Translate

quarta-feira, 5 de março de 2014

SERGIO SANTOS - ÁFRICO

Sérgio Santos

Sérgio Santos
Foto: Divulgação
Em 1982 o mineiro Sérgio Santos, nascido em Varginha, sul de Minas Gerais, começa sua carreira musical participando como cantor do espetáculo “Missa dos Quilombos” de Milton Nascimento. No ano seguinte participa do LP de Milton que registrou o mesmo espetáculo.

A partir daí aperfeiçoa seus conhecimentos musicais como violonista, intérprete, arranjador e compositor. Foi vencedor dos mais importantes festivais de música do Brasil, como os de Avaré (SP), Juiz de Fora (MG), O Som das Águas, da Rede Manchete de Televisão e o Festival Carrefour de MPB. Em Belo Horizonte trabalha como diretor musical, produtor e arranjador dos CDs “Alma Animal” de Tadeu Franco, “Caboclo D’Água” de Tavinho Moura, “Uma Ciranda, Uma Roda, Um Samba”, de Beto Reis, “Primeiras Histórias” de Flávio Henrique, e “Flávio Henrique e Marina Machado”.

Em 1991 conhece o poeta Paulo César Pinheiro que vem a se tornar o seu grande parceiro. Com ele compõe uma obra de cerca de 160 músicas. Essa obra é cantada por artistas como Leila Pinheiro, Ana de Hollanda, Fátima Guedes, Simone Guimarães, Cláudio Nucci e Olívia Hime (com Milton Nascimento). Com outros parceiros como Joyce, Murilo Antunes e Tadeu Franco, foi gravado por artistas como Sá e Guarabira, Pena Branca e Xavantinho e Joyce.

Em 1995 lança seu primeiro CD "ABOIO", com participações de Sivuca e do violonista Raphael Rabello. O repertório, em parceria com Paulo César Pinheiro é todo inspirado em ritmos e temas de Minas Gerais. É indicado ao 9º Prêmio Sharp de Música, em maio de 1996. No mesmo ano "Aboio" é lançado pela gravadora francesa Buda Musique, e distribuído em toda a Europa, EUA e Japão.

Em 1997 participa do Kaiser Bock Winter Festival, em São Paulo, dividindo a noite com Gal Costa, Guinga e Banda Mantiqueira. Esse espetáculo foi apresentado como um especial pela TV Cultura.

Em 1998 o artista plástico espanhol David Lainez se inspira em "ABOIO" e realiza uma exposição de pinturas e esculturas em Pamplona e Tolosa, na Espanha, toda ela baseada nas músicas desse trabalho. O compositor faz, além dos shows de abertura dessas exposições, uma turnê percorrendo várias capitais espanholas.

Ainda em 1988, lança no Brasil, pela gravadora Pau-Brasil, (nos EUA, pela gravadora Blue Jackel, na Espanha pela Musimedi e na Alemanha pela Exil Musik), o CD "MULATO" com seus sambas em parceria com Paulo César Pinheiro.

Em junho de 1999 se apresenta em Los Angeles, EUA, no Hollywood Bowl, um dos templos sagrados da música americana e um dos mais conceituados palcos do mundo, espetáculo elogiadíssimo pela crítica americana. Em julho se apresenta em San Francisco, no Herbst Theater, dividindo a noite com a cantora e compositora Joyce, também com enorme sucesso.

Em 2000, juntamente com Leila Pinheiro, Olívia Hime, Lenine, Zé Renato e com a Orquestra Sinfônica Brasileira, participa no Teatro Municipal, como cantor convidado, da Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime.

Em julho de 2001 se apresenta no VIII Festival Internacional de Jazz de Lérida, Espanha, integrando a programação juntamente com grandes nomes internacionais do jazz.

Em janeiro de 2002 lança pela gravadora Biscoito Fino o seu terceiro CD, “ÁFRICO – quando o Brasil resolveu cantar”, com participações especiais do Grupo Uakti, de Olívia Hime, Joyce e Lenine, numa celebração da influência da cultura negra na MPB. Esse trabalho foi aclamado pela crítica, tendo sido vencedor do Prêmio Rival-BR em agosto de 2002, no Rio de Janeiro, premiado como o melhor CD produzido entre 2000 e 2002.


Em 2003 recebe o Troféu Pró-Música, em Belo Horizonte, na categoria melhor compositor do ano. É também o segundo colocado no Prêmio Visa, Edição Compositores, em São Paulo. Em setembro, representa o Brasil no 1º Festival Íbero-Americano Latinautor, em Punta Del Este, Uruguay. 


africo.jpgEm seu terceiro CD, Áfrico, o violonista, compositor e cantor mineiro Sérgio Santos selecionou 14 faixas, quase todas com trabalhos feitos com Paulo César Pinheiro, uma parceria iniciada há quase dez anos, e que já rendeu 180 composições. Sérgio assina sozinho letra e música de Nossa Cor, além da vinheta musical Vem Ver, que aparece quatro vezes no repertório, como uma espécie de fio condutor, sempre com diferentes letras e intérpretes.
O disco é centrado no tema e nos ritmos africanos, destacando a influência negra na cultura e na música brasileira. Com um tratamento instrumental percussivo e ao mesmo tempo sofisticado, Áfrico tem uma sonoridade quase jazzística, devido à utilização de naipes de sopros (Nailor Proveta e Teco Cardoso), piano (André Mehmani) e baixo acústico (Rodolfo Stroeter). O percussionista Robertinho Silva, o baterista Tutty Moreno e o violonista Silvio D’Amico completam este time de feras. A direção musical é de Rodolfo Stroeter e o CD conta ainda com a participação especial dos cantores Lenine, Joyce, Olivia Hime, do grupo instrumental Uakti e do percussionista Marcos Suzano.
“Todas as músicas têm influência nos ritmos de origem afro-brasileira, como jongo, samba, maracatu e afoxé. Alguns outros ritmos do CD foram criados da mistura destes, sempre tendo como referência o violão. As letras falam da trajetória do negro no Brasil, suas religiões e santos, sua cultura e costumes, a comida, a luta e a alegria – o que fez o Brasil se tornar o que é hoje, um país multicolorido, mas essencialmente crioulo” – diz o artista.
Faixas:
01. Vem Ver (Abertura)
02. Galanga Chico-Rei
03. Oluô
04. Ganga-Zumbi
05. Kêkêrêkê
06. Sincretismo
07. Vem Ver (Vinheta 1)
08. Olorum
09. Nagô
10. Sarguê
11. Congá
12. Vem Ver (Vinheta 2)
13. Quilombola
14. Áfrico
15. Quitanda das Iaôs
16. Jongo de João Congo
17. Nossa Cor
18. Vem Ver (Vinheta Final)

BAIXE ESSE CANTO SAGRADO:
CANTO SAGRADO



Um comentário: