
acabou não saindo em 1976 por problemas contratuais. O grupo havia sido
apresentado à gravadora Time Warner, que na época, colocou o baixista
Liminha (ex-Mutantes) para negociar com os mineiros. Liminha acabou não
concordando com as longas suítes, e exigiu canções curtas, que pudessem
atingir um sucesso comercial. Os membros do Saecula Saeculorum
recusaram a oferta, e o projeto ficou engavetado por anos, enquanto o
grupo rompia os laços e Marcus Viana partia para uma bem sucedida
carreira ao lado do Sagrado Coração da Terra e também compondo trilhas
para filmes e novelas. Já Lombardi abandonou a música nos nos 80, após
algumas participações com o Sagrado Coração da Terra, fundando ao lado
da irmá Roberta Navarro a marca de roupas Vide Bula, a qual foi
responsável por vestir Nina Hagen e Rod Stewart na primeira edição do
Rock in Rio, em 1985.
Imagens do Saecula Saeculorum na década de 70 |
Foi
então que, depois de trinta anos, em 1996, o mundo descobriu o
primeiro grupo de Marcus Viana, e que através de sua maravilhosa
faixa-título, indica o imenso território que o Saecula Saeculorum
poderia ter conquistado. "Saecula Saeculorum" abre com os poderosos
acordes de piano e violino, fazendo uma pequena melodia, a qual é
imitada por cantos gregorianos. Uma intrincada sessão entre baixo,
piano, violino e bateria leva a dedilhados de piano e barulhos da
guitarra, e depois de batidas nos pratos, Lombardi desfila seus dedos
pelo piano, começando a letra da canção em um clima bem viajante, com o
dedilhado do piano e acordes do violino ao fundo.
Então, o piano dedilha novos acordes, trazendo bateria e as notas de violino, que junto com o baixo, executam um bonito tema. Walter quebra tudo, levando então pra um manhoso blues com piano, baixo e bateria, para assim, mudar a canção novamente, com um ritmo dançante feito pelos acordes de violino, acompanhado pela marcação do baixo, bateria e piano, levar a letra da canção, estourando no belo solo de guitarra, tipicamente Brasil nos nos 70. Viana solta os dedos em um solo furioso, com o arco ardendo as cordas do violino, e a letra continua, levando para uma sessão mais lenta.
O refrão é cantado sobre esse leve acompanhamento, e então, Lombardi fica sozinho, dedilhando o piano, com batidas fortes dos pratos ao fundo. O violino de Viana passeia entre as notas do piano, deixando um longo acorde de órgão trazer os vocais em latim. Violino e bateria surgem com violência, e o órgão ganha evidência. Sinos trazem os vocais em latim, e mais uma sequência de agressivas viradas de bateria e notas de violino, recheadas pelos assombrosos acordes de órgão, levando a canção para um lindo tema da guitarra acompanhado por órgão, piano e batidas nos pratos, muito similar ao tema "Soon" de "The Gates of Dellirium" (Yes), trazendo então o tema introdutório do piano e as sessões marcadas entre bateria, baixo e violino, com um pequeno solo de violino encerrando a canção com imponentes batidas na bateria ao fundo.
O resto de Saecula Saeculorum é tão maravilhoso quanto sua faixa de abertura. "Acqua Vitae", "Eu Quero Ver o Sol" (essa com uma fantástica participação de Lombardi) e "Constelação de Aquarius" exalam virtuosismo, tecnica e muito talento dos integrantes do grupo. "Rádio no Peito" é a mais convencional das canções do álbum, mas mesmo assim, muito boa. O único pecado foi a pessima mixagem do álbum, que acaba atrapalhando na identificação dos instrumentos e, principalmente, na compreensão das letras do grupo.
Então, o piano dedilha novos acordes, trazendo bateria e as notas de violino, que junto com o baixo, executam um bonito tema. Walter quebra tudo, levando então pra um manhoso blues com piano, baixo e bateria, para assim, mudar a canção novamente, com um ritmo dançante feito pelos acordes de violino, acompanhado pela marcação do baixo, bateria e piano, levar a letra da canção, estourando no belo solo de guitarra, tipicamente Brasil nos nos 70. Viana solta os dedos em um solo furioso, com o arco ardendo as cordas do violino, e a letra continua, levando para uma sessão mais lenta.
O refrão é cantado sobre esse leve acompanhamento, e então, Lombardi fica sozinho, dedilhando o piano, com batidas fortes dos pratos ao fundo. O violino de Viana passeia entre as notas do piano, deixando um longo acorde de órgão trazer os vocais em latim. Violino e bateria surgem com violência, e o órgão ganha evidência. Sinos trazem os vocais em latim, e mais uma sequência de agressivas viradas de bateria e notas de violino, recheadas pelos assombrosos acordes de órgão, levando a canção para um lindo tema da guitarra acompanhado por órgão, piano e batidas nos pratos, muito similar ao tema "Soon" de "The Gates of Dellirium" (Yes), trazendo então o tema introdutório do piano e as sessões marcadas entre bateria, baixo e violino, com um pequeno solo de violino encerrando a canção com imponentes batidas na bateria ao fundo.
Saecula Saecurolum. Em sentido horário: José Audísio, Marcus Viana, Bob Walter, Giácomo Lombardi, Juninho, e Edson Plá Viegas |
O resto de Saecula Saeculorum é tão maravilhoso quanto sua faixa de abertura. "Acqua Vitae", "Eu Quero Ver o Sol" (essa com uma fantástica participação de Lombardi) e "Constelação de Aquarius" exalam virtuosismo, tecnica e muito talento dos integrantes do grupo. "Rádio no Peito" é a mais convencional das canções do álbum, mas mesmo assim, muito boa. O único pecado foi a pessima mixagem do álbum, que acaba atrapalhando na identificação dos instrumentos e, principalmente, na compreensão das letras do grupo.
Saecula Saeculorum em 2007 |
Em
2007, o Saecula Saeculorum reuniu-se para uma série de concorridos
shows, tendo na formação Lombardi, Audísio, Viana, Jimmy Duchowny
(bateria) e Léo Araújo (baixo), que resultou em um DVD gravado na Praça
do Papa, em Belo Horizonte, no ano de 2007. Atualmente, Marcus
continua com seu projeto solo, e também ao lado do Sagrado Coração da
Terra, deixando o nome Saecula Saeculorum gravado para a eternidade
como um dos principais nomes do rock progressivo brasileiro, e que
infelizmente, teve um curto período de vida.
1.Saecula Saeculorum
2.Acqua Vitae
3.Eu Quero Ver o Sol
4.Constelação de Aquarius
5.Rádio no Peito
2.Acqua Vitae
3.Eu Quero Ver o Sol
4.Constelação de Aquarius
5.Rádio no Peito
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download
CANTO SAGRADO
SATISFAÇÃO CARO AMIGO DESTE BLOG FALANDO DA CENA MINEIRA .MUITO BOM MESMO,ESTE LINK NO QUAL PEÇO POR FAVOR QUE VERIFIQUE POIS ELE ESTA CORROMPIDO TENTEI VÁRIA VEZES BAIXAR E NADA..
ResponderExcluirNO MAIS BOA SORTE E CONTINUE POSTANDO ESTAS MARAVILHAS ..
A SATISFAÇÃO É TODA MINHA DE VC PODER ACESSAR O BLOG NOVAMENTE, DEPOIS DE TIRAR DO AR O 1º COM MAIS DE 700 POSTAGENS E 260MIL ACESSOS, ME DEIXA FELIZ TER PESSOAS COMO VC, A PORTA ESTA ABERTA, ESTE BLOG TB É SEU!
ExcluirE OBRIGADO PELA DICA DA POSTAGEM.
ABRAÇO
DANIEL
Esta incrível banda, fez, não diria um dos melhores, mas o melhor disco de Rock Progressivo sinfônico do Brasil na década de setenta.
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